quinta-feira, setembro 24, 2009

"Política de Felgueiras", por Paulo Alves, membro da Assembleia Municipal pelo SP

Recebemos de Paulo Alves - membro da Assembleia Municipal de Felgueiras, agora em fim de mandato, eleito pelo movimento Sempre Presente (SP) - o artigo de opinião "Política de Felgueiras", que assina e nos enviou de livre iniciativa com pedido de publicação.
Independentemente de concordarmos ou não com as opiniões expressas neste texto, consideramo-lo de interesse público, nomeadamente pelo facto de o seu autor ocupar um lugar efectivo no referido Órgão Autárquico com inerente direito a intervenção, tanto mais nesta fase de debate pré-eleitoral para as Autárquicas, apesar de o citado cidadão não ter sido reconduzido em nenhuma das listas concorrentes.
O Editor do Diário de Felgueiras deixa campo aberto para o referido debate; qualquer leitor pode mandar a sua opinião, principalmente quem não concordar com o pensamento de Paulo Alves, para que, na matéria abordada, não deixe de existir o legítimo princípio do contraditório.
Outro esclarecimento: decidimos não alterar eventuais incorrecções gramaticais do texto, a não ser a nível de acentuação.

POLÍTICA DE FELGUEIRAS

Paulo Alves, membro da Assembleia Municipal de Felgueiras pelo MSP, releva os blogs pela forma em que se traduz num meio de comunicação ao alcance de todos no mundo das tecnologias da informação e numa sociedade democrática e pluralista. Em fim de mandato, fecha aqui um círculo politico uma vez que não conduz a sua recandidatura, simplesmente por achar que não será uma mais valia nem acrescenta qualquer sinergia á recandidatura do MSP, ao contrário de 2005. Não obstante estes argumentos, contribuiu ainda para esta posição uma certa asfixia politica sentida no que concerne às intervenções no órgão Assembléia Municipal, local onde interviu por conta própria na coerência dos seus pensamentos e das suas convicções. A saber, quem nunca por lá passou, a vontade de participar, de debater é muitas vezes condicionada pelos dirigentes dos partidos. Depois do que viu, do que presenciou naquele órgão, acha que não é a forma correcta de fazer politica, usando-se muitas vezes pelos diversos círculos políticos demagogias, contradições apenas para fazer oposição. Incorrecto. Mas nada disto é ao acaso, as oposições mais poderosas, mais representativas, acabam por enganar os seus eleitores através dos seus dirigentes, tendo-se verificado desde há trinta anos, que olharam mais pelos seus interesses pessoais e familiares do que cumprirem os programas eleitorais, pois apesar de serem oposição, deviam eleger propostas, ter uma participação activa na defesa do seu eleitorado, em vez de criarem os seus lóbis em contra jogo com o poder para alcançar mais valias nos seus patrimônio, pois normalmente são pessoas bem posicionadas economicamente e que encabeçaram candidaturas para daí retirar as mais valias duplicando ou triplicando o seu patrimônio à custa da viabilização dos seus imóveis para grandes investimentos ou à custa do investimento público que também valorizaram os seus imóveis. Não será difícil descobrir ao que me refiro, senão vejamos onde foram realizados esses investimentos, na cidade de Felgueiras, basta olhar onde foram construídas as superfície comerciais e aonde estão a ser construídas novas superfície comerciais, zona empresarial de várzea, parque de estacionamento, centros escolares, sempre às mesmas famílias ligadas ao poder politico ou aos tais políticos que referia atrás e muita das vezes intermediados por escritórios de advogados muito próximos do poder executivo onde retiram e auferem grandes valias pelo acompanhamneto desses processos. Na cidade da Lixa a mesma coisa. Basta ver onde foram construídos grandes empreendimentos quase há vinte anos atrás, entre campos de culturas, onde estão a ser construidas grandes superficies comerciais? Sempre nos imóveis de famílias próximas do poder ou de ex-autarcas da oposição. São estes Ex-Autarcas que agora pertencem a uma confraria que enganaram o seu eleitorado, por isso as populações devem daí retirar as suas conclusões.(há tantos empresários que criam emprego há mais de cinquenta anos que mereciam essa dignissima distinção)
Quanto a programas eleitorais, esperamos para ver as promessas cumpridas. No entanto, realço os investimentos públicos que estão a ser realizados, fruto de candidaturas europeias, sem estes fundos comunitários nada seria possivel. No futuro não será assim, com a Europa a declinar, com o endividamento de Portugal ao exterior, quero ver como vão ser cumpridas as promessas anunciadas nos programas eleitorais, oferecer tudo a toda a gente. Aonde vai isto parar? Será que só ganha eleições quem defende o Estado de Providência? Apostem nas medidas de criação de emprego. Peçam algo em troca a quem prometem dar tudo. Só o voto não chegará. Justifica-se esta providência? Pagamos tantos impostos, combustiveis caros, iva caro, IRC e irs caro, segurança social caro. Preferia não ter tantos investimentos públicos (anunciam agora mais uma piscina olimpica com custos de manutenção que ninguém sabe e uma grande zona desportiva) e ter impostos municipais mais baratos (imi/imt/taxas disponibilidade). CONCLUSÃO: Se não tivesse havido estas candidaturas Felgueiras passava quatro anos em "branco". Por isso inventem engenharias financeiras e procurem parcerias económicas que os impostos não vão chegar para tudo.