terça-feira, agosto 29, 2006
Festa do Avante - campanha pela Segurança Social
Beatles: último concerto foi há 40 anos
Lixa festeja Nossa Senhora das Vitórias
segunda-feira, agosto 28, 2006
Duo armado atacou carrinha de valores à porta do Modelo
Foto JN
sábado, agosto 26, 2006
Opinião
O "presidencialismo" nas Câmaras Municipais
A propósito da demissão de Carlos Sousa da presidência da Câmara de Setúbal, comungo da opinião de Vital Moreira, que considera que deverá haver uma ligação dos eleitos locais aos partidos que representam (pelo menos, nas grandes questões de fundo). Não compreendo o sentido da opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, que, no “Expresso” de hoje, advoga “uma reforma profunda do sistema político e eleitoral” e, consequentemente, uma via “presidencialista nas eleições para as autarquias”.
Resumindo, promover a exclusiva personificação dos Executivos camarários numa só pessoa é contribuir para o aparecimento de caudilhismos autárquicos.
sexta-feira, agosto 25, 2006
Homenagem ao Mestre Firmino da Costa Leite
Trata-se de Firmino da Costa Leite, que era nosso amigo pessoal. Tendo emigrado para o Brasil aos 14 anos, regressou a Felgueiras dez anos mais tarde. Durante esse tempo, no outro lado do Atlântico, foi adquirindo conhecimentos e experiência no ramo da metalomecânica, em escolas técnicas e em grandes empresas, numa altura em que Portugal vivia o período conturbado da I República e em que o sector da metalomecânica se encontrava numa fase rudimentar. Nunca se tendo licenciado em Engenharia, a Firmino da Costa Leite era-lhe reconhecida grande capacidade técnica e até para inovar. Regressado a Felgueiras, ingressou na mítica Metalúrgica da Longra, onde Firmino viria a inventar a primeira mesa cirúrgica do país. Nos últimos vinte anos da sua vida, Firmino dedicava o seu tempo à feitura de trabalhos manuais e pinturas. Algumas delas poderão ser vistas na exposição, a par dos recortes de jornais que referem a sua vida de autodidacta.
Editorial
Poder-se-á alegar que tal episódio não é um facto político, mas o certo é que não deixa de ser revelador de que Fátima Felgueiras jamais confia em Horácio Reis. Apesar de este ter figurado em terceiro lugar na lista do movimento “Sempre Presente” à Câmara Municipal nas últimas autárquicas, ninguém pode negar que Horácio foi o grande impulsionador e obreiro para que tal movimento fosse criado, desde a primeira hora. Antes e durante a campanha eleitoral, desdobrou-se na propaganda política, mormente nos bastidores, que é o terreno onde se sente melhor, como peixe na água. Usando uma figura de estilo, podemos dizer que Horácio foi quem foi buscar Fátima Felgueiras ao Brasil. Ganhas as eleições, é ele que se tem revelado como o mais incansável elemento da maioria, para sucesso das iniciativas, das quais Fátima Felgueiras é quem retira todos os louros.
Enquanto Fátima Felgueiras é uma figura política de palco, Horácio é uma figura dos bastidores, mas o certo – isso é inegável – que o n.º 3 do Executivo aspira, um dia, ascender à presidência da autarquia. Não tendo vingado como candidato do PS, depois de toda a novela gerada em torno do núcleo do partido na Lixa (que tentou implementar para servir de trampolim com esse objectivo, mas que nunca foi legalizado pela Distrital), Horácio não queria sujeitar-se a ser um eventual n.º 2 ou n.º 3 de José Campos, também por uma questão de orgulho, e lançou-se na criação do movimento independente no sentido de chegar à autarquia, para, um dia, chegar a presidente, mesmo sabendo que, para isso, terá que vencer, um a um, todos obstáculos de tamanha maratona.
Mário Soares costuma dizer que a política em Democracia é feita de contrastes. E a prova disso é que Fátima Felgueiras beneficiou da existência desses contrastes, no caso, das contingências verificadas no seio do PS local e nacional entre Maio de 2003 e Outubro de 2005. Caso contrário, hoje a presidência da Câmara estaria nas mãos de José Campos (PS) ou de Caldas Afonso (PSD).
Fátima Felgueiras sabe muito bem da ambição de Horácio Reis, que não vai querer ser toda a vida um político de bastidores. E é por isso que o teme, não lhe dando o mínimo de confiança política. E foi por isso também que o não escolheu para n.º 2 da lista. Mesmo numa eventual retirada da cena política, mercê dos problemas judiciais que sobre si impendem, Fátima Felgueiras jamais irá trabalhar para que o seu actual n.º 3 a suceda. A actual presidente da Câmara não gosta de políticos de ruptura e, muito menos, de quem se movimenta bem nos bastidores, como Horácio, mas de políticos de continuidade e de feitio reservado. É certo que, para o ir tendo ao seu lado sem problemas imediatos, acena-lhe, dando-lhe a perceber, que não se irá recandidatar ao cargo em 2009. O líder da Oposição, Caldas Afonso (PSD), caiu no engodo, ao ponto de ter dito isso, recentemente, em entrevista ao “Expresso de Felgueiras”, mas Horácio, com mais argúcia, não acredita nessa farsa palaciana! Daí que é de prever que a meio do mandato as fricções políticas entre Fátima Felgueiras e Horácio Reis comecem a surgir, porque, como é óbvio, não podem haver duas pessoas a encabeçar a mesma lista eleitoral.
Bombeiros da Lixa recebem donativo de associação de emigrantes de França
quinta-feira, agosto 24, 2006
Comentário da JS Felgueiras
Irrisório e desprezível é o facto de se atribuir este nosso gesto como um desafio à actual CP do PS. Esta nomeação apenas teve por parte dos membros da JS a mais sentida homenagem ao trabalho desenvolvido pelo camarada David Queirós. Quem ousa tentar desvirtuar este merecido reconhecimento denota total desconhecimento dos ideais socialistas, mas principalmente, da amizade, camaradagem e honestidade que existe no seio da JS Felgueiras. Isso sim, é uma afronta que jamais admitiremos. Esta nossa capacidade de sermos humanos diferencia-nos de outros.
Vasco Carvalho - morte de um grande senhor
A tragédia de Vasco de Carvalho enquanto obreiro comunista de uma sociedade nova evoca, tal qual Bukharine o grande bolchevique, um dia disse, à beira do seu fuzilamento a mando de Estaline, que “a bandeira rubra que transportais leva nela gotas do meu sangue”. Neste caso, a construção comunista em Portugal transporta também um imenso rol de sofrimentos e dramas onde não pontificam só os golpes do adversário de classe. Pontificam igualmente os choques e contradições entre agentes concretos da história, convencidos com as certezas que a arrogância e o sectarismo tantas vezes conferem. Convencidos portanto que um projecto impreciso e cheio de contingências como é a invenção do futuro, teria afinal um formato acabado e definitivo onde não caberiam dúvidas nem soluções diferenciadas. Tal era a aragem de realismo que vinha do «socialismo estatal» da URSS de Estaline.
Pacheco Pereira, um conservador sem qualquer indulgência para com as ideias comunistas, mas com um saber autorizado sobre história do movimento operário, disse na sessão de homenagem que estava pesadamente crivado de tensões o contexto da crise que levou à reorganização dos anos 40. E levou à defenestração da direcção, onde Vasco de Carvalho era o primeiro responsável, de resto com toda a legitimidade formal vigente nos procedimentos electivos do PCP.
Estava marcado pelo controlo estrito da Internacional do qual o PCP era uma secção, pelas purgas na URSS, o ascenso do fascismo no mundo e foi, especialmente, marcado pela conduta da URSS no pacto germano-soviético, vertido depois para a táctica da Internacional com a sua posição, no mínimo, de equidistância entre Hitler e as democracias burguesas.
Foi notório – e não há razão para pensar que a história escrita por Pacheco Pereira neste domínio seja para duvidar - por outro lado, o peso das denúncias de ilícito político e de infiltração policial com que o grupo vencedor conduziu a sua argumentação contra a direcção legítima de Vasco de Carvalho. Tal como em tempos bem recentes, a discussão nos anos 40 do século XX, substituiu o confronto de teses políticas pelos choques pessoais e pelo levantamento de suspeições de traição ou de provocação do «inimigo de classe» e da polícia.
A acusação pelo grupo vencedor da reorganização de 40 aos camaradas da direcção Vasco de Carvalho, de serem provocadores infiltrados pela polícia política, é uma das páginas mais negras da luta política em Portugal. Assim como a sua expulsão do PCP.
Por isso, a homenagem reabilitadora agora efectivada é uma muito tímida reparação ao papel heróico de quem, nas mais adversas condições, foi capaz de manter um mínimo de ligação e organização entre os militantes e as organizações clandestinas. Nem o ridículo das acusações prosseguirem aquando da prisão pela PIDE de Vasco de Carvalho e de outros dirigentes, fez a calúnia recuar. E os camaradas que então arrostaram com a mais negra das infâmias, nunca conseguiram alcançar condições mínimas para se defenderem. Só recentemente e de passagem, Álvaro Cunhal assumiu o erro de como foi o chamado «grupelho provocatório de 40» tratado naquela época.
quarta-feira, agosto 23, 2006
Comunicado da FENAFLORESTA

Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Florestais FCRL
A Direcção da FENAFLORESTA, reuniu ontem, 17 de Agosto, data que se pretende muito importante para o sector florestal, pois foi aprovada em reunião de conselho de ministros a primeira estratégia florestal nacional (ENF) que Portugal pretende implementar. Da Ordem de Trabalhos constava uma primeira análise da estratégia aprovada bem como a sua relação com o flagelo dos incêndios rurais.
Tal como é sobejamente conhecida, a propriedade florestal é na sua esmagadora maioria detida por proprietários individuais, pelo que a nossa estrutura cooperativa nunca poderá demitir-se das responsabilidades inerentes à silvicultura destas áreas, quer seja com o objectivo de diminuir o risco de propagação dos incêndios, e não de ignição como já foi referenciado, quer seja com outros objectivos, sejam eles de cariz económico, ambiental ou social, tal como aparece defendido na estratégia nacional para as florestas.
Os primeiros quinze dias de Agosto vieram minar a confiança que em todos os órgãos de comunicação social se fazia sentir relativamente ao dispositivo de combate constituído para este ano, chegando, com as declarações do Senhor Ministro Dr. António Costa, a pôr-se em causa a coesão e necessária estabilidade entre três ministros deste governo.
Para a produção organizada na FENAFLORESTA, estes não são os verdadeiros cavalos de batalha que a floresta precisa, muito pelo contrário, a floresta nacional, enquanto bandeira do nosso país, deveria contar com o trabalho e empenho de todos os agentes, independentemente de interesses desvinculados da floresta.
As medidas propostas pela FENAFLORESTA, algumas delas abordadas na ENF, baseiam-se na elaboração do cadastro florestal, criação de uma rubrica no IRS para a limpeza de matas, medidas fiscais incentivadoras do proprietário florestal que pratique uma gestão florestal coerente, a implementação de medidas silvo-ambientais de compensação, valorização do trabalho desenvolvidos pelas Cooperativas e outras organizações de proprietários florestais, através de contratos programa, seguros florestais de grupo, entre outras medidas estruturais que deviam ser implementadas e prosseguidas na estratégia nacional para a floresta portuguesa.
Lançamos o desafio ao Estado para que ele seja o primeiro a dar o exemplo, para que simplifique os processos de financiamento e execute no terreno planos de gestão exemplares.
terça-feira, agosto 22, 2006
Líder da JS explica...
Filipe Carvalho, líder da Juventude Socialista (JS) de Felgueiras, explicou ao DIÁRIO DE FELGUEIRAS a importância e o sentido de um diploma a David Queirós, que já não é militante do partido nem da Jota, na sequência dos processos instaurados a dez militantes do PS por terem concorrido nas últimas eleições autárquicas nas listas do movimento Sempre Presente, entre os quais o jovem ex-socialista.Rapto em Friande
domingo, agosto 20, 2006
Quando os tolos falam...
Alberto João Jardim, em entrevista às televisões na praia do Porto Santo, onde se encontra de férias, primeiramente, começou por dizer que “Cavaco Silva anda desaparecido no Palácio de Belém”, pedindo ao Presidente de República para não deixar José Sócrates sozinho a mandar no país.
Pois é, Dr. Jardim!... Os jornalistas da Madeira são amordaçados pelo Poder. Até dizem que o Jornal da Madeira e outros da ilha são subsidiados pelo Governo Regional.
Deixem-no opinar!
Ontem, o nosso interlocutor, ainda indignado, tornou-nos a falar do assunto e informou que o seu companheiro em causa “está a fardar-se para ser candidato ao 4.º lugar da lista do partido à Câmara Municipal em 2009", e que, como tal, "já perdeu qualidades nas opiniões que dá” – tornamos a citar.
Agora, perguntamos nós: como é que isso pode ser, se o “opinion-maker” em causa ainda não sabe – aliás, ninguém sabe – quem vai ser o cabeça-de-lista do PSD em 2009?
Ora, ora, cada um é livre de dar a sua opinião, seja ela sincera ou não. O PSD que comece já a trabalhar para o futuro! Deixem o homem opinar!
Correio dos leitores
Para mim, o Prof. Dr. Marcelo Caetano não foi um ditador. Como disse a sua filha, não podia fazer tudo de uma vez e fez o que os "ultras" não queriam que fosse feito. Se os militares lhe tivessem dado mais algum tempo - pelo menos dois anos -, teria sido ele quem ia fazer a transição (pacífica) para um novo regime, de cariz ocidental.
Lamento que, mais uma vez, uma corrente de pessoas ainda marcadas pela deriva ideológica do PREC, tenham produzido afirmações sobre Marcelo Caetano, afirmações essas que a História há-de desmentir, como, por exemplo, a insinuada tentativa de massacre dos populares que, espontaneamente ou não, se juntaram no Largo do Carmo. Não me refiro concretamente ao artigo de José Carlos Pereira, mas aos escritos de pessoas como Vasco Pulido Valente e de dois autores aqui publicados.
Não se pense que sou contra a democracia. Aliás, o Prof. Dr. Marcelo Caetano desejava-a, e muito, para progresso e de desenvolvimento de Portugal, mas não simpatizo nada com o tipo de 25 de Abril que fizeram, que desembocou em nacionalizações arbitrárias e nos caprichos da extrema-esquerda, nos Otelos, nos Melos Antunes, nos Mários Tomés, nos Vascos Lourenços e etc..., bem piores que o PCP, de Álvaro Cunhal, que, pelo menos, foi mais íntegro e coerente até ao fim da vida.
Desculpem a minha frontalidade. Aliás, é coisa que o editor deste blogue costuma pedir aos seus leitores.
sábado, agosto 19, 2006
Notícias de âmbito local
Manipulação (ainda sobre Marcello Caetano)
Churrasco, a Festa dos Bombeiros Voluntários da Lixa
Foi um sucesso a Festa do 3.º Churrasco dos Bombeiros Voluntários da Lixa, onde participaram cerca de 1200 pessoas, desde os mais novos aos mais velhos.
O Provedor dos leitores observa
O texto surge nas duas páginas centrais, cada uma com uma foto a cores da entrevistada; na capa do jornal surge uma introdução à referida entrevista, com outra foto.
No segundo parágrafo dessa introdução pode ler-se: “Contestada por uns, mas acolhida por muito mais, vai cumprindo o seu mandato, que certamente é justo e isento”. Já no final do primeiro parágrafo, a propósito da reeleição da autarca, lê-se ainda: “o povo é quem mais ordena”.
sexta-feira, agosto 18, 2006
A entrevista "colorida" à filha de Marcello Caetano e um documentário com vários erros e omissões (*)
Alguns exemplos. Apesar das tentatives da Judite em colar Marcelo Caetano a umas humildes origens, lá admitia Ana Caetano que a família era «de província», onde o pai, que sabia ler e escrever, chegou a Director-geral, os tios eram todos licenciados (pelo que percebi), onde as irmãs eram profesosoras primárias (que vulgaridade) e que tivera uma infância de «pequeno príncipe». Ideia furada Judite, não? Talvez classe média/média alta, muito educada, de província. Povo? Não me parece.
Depois, e aí de forma inteligente, a colagem multigeracional entre Marcelo, Joao de Barros e os Rebelo de Sousa. Marcelo Caetano, caso não saibam, casou com a filha do grande pedagogo, «homem de esquerda» nas palavras de Judite, João de Barros. O seu filho, Henrique de Barros, seria, pelo PS, Presidente da Assembleia Constituinte em 1975. A relação entre ambas as famílias? De normalidade, atracção intelectual e desavenças políticas, nada de mais. Mais tarde, assim como havia sido natural essa relação, também os Rebelos de Sousa (Baltasar e o seu filho Marcelo) os Rogeiro (Nuno Rogeiro e o Pai), os Melo e Castro, os Freitas do Amaral, os Galvão Teles, o Adriano Moreira se relacionariam com o pai Marcelo. Há uma ideia, essa certa, de uma certa imobilidade endogénica da elite política e intelectual que se perpetua e respeita além dos regimes políticos que patrocina. Assim como João de Barros vira em Marcelo um intelecto irrequieto de génio, e o respeitara por isso, também Caetano viria em Adriano Moreira , Marcelo Rebelo de Sousa (e Nuno Rogeiro???) espíritos de formação impar e de futuro. Não nego a existência destas relações, nem o que as características previsíveis do recrutamento político e universitário. Não acompanho é a colagem «liberal» e tolerante que acompanha o discurso. Casar com a filha de João de Barros é deixar de ser peça integrante, fundacional do Estado Novo? Dos seus principais teorizadores? É esquecer todo o percurso feito em (quase) todas as instituições do regime. É que Marcelo foi professor nas Universidades, Reitor, Deputado à Assembleia Nacional, Ministro (varias vezes), procurador à Câmara Corporativa, dirigente máximo da Mocidade Portuguesa e da União Nacional (e, mais tarde, da Acção Nacional Popular). Escapou à Legião Portuguesa e a ser agente da PIDE. Ser doutor em Direito, professor emérito é esquecer a noção de Estado e Democracia que tinha? Só se enalteceram qualidades. E, naturalmente, estas passaram aos seus discípulos. Deles, o que lhe herdou o nome, hoje transporta bem a sua memória.
No resto da entrevista, gostei da atitude relaxada da Ana Caetano, demasiado óbvia quando entrava nas perguntas – respostas clichés (Africa, a Guerra e a Descolonização; o 25 de Abril), mas naturalmente imprevisível e correctiva qb (como quando corrigiu a Judite acerca das origens humildes do pai) e mesmo agradável (como quando contou o seu 25 de Abril ou quando se aventurava mais nas suas memórias). Interessantes dois promenores. Um ao denunciar o arranjo da entrevista (fui ver isto depois da nossa conversa…) e outro sobre o corte, visível, a meio da entrevista.
Judite, para variar, perdeu uma óptima oportunidade de poder retirar muito mais da filha do último Presidente do Conselho do Estado Novo. Demasiado previsível, deu várias respostas com as perguntas (foram os ultras, não foram?), errou nalgumas partes (como nas origens), não deixou a entrevistada entrar no programa e, pior, deixou no ar a impressão de uma entrevista programada e objectivada – amaciar a memória do pai de Ana.
Depois da entrevista, e sem intervalos, um documentário especial sobre Marcelo Caetano. Péssimo. Com erros – a Câmara Corporativa é de 1934 e não de 1932, a Mocidade Portuguesa não substitui a Acção Escolar Vanguarda – e sem chama. Clichés atrás de clichés (três partes – Primavera / Outono e Inverno), nunca entraram no Homem, na sua educação, na sua formação ideológica, no seu percurso político. Deixaram os anos correrem, com as datas a imperarem, sem análises ou ligações. Uma colecção de imagens (que bom arquivo tem a RTP) narradas, sem fio ou sumo. Na ficha técnica (que estive atento) nem consultores, arquivos consultados, nada. Trabalho da casa, feito em casa com a casa (podiam ter consultado um arquivozito…). Perda de tempo e de recursos. Já não deviam estar pessoas de valor atrás destes projectos?
Enfim, um bom serão televisivo a pedir mais. Para quando o próximo?...
quinta-feira, agosto 17, 2006
Marcello Caetano nasceu há 100 anos
Três semanas antes do 25 de Abril, Marcello fora ovacionado no Estádio de Alvalade por mais de 50 mil pessoas; no dia do golpe de Estado foi humilhado no Largo do Carmo por uma enorme multidão em fúria. É um bom exemplo do qual os políticos actuais deverão tirar a devida lição, pois a popularidade é um fenómeno obscuro.
Marcello Caetano (1906-1980), o último Presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo (1926-1974), nasceu faz hoje 100 anos. Com destinos diferentes, nasceu no ano em que Humberto Delgado e D. António Ferreira Gomes vieram ao mundo.
A efeméride é assunto de primeira página da edição de hoje do jornal “Público”, que dedica seis páginas ao assunto, inclusive um excelente ensaio de Vasco Pulido Valente.
Mais uma vez, pela leitura deste trabalho exaustivo, fica impressa a grande envergadura intelectual de Marcello a nível académico; em termos políticos, foi de uma grande ingenuidade e de grande falta de coragem, causa de sucessivos falhanços, não tendo demonstrado a capacidade e o querer suficientes para pôr fim à ditadura, não obstante o carácter reformista da sua governação. Por exemplo, não usou enfrentar Américo Thomaz para ser ele o candidato à Presidência da República, preterir o almirante e escolher um Governo portador de reformas mais apressadas, rumo à Liberdade.
Hoje, por volta das 22,45 horas, Ana Maria Caetano, filha de Marcello, é a convidada do programa da RTP1 “Grande Entrevista”, de Judite de Sousa.
quarta-feira, agosto 16, 2006
segunda-feira, agosto 14, 2006
Festa do Churrasco - BV Lixa (1)

O DIÁRIO DE FELGUEIRAS lá esteve presente, convidado pela associação humanitária, na qual temos bons e honestos amigos, como, por exemplo, o seu comandante, José da Silva Campos, e José Carlos Lopes, estimado colaborador deste blogue.
É, de facto, com gente desta que nos sentimos bem, com quem, naquela noite de Verão, pudemos reviver amizades antigas, umas boas “anedotas” a propósito de nada e de muita coisa, e muitas, muitas gargalhadas sonoras…
Estiveram mil?... Mil e quinhentas pessoas?... Não sabemos. Sabemos que poucos faltaram, mas “só faz falta quem está presente” – foi o que ouvimos dizer de alguém da organização. José Carlos Lopes esteve imparável, não o vimos parado um segundo que fosse, para que nada faltasse, para que nada falhasse. José Campos recebia os convivas com a espontaneidade e simpatia que caracterizam a sua maneira de ser.
Seria fastidioso se enumerássemos aqui todos os pormenores da festa, todos os números musicais, etc.… Entre estes últimos, destacámos a actuação da Ritinha, cantora, que ali se estreou a cantar em grupo com três meninas (todas irmãs) – a Daniela, a Ana Lúcia e a Cristiana -, naturais e residente no concelho vizinho de Marco de Canavezes, excelentes artistas, que conheceram a Ritinha nas andanças dos festivais.
O DIÁRIO DE FELGUEIRAS falou com os pais da Ritinha e com os das três meninas. Todos foram unânimes: urgem apoios para que as quatro meninas prossigam a sua abnegada participação musical, porque o talento das quatro é enorme.
De resto, sem mais palavras, ficam as fotos. Mal tiradas, é certo, mas a intenção era boa.
Festa do Churrasco - BV Lixa (5)
Incêndio em Pinheiro


Valeram as intervenções das corporações dos bombeiros da Lixa e de Felgueiras. Os moradores adstritos ao pé daquele monte acreditam que, mais uma vez, tratou-se de fogo posto, provocado perto do campo do futebol, a Sul, quando, na verdade, o vento batia da parte Sul. Sem dúvida, os incendiários têm as suas técnicas... E mais: segundo uma fonte, uma das corporações foi chamada ao engano para apagar um incêndio em Aião, para desviar os bombeiros da verdadeira zona de incêndio.
O DF sabe que as autoridades policiais estão a investigar a alegada origem criminosa deste fogo.
sexta-feira, agosto 11, 2006
Publicidade gratuita
O Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) destina-se a indivíduos e famílias que, por motivo de doença, deficiência ou outro tipo de impedimento, não possam assegurar, temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou actividades da vida diária.
Proporcionamos apoio nas seguintes áreas:
- Saúde;
- Higiene pessoal e habitacional;
- Alimentação;
- Lavandaria comunitária
Para mais informações:
Associação para o Desenvolvimento Social de Margaride
Rua Leonor Rosa da Silva, n.84
(junto ao Mercado Municipal) – Felgueiras
Telefone/fax: 255 926329 / 91 8791426 / 96 1311274
quinta-feira, agosto 10, 2006
Belgas traziam na sua rota a cidade da Lixa
Na semana passada, um casal de turistas belgas, que estão de férias e em visita a várias terras do nosso país, chegou à nossa cidade.
Deslocaram-se à Quinta da Lixa para apreciarem a sua beleza e provarem o seu tão conceituado vinho.
Finda a visita, solicitaram informação sobre a localização dos Bombeiros da Lixa, a fim de também lá passarem, não se tendo apercebido que ficava do lado oposto ao local onde se encontravam, e para onde se dirigiram de imediato.
Era possível ver no olhar daquele casal que estavam maravilhados com a forma como foram recebidos pelos Bombeiros nesta terra.
terça-feira, agosto 08, 2006
Fórum - Entrevista de Caldas Afonso (encerramento)
Já vi (aliás, li) que muito já se disse neste fórum. Partilho com a grande maioria dos leitores participantes uma ideia concreta sobre as afirmações produzidas pelo principal vereador do PSD.
Também sou de opinião que o Dr. Caldas Afonso não foi feliz em várias declarações que fez ao “Expresso de Felgueiras”, principalmente as seguintes:
1) A Concelhia do PSD de Felgueiras não é ouvida na estratégia idealizada entre os vereadores do partido e a Distrital;
2) O PSD é que faz a agenda política da Câmara;
3) A Dr.ª Fátima não vai ser candidata à Câmara;
Sobre a primeira, é pena que ninguém da Concelhia do PSD venha a terreiro defender a sua honra, tais como Francisco Cunha e Eduardo Teixeira. Agostinho Branquinho, líder da Distrital, devia explicar publicamente o que se passa no que respeita à concertação da estratégia política e por que é que a Concelhia não é considerada nesse processo.
O facto de o Dr. Caldas Afonso dizer que a Dr.ª Fátima Felgueiras não se vai candidatar em 2009 revela que há um acordo secreto entre ambos e que o vereador vai desertar para o MSP.
Compreendo que Francisco Cunha e Eduardo Teixeira, a escassos meses das eleições para a estrutura local, não se queiram pronunciar, para não serem acusados de serem os autores da divisão já instalada. Contudo, Eduardo Teixeira foi sempre aquela pessoa dentro do partido que esteve sempre pronta a ajudar os felgueirenses que não comungam com as ideias da maioria política da Dr.ª Fátima Felgueiras. É o elemento da Concelhia que mais tem ligação directa com as bases e com os eleitores. É o único dentro do PSD que tem coragem para defrontar a presidente da Câmara. Se conseguir arranjar um bom leque de militantes descomprometidos, poderá dar um rumo importante à Concelhia, para definir o seu “território”. Porque não tenhamos dúvidas: como as coisas estão dentro do PSD, se a Dr.ª Fátima “cair” politicamente (por um motivo ou outro), o PS voltará ser poder. Não podemos ficar contentes pelo PSD ser a força política n.º 2 no concelho, com 10 mil votos.
Dizer que a intervenção democrática do sr. José Carlos Pereira (JCP) que é “dar pérolas a porcos”, desculpe que lhe diga, é algo de grosseiro. É o mesmo que apelar para que baixemos os braços e que deixemos os outros apoderarem-se do nosso poder de intervir, reagir e propor uma sociedade melhor, mais evoluída e mais moderna. É o mesmo que dizer que nos tirem o Pão…
Não sou pessimista nem louca, avalio a realidade, e é daqui que formulo uma ideia (discutível, é óbvio), contribuindo para uma sociedade mais sóbria sobre o que pretende, onde as opções e opiniões dos cidadãos não sejam compradas com promessas de um emprego ou de favorecimentos ilegais.
Numa sociedade minimamente ideal o acto de propor é bem aceite e o acto de debater a proposta é totalmente livre, sem pressões, sem medos, sem cumplicidades…. É o que acontece nos países nórdicos e, pelo que li neste blogue, não foi o que aconteceu na última sessão da Assembleia Municipal (AM).
Pergunto: não será um “pecado social” vários membros da AM com a intenção de votar contra a proposta da SA e, lá porque alguns disseram que se iam abster, votam a favor? Que conceito têm das suas responsabilidades, das suas competências e atribuições? Nisso o Sr. José Lemos tem razão: no concelho não há 65 pessoas que saibam o que isso é (número exacto dos membros da AM)?
Entendo que o papel do editor deste blogue é muito útil, importantíssimo e é uma porta aberta para a liberdade de as pessoas se expressarem livremente. É certo que, para tal, é preciso aguentar pressões, sacrifícios e até mesmo a solidão, pois são raríssimas as pessoas que nesta terra tenham propósito idêntico ao do sr. JCP. Parece que não, mas as sementes ficam lançadas e algum fruto se há-de colher, mais tarde ou mais cedo.
Sei que tens sido, abnegadamente, um extraordinário entusiasta pela Democracia em Felgueiras, denunciando esquemas e informando a opinião pública mais atenta com noticiário de âmbito geral no teu blogue.
Sei que fazes esse trabalho jornalístico, verdadeiramente imparcial, desinteressadamente, com prazer e paixão.
No entanto, acho que estás a consumir a tua rica cabeça com assuntos que, penso eu, não irão levar a nada. Gostaria de me enganar. Como se verificou, segundo F.F., “Felgueiras é uma terra de nabos”. Por conseguinte, é a mesma coisa que dar pérolas a porcos. Se não, vê, compara e analisa bem: em todo o concelho não há 65 pessoas que saibam o que é, para que é e como funciona uma Assembleia Municipal…
José Lemos - Margaride
Em segundo lugar, dizer-lhe que estou de volta, após uma ausência de cerca de um ano, agora que me encontro a gozar um período curto e merecido de férias, em virtude ter emigrado para um país da Europa, na procura de melhores condições de vida e, porque não dizê-lo, motivado negativamente pelo estado sócio-cultural do nosso concelho, que, com o regresso de Fátima Felgueiras, ficou bem patente, desnudado, à mercê das críticas veiculadas pela Comunicação Social.
Em terceiro lugar, de novo para o editor deste blogue, gostaria de felicitá-lo de modo particular, pelo seu artigo sobre o saudoso Zeca Afonso, de quem sou também um grande admirador, não dispensando uma audição regular (quase diária) das suas músicas, hábito que também se estende aos meus “rebentos”. Só espero que, por isso, não me apelidem de “comunista”! Não porque isso fosse para mim um insulto, mas por maldosamente colarem o autor ao PCP.
Agora, sim, um breve e modesto comentário à entrevista do candidato do PSD às últimas autárquicas, actualmente vereador do Executivo.
Muito daquilo que gostaria de dizer já foi dito pelos outros leitores que têm aqui publicado os seus comentários. Contudo, não posso deixar de me pronunciar sobre o conteúdo (pobre) da entrevista, deixando alguns apontamentos:
1 – A entrevista no tempo
Parece-me estranho – não só para mim, ao que parece – que Caldas Afonso (CA) venha nesta altura dar uma entrevista, respondendo apenas àquilo que outros queriam que respondesse (ingénua ou voluntariamente, não sei), justificando o injustificável, como que se desculpabilizando pelas atitudes que tem vindo a tomar, sobretudo quanto às questões mais polémicas dos últimos tempos. Cheira-me a colaboracionismo, numa operação de branqueamento das decisões polémicas tomadas nos últimos tempos, por parte de quem tem o Poder (um deles seu parente, como alguém já referiu aqui!). Uma demonstração clara de que não tem ideias próprias para resolver os problemas da população. E de nada lhe vale o seu tom pesaroso quando se refere aos pobres desempregados do concelho, que não precisam de caridade, mas, sim, de quem os possa realmente ajudar. Vem-me logo à ideia aquelas assistentes sociais que vão de carro de luxo e vestidos com roupas e calçado caros visitar os carenciados aos bairros sociais.
2 – As relações dos vereadores do PSD com a Concelhia.
Também estranhei, ou nem por isso, o ziguezaguear do seu discurso quando o entrevistador lhe coloca as questões sobre esta problemática. Se, por um lado, não me surpreende a total desconexão com a Direcção da Concelhia, algo de surpreendente parece o facto de os problemas do concelho serem tratados directamente com a Distrital e até com os órgãos nacionais do Partido, passando-se, assim, por cima dos órgãos concelhios. Uma outra curiosidade, é o facto de, depois de ter votado favoravelmente a aquisição do imóvel situado nas traseiras dos Paços do Concelho, ter concluído que não havia provas concludentes sobre a possibilidade de financiamento do mesmo e, numa acção concertada com o Presidente da Junta (PJ) da Refontoura (individualmente e não com a bancada do Partido, note-se!), ter decidido pedir a retirada do assunto da ordem de trabalhos. A propósito do PJ da Refontoura, não sei o que me parece a forma como este lidou com o incidente ocorrido na reunião da Assembleia Municipal, dando a ideia de que a Bancada deu como provada a alegada manipulação do autarca de Barrosas, o tal de quem se diz estar-lhes a dar - a eles PSD - água pelas barbas, descredibilizando publicamente o Vice-Presidente da Concelhia e vice da Bancada do Grupo Municipal da Assembleia.
3 – A não recandidatura de Fátima Felgueiras
Pelas afirmações de CA, sobre esta questão, estou muito sinceramente inclinado a pensar que o vereador é mesmo ingénuo e deixa-nos uma dúvida: Está mesmo convencido da leitura que faz sobre o assunto - utilizando as palavras do próprio - e cairá no engodo, como tão bem sabe fazer a edil felgueirense, atento o seu passado, ou estará a colaborar numa estratégia pouco clara e transparente, arrastando o seu Partido para um caminho sem saída e não no “patamar da tomada do poder” (qual golpe de estado latino-americano?!) ou na “lógica de Poder”, como diz. Quero, apesar de tudo, pensar que a primeira hipótese é a mais provável e acreditar na sua ingenuidade.
4 – Que ideias para o concelho.
Fica provado que CA, tal como disse José Campos – a quem auguro vida difícil no Executivo, face à aliança SP/PSD, que até há pouco também contava com o beneplácito do Presidente da C+S de Airães – plagiou o programa eleitoral da candidatura do PS, e, para além de umas frases feitas, que qualquer leigo é tentado a utilizar, pouco nos diz sobre as soluções que preconiza para resolver os verdadeiros problemas dos munícipes. Atente-se que agora os elementos do PSD têm uma informação mais pormenorizada sobre o estado em que está a Autarquia, num espectro de caos financeiro legado por aqueles que apelam agora à sua colaboração. Mas, por aquilo que nos é dado a perceber, estão muito pouco informados sobre os dossiers mais importantes. Senão vejamos: Nas referências ao contrato com a “Águas do Ave, S.A”, ignora que o Município ainda não aderiu àquela empresa, apenas manifestando interesse em integrar a mesma, como então foi publicitado.
Sobre a aquisição do tão falado imóvel nas traseiras da Câmara, infere-se das suas palavras que não terá estudado bem o processo, pois arrependeu-se de ter votado ao lado do SP, face às proporções que o caso estava a tomar internamente, e vem agora colar-se à proposta do autarca da Refontoura, que, segundo me disseram, não agiu concertadamente com CA, como este referiu, mas por ser pressionado pelos colegas de bancada, numa reunião dita preparatória e que durou até às tantas, uma vez que, inicialmente, aquele tencionava votar favoravelmente aquela proposta.
Sobre a constituição da famosa S.A. de Várzea (perdoem-me o título, para gáudio do autarca de Várzea), pouco nos adianta sobre o assunto, querendo convencer os leitores que está mesmo convencido e que crê no sucesso desta medida, achando que lhe basta o argumento de que duas ou três multinacionais vão aderir à empresa. Mas será que acredita mesmo? Por mim, acho que tem tantas dúvidas como aqueles que votaram contra. Ai, como eu quero tanto que o Dr. Marques da Silva não tenha razão!...
5 – Conclusão
Nota-se que CA, sem prejuízo do seu prestígio como médico pediatra, afinal não tem perfil para ser presidente de uma Câmara.
Quanto às referências aos ditos pequenos partidos, devia guardar-lhes mais respeito. De uma coisa não os pode acusar, a de que não têm convicções e que não lutam por causas, mesmo que circunstancialmente possam não ser as melhores. O PSD de Felgueiras, esse não tem convicções, não tem causas. Pois, não se pode considerar causas os interesses individuais ou sectaristas de alguns iluminados ou facções de uma qualquer organização político-partidária.
Nota: Com este meu comentário, não pretendo ferir susceptibilidades, nem pôr em causa a honorabilidade das pessoas visadas, mas apenas criticar a postura destes enquanto figuras públicas e enquanto autarcas eleitos pelo povo, que devem aceitar a crítica.
Apesar de me encontrar, temporariamente, a laborar no estrangeiro, não posso deixar de me sentir no gozo dos plenos direitos de cidadão português e exercer o meu direito/dever de cidadania.
Quero aproveitar a oportunidade para exortar os emigrantes portugueses e (porque não?) também os imigrantes no nosso país a participarem na discussão e na crítica da vida política e social das nossas localidades. Não deixem que pensem que os emigrantes são um bando de ignorantes, de “maçons” ou “femme de menages”.
Para terminar, uma sugestão: CA devia aparecer na Meta de Santa Quitéria montado numa bicicleta de corrida, em vez do seu bonito Porsche, equipado a rigor com uma bela e vistosa roupa de ciclista. Ficaria bem nos jornais e na TV, a entregar prémios aos ciclistas vencedores. Quanto ao seu colega na vereação, para esse é difícil fazer o mesmo, não terá a mesma condição física. Talvez arranje uma boleia de helicóptero, vestido com a indumentária da Confraria do Vinho, que tão bem lhe fica. Uma boa jogada de antecipação a FF, sem dúvida. É que a chegada da etapa a Felgueiras vai ser mais uma boa oportunidade para o “show-off”, na linha de outros eventos recentes.
Alberto Magalhães - Varziela
Tenho a certeza absoluta que não tinha coragem de lhes dizer, olhos nos olhos, o que disse na entrevista ao Expresso de Felgueiras.
A entrevista em causa foi, de facto, bem agendada e o Dr. Caldas Afonso foi o protagonista desse frete. Não acredito que o Dr. Caldas Afonso seja assim tão inocente para não perceber a tramóia em que se meteu.
O povo votou em Fátima Felgueiras, mas, mesmo que não quisesse, tinha poucas alternativas para que o concelho não caísse no desgraçado poder desta gente. Venha o diabo e escolha!
Reconheço o papel do senhor José Carlos Pereira enquanto pessoa de causas, que diz lutar por uma maior abertura democrática na sociedade felgueirense. Contudo, não compreendo por que aceita dar voz a esta gente, que tem objectivos perversos. Sei que não faz “fretes” a ninguém, nem aos que lhe são próximos e amigos; sei que faz o que faz por um reconhecido idealismo, por “conta própria”, mas isso não quer dizer que esteja inteiramente certo e não lhe dá o direito de incluir no blogue tudo o que lhe mandam.
O autor deste blogue é uma pessoa inteligente e culta, devia perder menos energias e a gastar menos a saúde que não tem com estas pessoas. Escreve tão bem, que não compreendo ter trocado a literatura e a poesia por tarefas menos nobres. Digo isto, não para o condenar, mas porque, como felgueirense que sou, ainda tenho alguma consideração e estima pela sua pessoa, apesar de não ter comigo qualquer ligação.
Deixem em paz o Dr. Caldas Afonso! Acho que faz muito bem não seguir o PS na linha de combate à Dr.ª Fátima Felgueiras. É tempo deste concelho ter paz. É tempo de trabalhar pelo desenvolvimento de Felgueiras.
Provavelmente quando Caldas Afonso, primeiro vereador do PSD, proferiu esta frase estava com o mesmo sorriso que ilustra a sua entrevista, riu-se de si próprio, riu-se da chalaça que tinha acabado de proferir. A entrevista é um hilariante antídoto para desanuviar qualquer cólica infantil de um recém-nascido.
Calda Afonso revela uma confrangedora ingenuidade política ao longo da entrevista. Chama para si e para o PSD todas as irresponsabilidades políticas praticadas por este executivo. Vai ao ponto de clamar que é o PSD que marca a agenda política no executivo municipal. Dito por outras palavras, são os vereadores do PSD que ditam as propostas, impõem as regras, é o programa eleitoral do PSD que está a ser executado.
Um dos aspectos que não posso deixar em claro é afirmação desprestigiante, jocosa e grosseira sobre os elementos do Movimento Sempre Presente, “… o Movimento Sempre Presente se esgota na Dr.ª Fátima Felgueiras.”, ou seja, o resto é paisagem, não valem nada, não tem significado, nem expressão política, incluindo os restantes vereadores eleitos pelo MSP. Este tipo de afirmações representa “uma política de terra queimada”. Não estou preocupado com este tipo de actuação e de convivência, mas este tipo de afirmações só descredibilizam quem as profere.
Com este tipo de vereadores, o PSD acabou em Felgueiras. Nem uma palavra para a Comissão Política Concelhia, ignorou-os pura e simplesmente. Não quer saber deles para nada, não existem, porque “afinou a estratégia com a distrital e a nacional”. Fechem a porta! Aproveitem a altura de férias, que assim a vergonha é menor.
Uma das facetas reveladas é a xenofobia existente no discurso de Caldas Afonso. Por duas vezes proferiu que “não quer assumir Felgueiras como um Líbano”. Que sabe acerca do Líbano? Que mal lhe fizeram os libaneses? Pelas palavras de Caldas Afonso concluo que se deve deliciar em frente da televisão a ver a carnificina praticada no Líbano. Que falta de imaginação! Numa altura destas, onde, neste preciso momento, a guerra espanta os ares daquela região do mundo e faz vítimas mortais, inclusive crianças – pobres inocentes –, o facto de alguém com responsabilidades políticas em Felgueiras andar a usar o Líbano como exemplo é condenável. O mínimo que se exige é um pedido de desculpa por parte do PSD, por este acto hediondo, praticado por parte de um dos seus vereadores. Grave do ponto de vista humano…
Mas aquilo que me levou a escrever este meu comentário é os disparates proferidos sobre o meu partido.
Primeiro gostaria de aconselhar que, antes de falar, primeiramente, deve falar pela sua própria cabeça e não servir de porta-voz de ninguém; deixe que seja o MSP a falar. Não se transforme num “moço de recados” do MSP.
Segundo, os horizontes políticos do Dr. Caldas Afonso são proporcionais ao seu tamanho e, como tal, não lhe é possível vislumbrar os horizontes do PS. De facto, e muito bem, o PS afastou-se da lógica do poder, porque o PS não pode pactuar com um poder oportunista, iníquo e populista. Onde está a justiça social? A protecção ao tecido empresarial? Os impostos municipais deviam ser uma preocupação de todos. Infelizmente, isso não diz nada ao Dr. Caldas Afonso, apenas se lembrou disso em campanha eleitoral…
Não posso terminar sem antes lembrar que só agora Caldas Afonso se preocupa com a falta de emprego em Felgueiras, e apresenta-se como um felgueirense preocupado com as pessoas do nosso concelho. É lamentável que o mesmo Caldas Afonso não se tenha lembrado dos felgueirenses quando criou emprego em Fafe, investiu capital e foi gerar postos de trabalho e riqueza para outro concelho.
Acorde para a realidade e não se deixe embalar no conto de fadas. Só um neófito politicamente pode acreditar que Fátima Felgueiras não será candidato de novo…
Presidente nacional do PSD:
Chamo-me Ana Isabel Lopes, social-democrata de formação – tal como toda a minha família, que me incutiu os princípios protagonizados por Sá Carneiro e por um Olof Palme.
A entrevista dada hoje pelo seu companheiro Caldas Afonso a um jornal cá do nosso concelho demonstra que a escolha que o senhor fez para candidato à Câmara de Felgueiras nas últimas autárquicas foi um enorme erro. É que os dois vereadores do PSD estão a defraudar as expectativas dos 10 mil eleitores, que, neste momento, estão decepcionados com a actuação do PSD no executivo camarário. Como pode ver, e como alguém vem muito bem alertando, o PSD de Felgueiras, actualmente, é o (e não um) partido-satélite do movimento da Dr.ª Fátima Felgueiras. Ao outro dia das eleições, todos os felgueirenses acreditavam que ir ser o PS que ia andar anos e anos à volta da órbita política da Dr.ª Fátima Felgueiras, dada a afectividade durante muitos anos entre os autarcas socialistas e a presidente da Câmara, mas o PS tomou um rumo que, não obstante não ser sua simpatizante, admiro.
Confesso que tenho admiração pelo Dr. Marques Mendes, porque veio “pegar” no partido a nível nacional em circunstâncias muito adversas. Essa admiração saiu reforçada quando, nas últimas autárquicas, o senhor não aceitou nas listas do partido o major Valentim Loureiro e Isaltino de Morais. Porém, o que se está a passar em Felgueiras, com uma política de “braço dado” do PSD com o movimento da Dr.ª Fátima, é um cenário que lhe vem tirar os justos argumentos em relação a Gondomar e a Oeiras.
De maneira que acredito que o senhor não vai olhar a amizades e vai pôr termo a esta situação. Os senhores vereadores do PSD estão a ser inimigos do desenvolvimento em Felgueiras, do progresso e da própria liberdade de expressão, ao pactuarem com as atitudes surrealistas do movimento da Dr.ª Fátima. O menosprezo pela Concelhia do PSD Felgueiras ficou bem patente, quando o Dr. Caldas Afonso diz que combina a estratégia política com a Distrital.
Se o Sr. Dr. não puser termo a isto, pode crer que vai acabar por sofrer um grande desgosto. Eu sei do que falo.
Cumprimentos.
Isabel Lopes – Borba de Godim
Nem uma palavra, nem um comentário, os membros da Concelhia, com esta entrevista de Caldas Afonso, levaram com um gato morto na cara e não reagem?!...
Com que então a estratégia política do PSD para o município é combinada entre os dois vereadores do partido na Câmara e a Distrital social-democrata, presidida por Agostinho Branquinho, sem passar pela Concelhia ? Essa é boa?
A Concelhia deixa-se assim levar, não reage, está morta?
Em 30 anos de Poder Local, o PSD nunca foi poder em Felgueiras e, da forma que está a proceder, vai esperar mais 30 anos para lá chegar. O PSD/Felgueiras foi e será sempre o segundo partido mais votado. Esta sua condição basta-lhe para ir gozando dos favores que o poder lhe dá.
Tenham dignidade!
Primeiro começo por dizer que o Dr. Caldas Afonso se quisesse entrar no BE ou PCP, não teria lugar, porque não o iam querer, de certeza.
Segundo, quem é o Dr. Caldas Afonso? A que órgãos superiores do PSD pertence? Nenhum, porque não percebe patavina de nada, a não ser de pediatria. O Dr. Caldas foi uma escolha de recurso do PSD/Felgueiras para candidato à Câmara, porque o seu partido em Felgueiras andou sempre divido em questiúnculas pessoais.
A entrevista do Dr. Caldas é a prova inequívoca que em Felgueiras não há massa crítica, muito menos no PSD. Se não, o senhor vereador era logo corrido de militante. O senhor líder da oposição na Câmara nem sequer é o quinto vereador do movimento Sempre Presente. Quando diz que é o PSD que faz a agenda política dá-me vontade de rir, e, dessa forma, está a dizer que é o vice-presidente da Câmara Municipal. O Sr. Caldas está habituado a ser médico de crianças e, como tal, pensa que os 60 mil felgueirenses são todos crianças.
O Dr. Caldas para fazer frente ao PS/Felgueiras tem que se pôr em bicos de pés, porque é muito pequenino, em termos políticos. No PS/Felgueiras há homens de barba rija; no PSD, não há, e lá toda a gente manda e ninguém acaba por mandar.
Há dias ouvia dizer de um militante do PSD que a sede do seu partido precisa de dois sacos de creolina, para desinfectar toda a estrutura. Isso é verdade.
Dr. Caldas, segure-se! Já vi muitos políticos metidos assim, e por muito menos do que o senhor anda a fazer levaram que contar.
Só há uma solução: ou a Concelhia tira imeditamente a confiança aos vereadores ou demite-se, impotente que está em relação ao problema.
O Dr. Caldas tem necessidade disto?
Vês, primo, como sou inteligente: afinal, até fui eu que arranjei que fosses tu o candidato do PSD, com as minhas patranhas, que até o Chico Cunha ficou surpreendido. O Marques Mendes engoliu o engodo.
Diz o Dr. Caldas Afonso que isto não é o Líbano. Engana-se! Onde estava o Dr. Caldas Afonso na noite das agressões ao Dr. Francisco Assis, em Maio de 2003? Não foi o Dr. Marques Mendes que disse, na pré-campanha eleitoral para as autárquicas, em Felgueiras, que o nosso concelho já estava farto de ser notícia no país pelos piores motivos? Onde esteve o Dr. Caldas Afonso durante os últimos seis anos, com os sucessivos escândalos políticos em Felgueiras motivados pelo imbróglio do “saco azul”? Esteve a aguardar o desenvolvimento dos acontecimentos e, numa demonstração da sua frágil personalidade política, só avançou com candidatura à Câmara quando, erradamente, pensou que ia tirar partido da divisão da família socialista, ou seja entre o PS e o Sempre Presente.
É mais uma anedota quando o Dr. Caldas diz que o PSD está no patamar da tomada do poder (risos). Não diga o Dr. que está a pensar em fazer um golpe de estado? Ele é que vai ser o general? (risos) Vi-o na sexta-feira na Assembleia Municipal, passou a boa parte do tempo a falar com a Presidente da Câmara. No final, respirou fundo e disse-lhe: “Correu bem”. E os seus companheiros, do PSD, ali estavam na bancada sem saberem o que fazer ao seu voto, porque estão “órfãos” dos seus dois vereadores. Depois, o Dr. Caldas diz que a Dr.ª Fátima Felgueiras, em 2009, não se vai candidatar. É esse o isco lançado pela Sr.ª Presidente da Câmara, que, reconheça-se, tem inteligência necessária para atrair os adversários. É essa a mensagem que o Dr. Caldas passa aos presidentes de Junta do PSD. Mais uma fraqueza, Dr. Caldas? O Sr. só avança quando acha que o inimigo é fraco? Ou será que o Dr. se vai candidatar pelo Movimento Sempre Presente, vislumbrando que o seu primo (o vereador Dr. Horácio Reis) lhe dê o apoio. Só que este, também, quer ser presidente!
O mais grave das palavras do Dr. Caldas Afonso é quando diz que a sua estratégia política está articulada com a direcção Distrital do PSD/Porto, liderada por Agostinho Branquinho. No entanto, neste aspecto não é referida uma palavra sobre Concelhia local. É óbvio que esta está dividida por causa da atitude dos vereadores (de colaboracionismo) com a Dr.ª Fátima Felgueiras.
Seria bom que alguém da Concelhia viesse falar sobre esta clara ingerência.

















