quarta-feira, setembro 30, 2009
"A pobreza num concelho de falsas aspirações de grandeza"
"Questão de Semântica", por Francisco Almeida (PS)
Como factores abrangentes e qualificativos da democracia encontramos a liberdade de expressão, de actuação e de movimentação, assim como a tolerância, ao diálogo, ao género e aos costumes.
Com o cumprimento destes preceitos contribuíamos definitivamente para a sedimentação de estádios irreversíveis no que concerne aos direitos de cidadania e equidade dos portugueses.
Quando confrontados com a irredutibilidade, com a imposição, com a manipulação e consequente condicionamento de atributos ou actos, surge a interrogação: Como agir?
A resposta sempre encerrará dois planos de actuação:
1 – Subestimar, desvalorizando este tipo de comportamentos e atitudes desviantes e pouco consentâneas com sociedades evoluídas.
Ou,
2 – Compreender estas atitudes com a carga sofismática que encerram, entender a mensagem subliminar ao discurso literal, desvalorizar a forma e analisar a substância como único acto possível para o real entendimento da actuação.
É com base nesta filosofia que entendemos ser imposição, e não questão prévia, levantada pela candidatura do MSP à direcção da RF (Rádio Felgueiras), no que concerne o estabelecimento de regras ou alteração das mesmas quanto ao debate agendado para dia 7 de Outubro entre os candidatos à Câmara Municipal.
De uma forma irredutível, o MSP impôs como condição para Fátima Felgueiras, estar presente no referido debate patrocinado pela RF, a ausência de público, alteração esta que contrariou as regras do jogo, tais regras, são tão só nos critérios seguidos por tradição por esta rádio em todos os debates eleitorais já realizados e atempadamente dados a conhecer por ofício a todas as candidaturas.
Das duas uma, ou Fátima Felgueiras não está interessada em debater com os seus oponentes, e por tal, disposta a esclarecer a população felgueirense, o que cremos ser primariamente a sua intenção, ou, lamentavelmente considera que a população de Felgueiras não encerra em si nível, ética, civismo ou atitude comportamental para estar presente num mesmo espaço onde ela se encontre, no caso em debate politico-eleitoral.
Na primeira, o tiro saiu pela culatra, pois as outras seis candidaturas acederam á exigência e imposição do MSP, em prol da informação e do cabal esclarecimento da população, não lhe permitindo, por tal, utilizar este subterfúgio menor para não comparecer.
Na segunda, embora não permita que 70 convidados possam ter memória descritiva deste debate, provoca em centenas um sentimento de indignação por mais este atestado de menoridade que passa aos seus conterrâneos.
O fim aguardado encerra sempre sofrimento e trajecto penoso. Será por isso acto de misericórdia que os felgueirenses permitam que descanse e permita que o concelho encontre um novo rumo consentâneo com o valor e trajecto da sua população.
Esclarecimento, de 30.09.2009
Decidimos não publicar nenhum desses comentários, porque nenhum aborda – a favor ou contra – a temática levantada por Lemos Martins: “Livros grátis para todos os alunos do Ensino Básico indiscriminadamente?”
Os referidos comentários trazem outros assuntos alheios à discussão, tentando-os relacionar com a temática, mas que, a nosso ver, são indevidos, despropositados. Além do mais, nesses textos, são feitos juízos de valor sobre pessoas e aplicadas considerações adjectivais, o que repugnámos.
Com efeito, esclarecemos os remetentes desses comentários e, principalmente, os leitores em geral que o DIÁRIO DE FELGUEIRAS tenta ser um espaço aglutinador, plural, democrático e inteiramente independente. Mas isto aqui não é o Big Brother!...
Publicaremos todos os textos que nos mandarem, sejam de quem for; ficamos satisfeitos com a boa participação dos leitores neste espaço, nomeadamente num momento tão importante para a vida do concelho, que é as eleições Autárquicas.
Escrevam e enviem as suas opiniões, mas sem adjectivos nem juízos de valor!
terça-feira, setembro 29, 2009
Artigo de opinião de Lemos Martins (SP)
Aquele famoso economista americano usou esta frase para ressaltar que nada é de graça neste mundo. Uma refeição pode sair gratuita a uma pessoa. Mas alguém a paga.
Tudo é pago por alguém! Então a questão acima terá se ser colocada nos seguintes termos: quem deverá pagar os livros escolares do ensino básico?
A família ou a autarquia? A resposta a esta alternativa está, há muito, resolvida na nossa sociedade, no âmbito do instituto jurídico da Acção Social Escolar. Contrariamente à tese panfletária do PSD, é hoje aceite por todos que a questão da ajuda às famílias terá de ser enquadrada pelos princípios da equidade, discriminação positiva e da solidariedade social, no sentido de assegurar o exercício efectivo do direito ao ensino e a igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.
São objectivos da atribuição dos apoios no âmbito da acção social escolar a prevenção da exclusão social e do abandono escolar e a promoção do sucesso escolar e educativo, de modo que todos, independentemente das suas condições sociais, económicas, culturais e familiares, cumpram a escolaridade obrigatória e tenham a possibilidade de concluir com sucesso o ensino secundário, em qualquer das suas modalidades
Por isso, o Movimento Sempre Presente entende que o princípio importante, nesta matéria, é garantir o acesso generalizado à educação, devendo a autarquia, através de políticas de discriminação positiva, dar (pagar) a quem tem menos, e não dar o mesmo a todos.
Trata-se aqui de actuar com Justiça Social, tratando igual o que é igual e desigual o que é desigual, na respectiva proporção.
O que se gasta em manuais para dar a quem não precisa, constitui um elevado custo de oportunidade para cumprir outras políticas sociais a favor dos mais carenciados que deixam de se poder concretizar.
Uma política cega da Câmara virada para a distribuição gratuita de manuais escolares indiscriminadamente a todos os alunos do 1º ciclo, independentemente da sua condição socio-económica, seria um encargo injusto que todos os contribuintes teriam de pagar.
De resto, seria até uma medida de alcance pedagógico duvidoso.
Por isso, entendemos que a proposta do PSD é, tão só, de alcance demagógico evidente.
O Movimento Sempre Presente pensa a questão pelo lado dos apoios, necessários e urgentes, a determinados alunos com reconhecidas carências financeiras, utilizando os Apoios sociais, da Acção Social Escolar ( ASE), de acordo com a lei do país.
"A Nova Fuga", texto de Horácio Costa
Em Felgueiras, já há muito tempo que se ultrapassou a fase da asfixia, digo eu que já estamos na fase dos "asfixiados politicamente".
Isto porque parece existir um sentimento de resignação e conformismo com as exigências absurdas da candidata do Movimento Sempre Presente.
Refiro-me naturalmente aos seus apoiantes politicos, pelo facto de aceitarem asfixiadamente que tão célebre candidata se recuse a debater politicamente o estado do nosso concelho.
Num Estado livre e democrático, qualquer candidato que se preze, não se nega ao debate.
Mas com felgueiras não é assim. Fátima teme algo. O que será? Quem será?
Primeiro recusou o convite lançado pela rádio NFM. Agora, faz birra e envia mensageiro à rádio Felgueiras, exigindo que o debate por esta rádio promovido aconteça sem assistência.
Compreendo que esse é o seu estilo. Gosta de falar para dentro, tal como tem acontecido lá para os lados do seu "balão de oxigénio". E sempre para os seus que parecem ser sempre os mesmos.
O concelho ficaria mais informado se Fátima não se recusasse ao debate em público.
Eu, pela minha parte, estou disponível para debater Felgueiras em qualquer circunstância, seja com ou sem assistência. A senhora candidata pode escolher que eu aceito.
Orgulho-me de ter ideias, projecto e equipa de cara lavada, para apresentar aos Felgueirense.
Para quando a sua equipa senhora candidata? Mostre lá pf as suas famílias...
A todos quantos se candidatam à Câmara de Felgueiras, em liberdade, sem processos e condenações, desejo a maior motivação para o debate em plena campanha eleitoral.
Horácio Costa
Candidato do MPT
segunda-feira, setembro 28, 2009
"Puro veneno", por José Quintela (editorial do "Semanário de Felgueiras", em 07.11.97)
Entrevista a Joaquim Santos Pinho, candidato do BE à Câmara de Felgueiras
"Vamos continuar a marcar a diferença pela seriedade e
Conhecendo o Concelho como certamente conhece como comenta o seu futuro?
O futuro é um desígnio de todos, logo na nossa perspectiva, o futuro será o que colectivamente soubermos construir. Terá de privilegiar o bem comum, a qualidade de vida e sobrepor-se aos interesses privados.
Propomos novas formas de fazer política, maior proximidade com os eleitores, orçamentos verdadeiramente participativos nos quais os cidadãos, em assembleia, façam as suas propostas, propomos as políticas públicas consignadas na agenda 21. Estas propostas políticas implicam novas gerações de protagonistas, com vontade, originalidade e criatividade. Com os velhos carreiristas políticos não há futuro. Defendemos o primado da ética também na acção política.
As campanhas eleitorais são o que são: a sua candidatura entra nos habituais parâmetros ou terá outros mais originais?
A afirmação é vossa e também vale pelo que é. Agora a sério: a nossa candidatura é, desde logo, a que menos CO2 emite, para nós o combate à poluição é uma forma de vida e não uma afirmação gratuita para usar nas campanhas eleitorais. Privilegiamos o contacto personalizado e directo com as populações de modo a escutar e repercutir as suas preocupações. No actual quadro de dificuldades económicas é chocante ver os gastos de algumas candidaturas (veja-se, por exemplo a proliferação dos caros outdoors e a poluição visual que provocam). Há 4 anos marcamos a diferença dando uma pedrada no charco. Vamos continuar a marcar a diferença pela seriedade e serenidade das nossas propostas que pretendem renovar mentalidades e questionar o status quo instituído no nosso concelho.
Quais os motivos que o levam a candidatar-se?
A nossa candidatura surge em prol do desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida da população. A nossa grande preocupação centra-se na resolução dos problemas mais prementes das pessoas: o desemprego, os baixos salários, a falta de assistência e de médicos. Cobertura total de rede de esgotos e abastecimento de água ao domicílio serão a prioridade das prioridades, afinal estamos no século XXI e na União Europeia.
Entendemos que o concelho merece mais. Merece mais e bastante melhor. Esta é a terra que escolhemos para criar e educar os nossos filhos. A política é também feita de afectos, de amor, todos queremos o melhor para os nossos vindouros e esse é um imperativo cívico. Queremos que a nossa terra seja um espaço de intervenção cívica e cidadã, sem receios, sem medos. A nossa candidatura propõe-se também contribuir para a clarificação e a transparência da vida política do nosso concelho. A candidatura do Bloco de Esquerda é uma candidatura verdadeiramente socialista porque participada, livre e solidária.
Em tempo de crise geral, quais as suas perspectivas quanto ao nosso concelho?
A crise é sempre para quem trabalha e principalmente para quem trabalha por conta de outrem. Estão plenamente diagnosticadas as fragilidades das nossas actividades económicas, falta é, muitas vezes, a coragem política para a tomada de decisões. Os problemas macroeconómicos não se resolvem só a nível local mas não podemos esperar sentados que os outros resolvam os nossos problemas. Se não metermos mãos-à-obra, ninguém o fará por nós. De qualquer modo as economias paralelas têm permitido que o nosso concelho não seja dos mais afectados mas há que diversificar actividades, vencer inércias e combater os imobilismos.
Como vê o Ensino no nosso concelho?
Pensamos que o ensino no nosso concelho tem tido um desenvolvimento contínuo e sustentado. Porque somos ambiciosos, queremos sempre mais e melhor. Ganha a batalha da massificação, urge travar a batalha da qualificação mas esta se compadece com diminuição da qualidade do ensino e da formação. Com os novos centros escolares, a renovação do parque escolar, as apostas no ensino profissional, com a existência do ensino superior no nosso concelho, julgamos estar no bom caminho, são os investimentos do futuro porque respeitam ao nosso capital mais precioso: AS PESSOAS.
Quais os meios que pretende accionar para devolver o emprego aos felgueirenses?
Combateremos o desemprego, a exclusão social e as situações de carência, promovendo a sustentabilidade do emprego através da aposta na diversificação do tecido empresarial e na formação profissional. Incentivaremos a reconversão e a formação de mão-de-obra para outras actividades económicas. Tencionamos contribuir para a modernização de todos os sectores das actividades económicas. Promoveremos o desenvolvimento sustentado, particularmente na preservação dos recursos naturais como a água e a floresta. Incrementaremos mais actividades culturais, desportivas e recreativas.
É bom que se esclareça que a vocação da administração local não é directamente criar postos de trabalho. A câmara tem um papel importante na criação de incentivos à diversificação das actividades económicas, à fixação de indústrias inovadoras, na criação de maior mobilidade (apostar na renovação da rede viária concelhia; na mobilidade das pessoas com dificuldades de locomoção; apostar no incentivo à criação de uma rede de transportes públicos num quadro intermunicipal).
Que medidas pensa desenvolver para reacender a chama da indústria local?
Penso que na resposta anterior já apresentei parte significativa da resposta a esta questão. De qualquer modo consideramos que é necessário proceder à reconversão industrial tendo em atenção as tecnologias mais inovadoras, com recurso a energias alternativas e renováveis mais limpas.
Promoveremos parcerias com Universidades e Institutos para acolhimento de empresas e incitamento para que se estabeleçam a longo prazo. Apoiaremos projectos no âmbito da economia social, como por exemplo, feiras de produtos locais.
Todos sabemos que as boas promessas eleitorais são as mais votadas mas não são cumpridas. Como comenta a situação?
Compete às pessoas julgarem a acção dos políticos com responsabilidades governativas. Há 35 anos que os grandes partidos fazem promessas que não sabem ou não querem cumprir. Foi assim, por exemplo, nos últimos governos do PSD e do PS, ambos prometeram não subir os impostos e a primeira coisa que fizeram foi exactamente aumentá-los. No estádio de desenvolvimento da nossa democracia estas acções levam ao descrédito da acção política. Andamos há 35 anos a ser empatados por esses dois partidos que se revezam no poder, que não fazem nem deixam fazer. Compete aos cidadãos alterar este estado de coisas.
Ao nível local também é visível esta «politiquice», veja-se por exemplo o que acontece no nosso concelho: o que hoje é mentira torna-se mais tarde na mais cristalina das verdades; amigos e cúmplices tornam-se inimigos jurados; inimigos antigos juntam-se para fins inconfessáveis. Valores como a honradez, a decência e a dignidade do carácter são arrasados pelo único requisito que se consolidou como carta de alforria para o sucesso: ter uma grande lata!
Expanda outras directrizes pessoais que as 8 perguntas eventualmente não abranjam.
Consideramos que a política é a arte de gerir bem os recursos, quer os humanos quer os materiais. E isso faz-se com sensibilidade social, com inteligência criteriosa em benefício dos cidadãos e do seu bem-estar.
As nossas listas à câmara e assembleia municipais são compostas pela mais rigorosa igualdade entre género, ambas são compostas por 50% de cada um dos sexos, desejamos assim uma igualdade absoluta entre homens e mulheres.
Será interessante chamar a atenção dos nossos conterrâneos para a curiosa proliferação de candidaturas autárquicas. As motivações de cada uma das candidaturas, as motivações dos concorrentes que mudam de partido e de projectos de ânimo tão leve que nos leva a considerar que mais do que servir as respectivas populações estarão mais interessados em servir-se a si próprios. E é notório o «centrão» de interesses - para onde convergem todos os párias da política local - que esvazia as candidaturas dos ditos partidos do arco do poder e polariza a corrida ao «tacho».
A candidatura do Bloco é a candidatura contra todos os oportunismos, contra todos os negocismos, pela transparência e clarificação de todos os negócios públicos.
Pânico
domingo, setembro 27, 2009
Grave acidente em Jugueiros
A viatura estava inserida numa coluna de carros de bombeiros que iam combater um incêndio em Fafe e caiu de um viaduto na A7, em Jugueiros, entre Vizela e Felgueiras.
sábado, setembro 26, 2009
"Onde fica localizado o Centro Escolar de Vila Cova da Lixa?", por José Carlos Lopes
Passando os olhos pelos jornais da terra, qual não é o meu espanto quando, logo na primeira página e com letras garrafais, deparo com o título “Centro Escolar de Vila Cova da Lixa vai ser inaugurado amanhã”. Mas afinal onde é esse Centro? Qual a sua localização?
Tanto quanto sei, o único Centro Escolar que vai ser inaugurado na Lixa, está localizado na Freguesia de Borba de Godim. Não estará aqui a ser discriminado o Povo de Borba de Godim? Quem propôs essa designação? Ora se esse Centro vai servir as duas Freguesias (Borba e Vila Cova) não seria mais correcto chamar-lhe "Centro Escolar da Lixa"?
José Carlos Lopes
sexta-feira, setembro 25, 2009
"Momentos de pré-campanha", artigo de opinião de Inácio Lemos
Frases como «temos medo de ser perseguidos pelo actual executivo municipal», ou «medo e perseguição instalada por parte da(o) actual presidente», são sinais do enfraquecimento da democracia e sintoma de que os ideais e os valores foram marginalizados na vida política.
Este é um fenómeno a merecer uma reflexão profunda, porque ele não é mais do que o fruto do descrédito em que muitos políticos caíram e das injustiças que povoam a sociedade portuguesa, e em particular o nosso concelho.
E, também, pelo analfabetismo-político que grassa entre um número elevado de personagens que estão em cena e procuram transformar o palco da sua actuação em pequenos reinos, buscando a coroação com práticas sem nexo, despovoadas de humanismo e, acima de tudo, de uma coisa que caiu em desuso, a falta do bom-senso. São os pequenos ditadores.
Com o aproximar das eleições autárquicas são evidentes as manipulações, as jogadas de bastidores, os condicionalismos, as afrontas e as ameaças. Na tentativa de manter o poder, usa-se e promete-se tudo, gerando mal-estar, intriga e desilusão nas pessoas. A democracia está encurralada. E são alguns políticos que geram esse mal-estar.
A máquina governativa, aqueles que estão instalados no poder, instrumentalizam indivíduos fracos, desprovidos de princípios éticos e sem respeito por si próprio, que se disponibilizam para pregar aqui e acolá, prometendo obras que jamais serão realizadas, a troco de um apoio ou de uma declaração pública. São estes novos “pastores” que devem ser evitados, a quem não se deve dar ouvidos! Não têm nada para oferecer, muito menos para dar, e prometem, apenas, aquilo que lhes pediram para prometer, não vinculando a promessa ao autor na mesma, ou seja a dita promessa nunca poderá ser exigida a quem de direito tem competências para a executar.
Ciclicamente Felgueiras lá vai ganhando novos epítetos. Certos chavões são criados para vender a imagem de Felgueiras aos felgueirenses. Já fomos Capital do Calçado, Terra de Campeões e hoje somos Capital da Natação. Que provincianismo! Que boçalidade! Um concelho com apenas uma piscina onde se pode treinar, competir e realizar provas desportivas, não tem condições para se apresentar como a Capital da Natação. Até aqui se vê o delírio e a arrogância de quem governa Felgueiras. Nem mesmo a recente inaugurada piscina de Idães transforma Felgueiras na Capital da Natação. E como também já bem sendo usual a inauguração desta infra-estrutura foi transformada numa iniciativa comicieira do Movimento Sempre Presente.
A recente inaugurada piscina de Idães fica marcada por duas situações que devem merecer reflexão. Primeiro pelo facto de o FOCA – Clube de Natação de Felgueiras ter condescendido a esta iniciativa de campanha eleitoral, sem garantir transporte para os atletas, foram os pais que levaram os filhos à piscina em Idães, o respeito pela sua actuação e participação e acima de tudo não garantiram que a integridade física dos atletas estivesse salvaguardada. As instituições do concelho não se devem imiscuir nas iniciativas de campanha, nem participar em acções que ponham em causa os interesses e a idoneidade da própria instituição. Os dirigentes do clube devem recordar as promessas não cumpridas antes de pactuarem neste tipo de iniciativas. Já se esqueceram do selo? Se estávamos perante uma iniciativa camarária então porque razão não foi o autocarro municipal a transportar os atletas do clube? O segundo facto que marca esta iniciativa prende-se com a alteração do projecto. Lamentavelmente o Presidente de Junta de Idães, sabe-se lá porque razão, permitiu a troca de um projecto digno, eloquente e vencedor de prémios internacionais por um projecto que mais não é que uma roulotte, onde não se pode realizar provas desportivas, e que assim será convertida em mais uma infra-estrutura para consumo interno. Não sei o que se ganhou, e quem ganhou, com esta troca, mas quem perdeu foi a freguesia Idães e o concelho Felgueiras.
E já que falamos em desporto e em política desportiva seria imperioso que na zona desportiva de Felgueiras fossem construídos os WC e os bares de apoio a infra-estruturas públicas conforme a lei recomenda e obriga. Quando a Câmara Municipal, promotora do projecto, não cumpre a lei, como pode exigir que os seus munícipes sejam cumpridores das leis por si criadas? É também por estas pequenas coisas que precisamos de uma mudança. Conforme se verifica este poder está caduco e a descambar para atitudes autistas e narcisistas.
quinta-feira, setembro 24, 2009
"Política de Felgueiras", por Paulo Alves, membro da Assembleia Municipal pelo SP
Independentemente de concordarmos ou não com as opiniões expressas neste texto, consideramo-lo de interesse público, nomeadamente pelo facto de o seu autor ocupar um lugar efectivo no referido Órgão Autárquico com inerente direito a intervenção, tanto mais nesta fase de debate pré-eleitoral para as Autárquicas, apesar de o citado cidadão não ter sido reconduzido em nenhuma das listas concorrentes.
O Editor do Diário de Felgueiras deixa campo aberto para o referido debate; qualquer leitor pode mandar a sua opinião, principalmente quem não concordar com o pensamento de Paulo Alves, para que, na matéria abordada, não deixe de existir o legítimo princípio do contraditório.
Quanto a programas eleitorais, esperamos para ver as promessas cumpridas. No entanto, realço os investimentos públicos que estão a ser realizados, fruto de candidaturas europeias, sem estes fundos comunitários nada seria possivel. No futuro não será assim, com a Europa a declinar, com o endividamento de Portugal ao exterior, quero ver como vão ser cumpridas as promessas anunciadas nos programas eleitorais, oferecer tudo a toda a gente. Aonde vai isto parar? Será que só ganha eleições quem defende o Estado de Providência? Apostem nas medidas de criação de emprego. Peçam algo em troca a quem prometem dar tudo. Só o voto não chegará. Justifica-se esta providência? Pagamos tantos impostos, combustiveis caros, iva caro, IRC e irs caro, segurança social caro. Preferia não ter tantos investimentos públicos (anunciam agora mais uma piscina olimpica com custos de manutenção que ninguém sabe e uma grande zona desportiva) e ter impostos municipais mais baratos (imi/imt/taxas disponibilidade). CONCLUSÃO: Se não tivesse havido estas candidaturas Felgueiras passava quatro anos em "branco". Por isso inventem engenharias financeiras e procurem parcerias económicas que os impostos não vão chegar para tudo.
quarta-feira, setembro 23, 2009
"Conta Corrente", por Horácio Costa
Passemos aos factos.
Aquando da realização da “Feira de Maio 2009” na cidade de Felgueiras, a câmara adquiriu um espectáculo com “Herman José" pelo preço de 20.959,00 €.
A câmara de Alijó aquando da realização da “Revidouro 2009”, em plena época alta de Julho, adquiriu um espectáculo com “Herman José” por 12.500,00 €.
Em 11 de Agosto de 2009, a câmara pagou pela actuação do grupo musical “Per7ume” 34.950,00 €.
Em Julho de 2009, a câmara de Viana do Alentejo pagou pelo grupo musical “Per7ume” 11.480,00 €.
Em Junho de 2009, pela “Culturangra EEM – Angra do Heroísmo” a contratação destes artistas custou 6.000,00 €.
Em 30 de Junho de 2009, a câmara pagou pela actuação do grupo “da Weasel” 55.000,00 €.
Em 28 de Agosto de 2009, a câmara do Barreiro pagou 27.500,00 € pelo mesmo grupo.
Em 20 de Agosto de 2009, a câmara de Montemor-o-Novo pagou 25.250,00 €.
Analisando os números, facilmente se percebe como se vai desbaratando o dinheiro dos Felgueirenses. Como ele vai… e talvez não volte mais, ou, até volte!
E todas estas aquisições da câmara de Felgueiras foram levadas a efeito por “ajuste directo”, ou seja, formula-se convite ao fornecimento de bens e serviços a quem se entender, uma espécie de negociação “toma lá dá cá”.
Contudo, saibam caros Felgueirenses que a dependência da Câmara que funciona na cidade da Lixa, possui uma impressora que está sem tinteiro desde 30 dias atrás.
Provavelmente, em nome da transparência, a presidente mandou abrir um concurso para fornecimento do tinteiro.
É triste. Lamenta-se.
Esperemos que o futuro nos reserve melhor sorte. E que dê a Felgueiras o que efectivamente merece.
Horácio Costa – Candidato do MPT
Pedido de ajuda
Bispo pede ajuda internacional perante aumento da violência, que inclui crucifixões
O Bispo sudanês Edward Hiiboro Kussala lançou um pedido de ajuda à comunidade internacional face ao aumento da violência contra os cristãos no país, que chegou mesmo à prática de crucifixões.
Em declarações à secção britânica da organização católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), D. Kussala, Bispo de Tombura-Yambio, revelou que um grupo do Exército de Resistência do Senhor (LRA, sigla em inglês) entrou numa igreja e profanou o edifício antes de sequestrar 17 pessoas, a maioria deles adolescentes e jovens.
Pouco depois, um dos sequestrados foi encontrado morto, atado a uma árvore e mutilado. Uma semana depois deste atentado, seis pessoas foram objecto de uma cilada e cravadas com pedaços de madeira à terra.
Em sinal de protesto contra a inércia do governo, cerca de vinte mil cristãos caminharam descalços durante de três quilómetros, no sul do Sudão. A oração-protesto de três dias foi convocada por D. Kussala. Entretanto, chegaram informações de que outras doze pessoas foram sequestradas.
“O Governo não se preocupa com o problema. Continuavam a assegurar que tinham o assunto sob controlo, mas agora vemos a realidade”, acusa o Bispo, que fala num “enorme choque”.
Algumas pessoas continuam desaparecidas e o prelado acusa o governo de nada fazer para resolver a situação.
“Ninguém vem em nosso auxílio, por isso pede aos responsáveis da comunidade internacional que façam alguma coisa”, conclui D. Edward Hiiboro Kussala.
Internacional Fundação AIS 2009-09-23 13:13:05 1967 Caracteres África
Saiba mais e como ajudar este Mártires da Fé dos nossos Dias; são hoje a Igreja do Silêncio e silenciado. Não nos calemos nós: http://www.fundacao-ais.pt/
Fátima Felgueiras apresentou queixa na GNR
Bruno Carvalho disse à agência noticiosa que os últimos três cartazes foram queimados com recurso a cola de sapateiro lançada para as telas, na noite de sábado para domingo, nas freguesias de Rande, Torrados e Unhão.
Recorde-se que a Coligação Nova Esperança (PSD/CDS-PP) também fora alvo de destruição de vários outdoors, em Agosto passado, nomeadamente nas freguesias de Idães e Várzea.
Novas Oportunidades -a ignorância certificada
É com a devida vénia que o DIÁRIO DE FELGUEIRAS toma a liberdade de transcrever o pertinente artigo de opinião de Marta Oliveira Santos "Novas Oportunidades - a ignorância certificada", publicado no "Correio da Educação", cujo endereço do sítio na Internet citamos em baixo.
Vale pena lê-lo...
Perante a publicidade aos referidos cursos, aqueles que abandonaram a escola ou, por qualquer razão não concluíram um dos ciclos de escolaridade, esfregaram as mãos de contentes, uma vez que agora se lhes oferece a oportunidade de obterem um certificado de habilitações que lhes poderá vir a ser útil. E como diz o ditado "mais vale tarde do que nunca”, eles lá se inscreveram. Por outro lado, três meses das 7.00 às 10.00 horas, horário pós‐laboral, uma vez por semana, era coisa fácil de realizar. Coitados daqueles que andam 3 anos (7º, 8º e 9º anos) para concluírem o 3º ciclo!!! Isso é que é difícil!
Na rua, no café, nos locais públicos em geral ouve‐se: “Ah! Agora, ando a estudar! Ando a fazer o 9º ou 12º ano! Aquilo é porreiro, pá!” Entretanto, há pessoas com quem contactamos no dia‐a‐dia, mais próximos de nós, o cabeleireiro, o sapateiro, a empregada doméstica, etc. que também nos confidenciam com ar feliz: “Agora, com esta idade, ando a estudar! Ando a fazer o 9º!” E nós, simpaticamente, sorrimos, abanamos a cabeça e dizemos que fazem bem, sempre é uma mais valia… contudo, numa dessas conversas, tentei descobrir que disciplinas constavam do curso, ficando a saber que eram Português, Matemática, Informática e Cidadania para o 9º ano; e indaguei ainda como eram as aulas e a avaliação final.
E fiquei atónita. Em Português o formando teria que escrever a história da sua vida e a razão por que se inscreveu no curso, sendo o texto corrigido aula a aula pela respectiva formadora; Matemática consistia em efectuar cálculos básicos e apresentar, por exemplo, a receita de um bolo e duplicá‐la; para Informática apercebi‐me que seria a apresentação do trabalho escrito e, posteriormente, quem quisesse apresentá‐lo‐ia em “powerpoint”; em Cidadania, os formandos apresentavam os diferentes resíduos e diziam em que contentor os deveriam colocar. A nível de Português ainda foi pedida a leitura de um livro e seu comentário, sendo a selecção ao critério do formando, o que deu origem a autores “light”, nada de autores portugueses de renome; a acrescer a este comentário teriam também de fazer a apresentação crítica a um filme e a uma reportagem. Todos estes elementos seriam entregues num dossier, cuja capa ficaria ao critério de cada formando.
Três meses passaram num abrir e fechar de olhos, por isso um destes dias, enquanto aguardava a minha vez para ser atendida no consultório médico, fui brindada com o dossier do curso da recepcionista e respectivo certificado de 9º ano. Engoli em seco aquelas páginas recheadas de erros ortográficos e de construção frásica, desencadeamento de ideias e falta de coesão, (…), entremeados por bonitas fotografias; na II parte, umas contitas simples e duas tábuas de multiplicação; e em Cidadania, os contentores do lixo coloridos com a indicação dos resíduos que se põem lá dentro.
Em seguida, com um sorriso muito branco (nem o amarelo consegui!) e, como bem educada que sou, felicitei a dona do dossier, cuja capa estava realmente bonita, original, revelando bastante criatividade e ouvi‐a alegre dizer: “A formadora disse‐me que tinha hipóteses de fazer o 12º ano. Logo que possa, vou fazer a minha inscrição!” Fiquei estarrecida, sem palavras para lhe dizer o que quer que fosse. “As Novas Oportunidades” são isto? Está a gastar‐se tanto dinheiro para passar certificados de ignorância? Será que todos os formadores serão iguais a estes? E o 9º ano é escrever umas tretas e ler um Nicholas Sparks e um artigo da revista “Simplesmente Maria”? E o 12º ano será a mesma coisa (queria dizer chachada) acrescida de uma língua?
Continuando assim o país a tapar o sol com a peneira, teremos em poucos anos a ignorância certificada!
Carminho e Buika em Guimarães | sábado (26)
Ciclo Cantar a Alma prossegue
até ao próximo dia 03 de Outubro
Depois dos concertos Amália Hoje e da jovem cantora basca María Berasarte, o Ciclo Cantar a Alma prossegue no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, com vozes que vêm da alma e tocam a alma, desta vez com Carminho, já no próximo sábado, dia 26 de Setembro, às 22h00, e Buika, no dia 03 de Outubro.
Carminho é um dos nomes mais fortes da nova geração de fadistas. Filha da fadista Teresa Siqueira, cresceu a ouvir fado na Taverna do Embuçado, uma das Casas de Fado com a maior reputação que Lisboa teve e que era da sua mãe. Com uma curiosidade enorme, Carminho murmurava baixinho muitos dos fados que ouvia. Aprendeu a cantar no meio de grandes e talentosos músicos. Aos 12 anos cantou em público pela primeira vez, no Coliseu de Lisboa. Em 2007, durante 11 meses, realizou uma viagem à volta do mundo, segundo a fadista, para procurar respostas e se conhecer melhor, e participou em acções humanitárias na Índia, Cambodja, Peru e Timor. Voltou a cantar numa casa de Fados, Mesa de Frades, onde actua todas as segundas e quartas-feiras. Desde aí, cantou na Casa da Música, na Festa do Fado, no espectáculo comemorativo dos 45 anos de carreira de Carlos do Carmo, na Expo de Saragoça e na recriação de “Amália à L’ Olympia”.
Nos últimos anos, além da participação em vários discos, destaca-se ainda o prémio “Revelação Feminina” atribuído pela Fundação Amália Rodrigues e a sua participação no filme "Fados" do espanhol Carlos Saura, mas não havia maneira de o disco sair, até hoje. Em Junho deste ano chegou finalmente o tão aguardado disco de estreia. Chama-se “Fado”. Segundo Carminho, não podia chamar-se outra coisa, por toda a sua história, pelas suas raízes, pelo seu passado, pelo seu presente e pelo futuro onde se irá "deixar guiar pela sensibilidade”. Aclamado pela crítica, o seu disco de estreia entrou directamente para o 2º lugar do top nacional de álbuns, na semana em que foi editado. Do alinhamento fazem parte fados que acompanharam Carminho ao longo da sua vida, fados tradicionais com novas letras e até duas composições da autoria da própria fadista, “Palavras Dadas” e “Nunca é Silêncio Vão”.
Buika é a voz explosiva que encerra o Ciclo Cantar a Alma no dia 03 de Outubro, às 22h00. Uma das mais interessantes e surpreendentes vozes dos últimos tempos que mistura influências e estilos musicais mantendo a autenticidade que a caracteriza. Nascida em Palma de Maiorca, onde se estabeleceu a sua família originária da Guiné Equatorial, foi nesta cidade espanhola que a cantora se iniciou no mundo da música, cantando em clubes de jazz e em bares. Entretanto, mudou-se para Madrid e, em 2005, lançou “Buika”, destacando-se pela naturalidade com que se aventura nas áreas do soul, flamenco, hip hop ou jazz.
Com o seu segundo trabalho, “Mi Niña Lola”, gravado sob a batuta do produtor Javier Limón, arrecadou prémios, participou em grandes festivais e deixou a crítica e o público rendidos. Revelou-se uma artista singular. Dona de uma voz inconfundível, Buika mistura-se com as suas canções, vive-as, espreme as palavras, bebe das emoções para as gritar entre sussurros em “Niña de Fuego”, o seu terceiro disco, também produzido por Javier Limón.
O público português familiarizou-se com Buika depois da participação da cantora no tema “Pequenas Verdades” do último trabalho de Mariza, “Terra”, que a descreve como “uma voz única, muito, muito especial e que eu admiro bastante e que faz parte das minhas vozes preferidas”. Com um à vontade como se estivesse em casa e sempre com um sorriso no rosto, Buika apresenta o seu terceiro álbum, “Niña de Fuego”, no Centro Cultural Vila Flor, um trabalho em que visita novamente a música popular espanhola com as coplas e viaja pela primeira vez até ao México e à ranchera, cantando ainda temas inéditos compostos por ela mesma e pelo aclamado produtor Javier Limón. A propósito deste álbum Buika recebeu duas nomeações para a 9ª edição dos Grammys Latinos, Álbum do Ano e Produtor do Ano (Javier Limón).
segunda-feira, setembro 21, 2009
Opinião de um leitor: "Os debates venha tomar café connosco, do SP"
Antes de mais, permita-me que o felicite pelo contributo que o seu jornal tem dado para o desenvolvimento sócio-político, democrático e republicano de Felgueiras.
Sem entrar em grandes considerandos, pois as questões nucleares que afligem e distorcem o miolo democrático na nossa terra têm sido, e bem, periódica e sistematicamente trazidas a lume por esse diário digital, tenho a referir que há pormenores relacionados com o poder instituído que não podem deixar de ser objecto de uma reflexão séria, profunda e racional.
A democracia material em contraposição com a democracia formal impõe, em respeito aos princípios básicos do Estado de Direito, que os agentes políticos tenham perante o cidadão eleitor uma postura assente em valores éticos e humanos, na medida em que o acto eleitoral configura um contrato de cidadania estabelecido entre o eleito e o eleitor.
Desse modo, e porque de um contrato se trata, as proposta, ou melhor dizendo, os programas eleitorais, eivados de um idealismo extremo e inexequível ou de um oportunismo atroz, criam no cidadão eleitor uma desconfiança ou um cepticismo, cujo efeito imediato é a abstenção e o efeito mediato o total alheamento da vida política; tudo em prejuízo da génese do principio democrático, que é a participação popular como mola real da cidadania.
Tudo isto mais grave se torna quando o poder instituído se apresenta ao acto eleitoral, e dos seus programas surgem propostas que são aglutinadores, porque transversais à comunidade, mas que, ao longo do tempo, e enquanto poder, foram sempre e intencionalmente abandonadas na gaveta do esquecimento.
Refiro-me, em concreto, à ideia de participação cívica que o Movimento S.P, vem trazendo à liça em período de pré-campanha, através do lançamento à discussão de temas candentes e que efectivamente são do interesse público.
Como sabemos, porque a conduta ao longo do tempo assim o demonstra, o Movimento S.P., que encarna o poder instituído, sempre se refugiou no individualismo ou no personalismo, porque isso, como é público e notório, faz parte do seu ADN social e político.
Por isso, a conduta levada a cabo pelo Movimento Sempre Presente em pleno período de campanha pré-eleitoral lançando como mote a participação cívica é contraditória, visa dar uma imagem do dever ser, mas seguramente, e digo-o com tristeza e amargo de boca, não passará do campo das intenções, porque a matriz personalista base da sua genética, não se alterou nem seguramente se alterará.
Daí o povo eleitor que tire as devidas conclusões.
Candidatos do PS às 32 freguesias
Junta de Freguesia de AiãoVicente Manuel Faria Fernandes
Junta de Freguesia de Airães
José Maria Dias António
57 anos, Reformado
Junta de Freguesia de Borba de Godim
José Carlos Santos Lopes
38 anos, Coordenador Serviço Bombeiros
Junta de Freguesia de Caramos
António Fernando Costa Sampaio
53 anos, Comerciante
Junta de Freguesia de Friande
Isabel Cristina Fonseca Lopes
22 anos, Estudante
Junta de Freguesia de Idães
Manuel Casimiro Alves Mendes
59 anos, Comerciante
Junta de Freguesia de Jugueiros
Manuel Armandino Leite de Castro
55 anos, Fiel de Armazém
Junta de Freguesia de Lagares
Vitor Rogério Silva Rebelo
38 anos, Encarregado
Junta de Freguesia de Lordelo
Rui Manuel Vieira Teixeira
37 anos, Contínuo
Junta de Freguesia de Macieira da Lixa
Marco César Teixeira da Silva
28 anos, Operador Telecomunicações
Junta de Freguesia de Margaride
Paulo Jorge da Fonseca Sampaio
42 anos, Comerciante
Junta de Freguesia de Moure
José Maria Araújo Pinto
52 anos, Operário Fabril
Junta de Freguesia de Pedreira
Maria Ivone Ferreira Melo da Silva
47 anos, Empregada de Escritório
Junta de Freguesia de Penacova
José da Costa Ferreira
48 anos, Operário Fabril
Junta de Freguesia de Pinheiro
Manuel Fernandes Pinto
56 anos, Aposentado
Junta de Freguesia de Pombeiro
Jorge Manuel Lopes Leite
50 anos, Assistente Técnico
Junta de Freguesia de Rande
Sandra José Pinto da Silva Cunha Sousa
28 anos, Técnica Oficial de Contas
Junta de Freguesia de Refontoura
José da Silva Pereira
47 anos, Comerciante
Junta de Freguesia de Regilde
José Paulo Vaz Monteiro
31 anos, Técnico Oficial de Contas
Junta de Freguesia de Revinhade
Ana Luísa Sampaio da Costa
52 anos, Professora
Junta de Freguesia de Santão
José de Sousa Martins
55 anos, Carpinteiro
Junta de Freguesia de Sendim
Albino da Fonseca Loureiro
60 anos, Professor
Junta de Freguesia de Sernande
Eugénio Sousa da Costa
43 anos, Contabilista
Junta de Freguesia de Sousa
Alexandre Agostinho Ferreira
53 anos, Desempregado
Junta de Freguesia de Torrados
Fernando Miguel da Costa Aires Faria
27 anos, Comerciante
Junta de Freguesia de Unhão
Fernando Ribeiro de Freitas
63 anos, Empregado de Armazém
Junta de Freguesia de Várzea
Manuel Horácio Teixeira Gomes
60 anos, Distribuidor de Pão
Junta de Freguesia de Varziela
Álvaro Raul Sampaio Ferreira
42 anos, Comercial
Junta de Freguesia de Vila Cova da Lixa
António Alfredo Macedo Alves
43 anos, Professor
Junta de Freguesia de Vila Fria
António Manuel Leite de Almeida
61 anos, Aposentado
Junta de Freguesia de Vila Verde
António Mendes de Almeida
56 anos, Vendedor
Junta de Freguesia de Vizela (S. Jorge)
Jorge José Ferreira Oliveira
40 anos, Escriturário
domingo, setembro 20, 2009
Manuel Alegre: se estivesse estado calado, hoje só ele saberia do "caso"
Manuel Alegre foi sempre assim: muita parra e pouca uva!
Esta histórica figura do PS tem o seu lugar na História, sem dúvida, como resistente ao fascismo; e um lugar na Literatura, como poeta. Porém, as duas facetas, reunidas numa só, deram-lhe uma enganosa auréola de romantismo político nada condizente com os valores da Esquerda, que apregoa.
Manuel Alegre, que peca muito por vaidade, não vale mais do que os outros resistentes à ditadura – uma boa parte deles, ainda hoje, com privações e situações de pobreza – e em relação a muitos escritores deste país, também em situação similar; a circunstância – a oportunidade do seu tempo na História – fê-lo beneficiário das regalias que todos os políticos parlamentares – da Esquerda à Direita – recebem e acumulam pela vida fora.
Manuel Alegre, a seguir ao 25 de Abril, na qualidade de então Secretário de Estado, foi o directo responsável pelo encerramento do jornal “Século”; nas vésperas dos Congressos do PS lança a chantagem política alegando discordância em relação aos líderes, mas as divergências acabam sempre num abraço em público; há anos, devido aos problemas ambientais no distrito de Coimbra, falou, falou e discordou, ameaçou demitir-se do partido… mas acabou por esquecer o assunto; em 2006, na sua candidatura à Presidência da República arregimentou atrás de si simpatizantes socialistas, comunistas, do BE, antigos membros da LUAR e da extrema-esquerda mais radical, monárquicos, marialvas, gente conservadora e de direita… só porque não fora o candidato oficial escolhido pelo PS; descobriu-se entretanto que recebe uma choruda aposentação, por “meia dúzia de dias” de trabalho na RDP; logo a seguir, criou o MIC – Movimento Intervenção e Cidadania, agora em “águas de bacalhau”; o ano passado, ameaçou fundar um novo partido, mas agora junta-se ao líder, José Sócrates.
A missão de Manuel Alegre no PS, ao longo destes 35 anos, é mostrar falaciosamente aos portugueses a diferença dentro do partido – diferença que não existe nem é possível nesta lógica actual de intervenção –, para legitimar as políticas liberais dos dirigentes. Caso contrário, já tinha sido expulso.
A diferença de posições no seio das direcções dos “partidos estruturantes” do regime tem sido combatida em todas as formações políticas; o “centralismo democrático” não ocorre apenas no PCP, que sempre combateu o que designa por “fraccionismo” quando dois ou mais militantes se reúnem mas não em nome do líder. Veja-se, por exemplo, Manuel Serra (PS), em 1975; Carmelinda Pereira (PS), em 1977; Carlos Macedo (PSD), em 1988; e os críticos do PCP, na década de 90.
Manuel Alegre faz lembrar um cônjuge que se dizia traído e entrou em pânico: bateu no seu par, destruiu os móveis da casa, abandonou a residência, chorou, chorou, queixou-se aos filhos, denunciou a alegada traição a toda a família, aos vizinhos, aos amigos, a toda a gente… mas, poucos dias após, voltou para casa, para o aconchego do seu par. Como um cordeiro! Se esse cônjuge estivesse estado calado, hoje só ele saberia do denunciado caso.
sábado, setembro 19, 2009
Venham os "Homens da Luta"!
P.e Mário de Oliveira publica em vida... livro póstumo!

Venho pedir-lhes, com a devida antecedência, que reservem, desde já, a tarde de sábado 17 de Outubro 2009, para a sessão de lançamento, aqui, em Macieira da Lixa, concretamente, no Barracão da Cultura, de mais um livro meu, a que dei o título NOVO LIVRO DO APOCALIPSE OU DA REVELAÇÃO, edição AREIAS VIVAS, uma Editora que existe com o explícito propósito de dar força às palavras. Trata-se de um LIVRO PÓSTUMO, com 140 capítulos, num total de mais de 2000 versículos, seguidos de um Prólogo-ao-Amanhã-que-vem, uma outra maneira de dizer O-meu-Testamento. Apesar do seu carácter de livro póstumo, espero estar ainda fisicamente presente com Vocês nessa tarde e encerrar a sessão com acutilantes palavras teológicas grávidas de Ternura, e com dois ou três dos meus Textos-Poema, cantados por mim, sem o acompanhamento de qualquer instrumento musical. O livro, porventura, o mais teologicamente interpelador e desafiador de todos os meus livros, será apresentado pelo Escritor LUANDINO VIEIRA. Logo a seguir, o Actor JÚLIO CARDOSO, da Companhia de Teatro SEIVA TRUPE, lerá para nós versículos à sua escolha de alguns capítulos do Livro e, porventura, também do emocionante Prólogo com que o Livro termina /começa. A Editora servirá, a terminar, um eucarístico Porto de Sororidade /Fraternidade, ao mesmo tempo que eu, na minha qualidade de autor, estarei disponível para autografar os livros que adquirirem na hora e que queiram levar autografados por mim.
Não deixem de vir participar na sessão e tragam o carro lotado de pessoas amigas ou familiares. Será uma sessão única e irrepetível, emocionada e emocionante, como nunca terão tido antes e, dificilmente, terão depois. Ao mesmo tempo, ficam a conhecer o Barracão de Cultura, ainda por acabar por dentro, SEM DÚVIDA, o grande Sinal levantado aqui, em Macieira da Lixa, uma Terra que, desde a década de setenta, se revelou Lugar Teológico de Deus, o de Jesus, que gosta de Política Maiêutica /Cultura Viva, não de Religião /Poder religioso-Político. Já sabem que os meus direitos de autor, resultantes da venda deste Livro, destinam-se integralmente a levar por diante até final a construção do Barracão de Cultura.
Peço-lhes com todo o meu afecto: Reservem a tarde do dia 17 Outubro 2009. Venham viver em directo a sessão de apresentação do meu LIVRO PÓSTUMO. E tragam o carro cheio de pessoas vossas amigas ou familiares. A tarde promete ser inesquecível e, quem sabe, pode mudar radicalmente as nossas vidas. Ah! E, por favor, espalhem a notícia. Saibam que, só à minha responsabilidade, assumi o compromisso, perante a Editora, de vender, no mínimo, 500 exemplares deste Livro. Porque sei que Vocês vão ser militantes, quanto eu, desta pequena-grande Causa.
Renovo o meu abraço e a minha paz. Sempre em comunhão com Vocês,
Mário, presbítero da Igreja do Porto.
Liberdade
um governo ou que são membros de um partido – por mais
numerosos que eles possam ser – não é liberdade.
Liberdade é sempre e exclusivamente liberdade
para quem pensa diferente."
sexta-feira, setembro 18, 2009
Candidaturas PSD/CDS-PP às 32 freguesias
Três primeiros nomes de cada candidatura
Carlos Filipe da Silveira Guimarães
Cristiana Isabel Macedo Vieira
Domingos Joaquim Costa Rodrigues
Airães
Vitor Sebastião Sá Pereira de Vasconcelos
António Fernando da Cunha Gomes
Olga Maria Teixeira de Magalhães Ribeiro
Borba Godim
Eduardo Magalhães Pinheiro
Marlene Maria Castro Gonçalves
Paulo José De Castro Teixeira
Caramos
José Filipe Costa Lopes Dias Cunha
Nuno Gonçalo Oliveira Moutas Teixeira
Cristina Maria Pinto Ribeiro
Friande
João Sousa Teixeira
Luís António de Freitas Teixeira
Ivone Maria Lima de Sousa
Idães
José Carlos Carvalho de Sousa
Fernando Carvalho
Clara Maria Ferreira da Silva
Jugueiros
Ernesto José Pereira Sampaio
Cátia Sofia Melo Teixeira
Pedro Marinho Teixeira
Lagares
Armando Teixeira Sampaio
Carlos Fernando Ferreira Carvalho
Maria Estela Sampaio Leite
Lordelo
António Arlindo Magalhães Carvalho
Arnaldo Jacinto Cunha Baptista
Vera Lúcia Sampaio Martins
Macieira Lixa
João Nogueira Mesquita Lachado
João Alexandre David Fonseca Bessa Carvalho
Maria Teresa de Sousa Teixeira
Margaride
José Luis Marinho Martins
José Antonio Lemos Araújo
Ana Raquel Coutinho Alves
Moure
João de Sousa Alves Rocha
José Oliveira da Fonseca
Maria Paula Guimarães Ribeiro
Pedreira
Nuno Gilberto Coelho Macedo
Manuel Teixeira
Marta Sofia Martins da Silva
Penacova
José Maria Pinto Teles,
Bruna Carina da Silva Oliveira
Jorge André Teixeira Dias Miranda
Pinheiro
Andreia Marisela Meireles Almeida
João da Costa Pinto
Armando Rocha Ferreira
Pombeiro
Vitor Manuel de Sousa Félix
Lúcia Carvalho da Cunha Félix
José Luís da Silva e Costa
Rande
Vítor Pedro Da Costa Ribeiro
Ana Catarina Da Costa Pinto
César Augusto Nunes Ferreira
Refontoura
Joaquim José Teixeira Ribeiro
Emília Moreira de Magalhães
Abílio Alberto Teixeira Monteiro
Regilde
Fernando Desidério Sampaio Silva Monteiro
Salvador Lopes Teixeira
Maria Alexandrina Esteves Monteiro
Revinhade
João Francisco Sampaio Sousa
Ricardo Joaquim de Sousa Cunha
José Manuel Ferreira Vieira
Santão
Joaquim Morais
António Maia Barbosa
Maria do Céu da Costa Duarte Sousa
Sendim
José Martins De Melo
Luis Mário Teixeira Freitas
Bruna Patrícia da Silva e Cunha
Sernande
Pedro Magalhães
Maria Manuela Coimbra Peixoto
Leonel Fernando Pacheco Coelho
Sousa
Carlos Manuel Magalhães de Sousa
Manuel Almeida Gomes
Noélia de Fátima Silva Ribeiro
Torrados
Policarpo Monteiro Gonçalves
António Gaspar Martins
Maria Lucinda da Costa Teixeira
Unhão
Esmeralda Maria Ribeiro Machado Sousa
Sofia Clara Cardoso Teixeira
Carlos Américo Machado Bernado
Várzea
Artur Da Cunha Faria
Graça Maria Teixeira de Oliveira
Maria Alice de Sousa Fernandes
Varziela
António da Costa Ferreira
Eliana Georgete da Cunha Ribeiro
Sónia Maria Marques Pereira da Cunha
Vila Cova da Lixa
Agostinho Teixeira da Fonseca e Sousa
Albino Pinto Pereira
Maria Emília Castro Ribeiro
Vila Fria
Helder Gil Dias Teixeira de Sousa
Adélia Maria Pina Areias
Alexandre Paulo Ferreira da Cunha
Vila Verde
António José Magalhães Ferreira
Cidália Maria Da Silva Brochado
António Da Cunha Teixeira
Vizela S Jorge
Armanda Maria Leite Paulo Monteiro
Paula Noémia de Freitas Ribeiro
Amarílio Félix Costa










