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O altar-mor do Mosteiro de Pombeiro acolheu, na
noite da passada sexta-feira, mais de uma centena de pessoas, que
participaram na tertúlia-sarau Incidências do Barroco no Mosteiro de
Pombeiro, monumento da Rota do Românico.
No evento, moderado pelo jornalista Pedro
Alves, José Carlos Pereira (escritor), falou do período literário em
Portugal (Rodrigues Lobo, F. Manuel de Melo, Jerónimo Baía e Padre
António Vieira), comparando com o classicismo e o maneirismo.
José Manuel Varela (arqueólogo) e Elsa Silva
(Rota do Românica) descreveram com precisão e de forma animada a
evolução da arte exuberante na igreja ao longo dos séculos. Varela,
apontando para o altar, para os púlpitos e órgão de tubos, explicou como
foram introduzidos os traços exuberantes do Barroco como meio de
propagação da fé católica após o Concílio de Trento. Elsa Silva fez uma
descrição bem elucidativa, nomeadamente dos processos de direção de luz
natural desde o Santíssimo Sacramento até à rosácea, passando pela
abóbada central. José Moura, músico compositor, falou da música barroca,
da sua polifonia e dos seus propósitos exuberantes de sensação
espiritual.
Efusivamente aplaudidos de pé, músicos do
Conservatório de Música de Felgueiras tocaram e encantaram os presentes
com temas de autores barrocos: Pachelbel (cravo) e Bach (violinos e
flauta).
No final, todos os presentes foram convidados
a subirem à hospedaria do mosteiro, para um momento de convívio, com um
cenário histórico recriado de séculos passados.
A iniciativa foi organizada por três alunas
(Andrea Costa, Sylvie Mota e Isabel Costa) finalistas do curso
Inglês-Espanhol do ISCE Felgueiras e contou com a parceria das
conhecidas Tertúlias Itinerantes (Felgueiras), projeto este que
congrega um grupo informal de amigos escritores, jornalistas,
professores e agentes culturais.
O evento contou com o apoio logístico
de muitas entidades do concelho.