sábado, abril 14, 2007

Provas do "saco azul" andam desaparecidas




Terão desaparecido provas documentais no âmbito do processo do "saco azul" entregue pelo denunciante Horácio Costa, em Julho de 2000, na Polícia Judiciária (PJ). Ontem, no julgamento, o juiz e o procurador disseram que não possuem alguns documentos e, por isso, garantiram que vão contactar a PJ.



Ao JN, Horácio Costa disse que tem um auto de entrega de um envelope da Assembleia da República, um "post-it" com um manuscrito de Júlio Faria e uma pasta. O próprio Horácio e o seu advogado, segundo fonte policial, estiveram ontem na PJ de Braga a falar "sobre assuntos relacionados com o processo do saco azul".



Júlio Faria, antecessor de Fátima Felgueiras - na altura, presidente do F.C.Felgueiras -, não terá conseguido contrariar a tese do MP, que acredita que 12500 contos em cheque e 7500 em numerário, supostamente pagos pela Resin ao clube resultou de um retorno, proveniente da Associação de Municípios do Vale do Sousa e entregue a Horácio Costa. A defensora da Resin insistiu na tese de que nunca a empresa entregou tal numerário e que a quantia do cheque se reportava a um contrato de publicidade. Primeiro, o arguido disse que a Resin tinha pago os 20 mil; depois, a advogada disse que desconhecia quem terá dado os 7500 contos a Horácio.