Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
O Diário de Felgueiras (DF) completa, hoje – dia 24 de Julho – quatro anos de sóbria existência.
Pode dizer-se que têm sido quatro anos de informação diária e de opinião da forma mais persistente, lúcida, corajosa, responsável, independente e credível, sem ser, por um lado, veículo de “assalto” a qualquer tipo de poder – mormente o político – nem, por outro, uma voz subserviente.
O responsável pelo que fica diariamente impresso tem um nome: José Carlos Pereira. Detestamos e até condenamos o anonimato.
Quatro anos de luta, de facto, sem desistências ou cedências por parte do editor, não obstante as várias pressões e até perseguições de natureza política contra a sua pessoa. Mas não desanimamos, não desistimos, somos persistentes e se mais não fizemos ou não fazemos é porque o quotidiano do nosso editor nem sempre o permite e também porque em Felgueiras escasseia grandemente a capacidade crítica e de intervenção dos cidadãos, acomodados que andam perante o medo de debaterem civilizada e democraticamente o interesse público. Porque em Felgueiras abundam os mestres de requintadas represálias sempre que alguém de boa intenção quer participar legitimamente no governo da coisa pública.
Contudo, prometemos prosseguir o nosso caminho, com o nosso habitual respeito pelas regras democráticas e do Estado de Direito, e sempre pugnando por um concelho de Felgueiras mais bem informado, mais transparente, mais justo entre os seus habitantes, mais igual e fraterno. Um concelho em que os negócios doidos deixem de ser as credenciais da terra para o resto do país.
Não somos contra ninguém, nem temos propósitos de guerrilha e de vingança pessoais. A falta de cultura – mormente a cultura democrática – pode levar a pensar o contrário. Aliás, ainda estão na nossa mente as palavras de alguém, actualmente ainda no poder político local, que, há cerca de 20 anos, referiu o seguinte: “Em Felgueiras não há cultura; se existe, é apenas popular”.
Somos apartidários mas não excluídos de preocupações sociais, culturais e do humanismo que caracteriza os homens livres.
Não pedimos nada em troca, a não ser o respeito pela nossa dignidade e direitos.
Pode dizer-se que têm sido quatro anos de informação diária e de opinião da forma mais persistente, lúcida, corajosa, responsável, independente e credível, sem ser, por um lado, veículo de “assalto” a qualquer tipo de poder – mormente o político – nem, por outro, uma voz subserviente.
O responsável pelo que fica diariamente impresso tem um nome: José Carlos Pereira. Detestamos e até condenamos o anonimato.
Quatro anos de luta, de facto, sem desistências ou cedências por parte do editor, não obstante as várias pressões e até perseguições de natureza política contra a sua pessoa. Mas não desanimamos, não desistimos, somos persistentes e se mais não fizemos ou não fazemos é porque o quotidiano do nosso editor nem sempre o permite e também porque em Felgueiras escasseia grandemente a capacidade crítica e de intervenção dos cidadãos, acomodados que andam perante o medo de debaterem civilizada e democraticamente o interesse público. Porque em Felgueiras abundam os mestres de requintadas represálias sempre que alguém de boa intenção quer participar legitimamente no governo da coisa pública.
Contudo, prometemos prosseguir o nosso caminho, com o nosso habitual respeito pelas regras democráticas e do Estado de Direito, e sempre pugnando por um concelho de Felgueiras mais bem informado, mais transparente, mais justo entre os seus habitantes, mais igual e fraterno. Um concelho em que os negócios doidos deixem de ser as credenciais da terra para o resto do país.
Não somos contra ninguém, nem temos propósitos de guerrilha e de vingança pessoais. A falta de cultura – mormente a cultura democrática – pode levar a pensar o contrário. Aliás, ainda estão na nossa mente as palavras de alguém, actualmente ainda no poder político local, que, há cerca de 20 anos, referiu o seguinte: “Em Felgueiras não há cultura; se existe, é apenas popular”.
Somos apartidários mas não excluídos de preocupações sociais, culturais e do humanismo que caracteriza os homens livres.
Não pedimos nada em troca, a não ser o respeito pela nossa dignidade e direitos.