sexta-feira, janeiro 28, 2011

Escritora Maria Isabel Loureiro: uma vida inteira dedicada à infância

Maria Isabel Loureiro
publicou já 18 obras infanto-juvenis
e 104 livros didácticos 

Maria Isabel Loureiro é uma escritora de eleição, não só pela qualidade dos seus livros, mas também por emprestar toda a sua vida a uma paixão: as crianças, a quem ela se dirige, como criadora para o mundo infanto-juvenil e ainda como autora de livros pedagógicos para o ensino básico.
Entrar no imaginário da criança, beber-lhe os sentimentos, os anseios, o olhar inocente virado para o horizonte real de todos os dias, será para muitos de nós como abrir com os dedos uma lata de compotas. Mas Isabel fá-lo tão naturalmente! Com a candura própria de quem se sente, também, criança, numa simbiose tão rica quanto doce e natural. Porque a escrita de Maria Isabel Loureiro não faz a “guerra” das palavras, não rebusca, nem sequer precisa de esmiuçar os eventos e as histórias que conta, porque há, em cada livro, uma diegese natural e invulgar, que faz dela uma grande escritora infanto-juvenil. Até ao momento, publicou 18 obras literárias em diversas editoras: a Didáctica Editora, o Editorial O Livro, a Bertrand Editora, a Everest Editora e a Editora Quebra-Nozes. A maior parte dessas obras estão incluídas no Plano Nacional de  Leitura (PNL). Para além da criação literária, Maria Isabel Loureiro publicou - nem mais nem menos -104 livros didácticos em três editoras: Foc Escolar, Didáctica Editora e Editorial O Livro.
 Livro com ilustração em 3 D de Ana Bossa

Portanto, como se vê, esta é uma vida inteira à volta dos livros para as crianças e, na qualidade de docente, com as crianças – uma elevada forma de humanismo e de humanidade de que o mundo tanto carece actualmente.
O que conhecemos de Maria Isabel Loureiro é tão-somente através das  montras das livrarias e dos escaparates das feiras, sempre que damos uma vista de olhos ao “paraíso das Letras” e escolhemos um ou outro livro como gesto mais digno de prendar os amigos nas alturas festivas.
Maria Isabel Loureiro nasceu na Figueira da Foz e vive, desde 1968, em Lisboa, onde terminou a sua carreira de docente. Estudou em Nelas e em Coimbra. Aqui tirou o Curso do Magistério Primário e em Lisboa concluiu o de Educação pela Arte. Leccionou em Tomar, na Figueira da Foz, no Porto  e, por fim, como já foi referido, em Lisboa, onde continua a residir.
A obra literária infanto-juvenil desta escritora integra colecções apreciadas tanto por crianças, como professores e pais.
O DIÁRIO DE FELGUEIRAS (DF), que nos seus critérios editoriais prevê acarinhar também os nossos escritores e os artistas em geral, vai divulgar, em futuras edições, os livros desta excepcional escritora. Porém, podemos revelar já que a colecção mais antiga da sua carreira literária intitula-se “Colecção Pituxa”, cujos livros contam episódios da vida de uma cadelinha. “A Vovó Ensina-te…” é outra colecção, cujos exemplares relata ensinamentos de uma avó: cozinhar; práticas de boas maneiras, tarefas domésticas,  organização de festas, etc... Brevemente, sairá mais um livro desta colecção.
“Sementinhas”
é outra importante série de livros, sobre a qual, Isabel revela: “Cortei uma maçã em vários gomos. Dentro da maçã havia oito sementes. Olhei para elas e "Clic!" Daquelas sementinhas iam surgir oito histórias. Cada uma ia viver a sua vida! E... o computador estava mesmo à mão e nasceu a primeira história. O pintor Norberto Nunes ilustrou-a. Outras histórias foram nascendo. Está já escrita uma outra história, a nona, a publicar e que trata do encontro e festa de aniversário das Sementinhas”.

Há ainda dois outros livros, “soltos": a “Viagem da Sementinha”, que tem a chancela da Editora Everest, e que não tem a ver com a “Colecção Sementinhas”; e “O João e o Pardalito de Bico Amarelo”, da Editora Quebra-Nozes e ilustrado por Ana Bossa.  Este livro tem uma particularidade:  a lustradora trabalhou em 3 D, em que se destaca a originalidade na fusão das técnicas., inovadora em publicações para a infância. Cada imagem reflecte um universo criativo povoado de cenários de papel e figuras em terracota, que habitam em “plateau” onde o desenho de luz resgata, como no cinema de animação, a tridimensionalidade das formas, e que condiz perfeitamente com a escrita terna e acessível de Isabel.