Segundo fontes bem conceituadas, várias figuras de destaque da Oposição política de Felgueiras – do PS e do PSD –, defendem a criação de uma coligação mega-partidária, da Esquerda à Direita, com vista a derrubarem eleitoralmente o movimento “Sempre Presente” nas próximas autárquicas, que se realizam em Outubro de 2009.
A ideia não visa apenas a eleição para a Câmara. A Assembleia Municipal e as Juntas de Freguesia estão nos objectivos deste grupo embrionário. A nível das freguesias, o referido grupo entende que, se se for criada essa mega-coligação, irá ser possível retirar a confiança política e não ser patrocinada a recandidatura dos presidentes de junta do PS e do PSD que na Assembleia Municipal votam sistematicamente a favor das propostas de Fátima Felgueiras e do seu movimento político independente.
Segundo apurámos, realizou-se na passada sexta-feira, num restaurante da zona de Espinho, um encontro entre várias personalidades políticas locais do PS e do PSD, que sustentam a “necessidade de um objectivo comum, que é afastar o SP do poder municipal e evitar que conquiste juntas de freguesia”.
Nesse jantar, até foi falada uma designação para a coligação – Frente Democrática de Felgueiras. O referido grupo, ainda numa fase embrionária, deverá começar a trabalhar criteriosamente já a partir do próximo mês de Setembro, junto de dirigentes do PS e do PSD. As mesmas fontes dizem que os partidos com menor expressão eleitoral – BE, CDU e CDS – deverão ser contactados mais tarde, pois a coligação só será criada se socialistas e social-democratas chegarem a acordo. O PCTP/MRPP, recentemente instalado em Felgueiras, não será incluído no rol dos convites, pois é sabido que este partido rejeita alianças políticas e inclui nos seus estatutos a expressão "ditadura do proletariado".
O objectivo imediato deste grupo é criar uma comissão discreta - como dissemos, já em Setembro -, e que, se os resultados das negociações forem favoráveis à criação da dita coligação, esta seja anunciada à Comunicação Social seis meses antes das eleições, mas que a mesma esteja definitivamente acordada, o mais tarde, em Setembro de 2008 - um ano anos das eleições.
Resta agora saber se a Concelhia do PS, liderada por Eduardo Bragança, e a do PSD, presidida por João Sousa, aceitarão os argumentos do mencionado grupo de pessoas ligadas a estes dois partidos. Se aceitaram, obviamente, que o assunto terá que ter o aval das estruturas distritais e nacionais dos partidos.