Terão desaparecido provas documentais no âmbito do processo do "saco azul" entregue pelo denunciante Horácio Costa, em Julho de 2000, na Polícia Judiciária (PJ). Ontem, no julgamento, o juiz e o procurador disseram que não possuem alguns documentos e, por isso, garantiram que vão contactar a PJ.
Ao JN, Horácio Costa disse que tem um auto de entrega de um envelope da Assembleia da República, um "post-it" com um manuscrito de Júlio Faria e uma pasta. O próprio Horácio e o seu advogado, segundo fonte policial, estiveram ontem na PJ de Braga a falar "sobre assuntos relacionados com o processo do saco azul".
Júlio Faria, antecessor de Fátima Felgueiras - na altura, presidente do F.C.Felgueiras -, não terá conseguido contrariar a tese do MP, que acredita que 12500 contos em cheque e 7500 em numerário, supostamente pagos pela Resin ao clube resultou de um retorno, proveniente da Associação de Municípios do Vale do Sousa e entregue a Horácio Costa. A defensora da Resin insistiu na tese de que nunca a empresa entregou tal numerário e que a quantia do cheque se reportava a um contrato de publicidade. Primeiro, o arguido disse que a Resin tinha pago os 20 mil; depois, a advogada disse que desconhecia quem terá dado os 7500 contos a Horácio.