Hoje, morreu um grande senhor, homem humilde, talentoso, generoso. Manuel António Pina, escritor, poeta e jornalista, um raro português decente! Sei de quem estou a falar.
Num dos momentos mais difíceis da minha vida, abraçou-me com elevado sentido de solidariedade e, dando-me os parabéns por aquilo que via em mim um "homem de extrema coragem", disse-me: "Irei em sua defesa, em tribunal, quantas vezes forem necessárias, nem que sejam mais de trinta".
O Manuel António Pina tinha um grande sentido ontológico de missão. A cultura e a democracia (agora sem as suas crónicas no JN) ficam mais pobres.
O Manuel António Pina tinha um grande sentido ontológico de missão. A cultura e a democracia (agora sem as suas crónicas no JN) ficam mais pobres.
Nesta hora, ocorre-me a canção de Adriano Correia de Oliveira, "Canção com lágrimas", poema de Manuel Alegre, cujo vídeo coloco em baixo:
José Carlos Pereira