Como é que é possível um país em que o bastonário da Ordem dos Advogados venha intervir publicamente sobre propostas de um partido relativamente à revisão constitucional, nomeadamente no capítulo da Justiça, quando o próprio interveniente não vem falar como mero cidadão (com direito à sua liberdade de expressão, é óbvio) mas como bastonário (sendo que, neste caso, devia manter uma certa imparcialidade, pelo menos, durante a fase de debate)?
Marinho e Pinto, que assina aos domingos uma página inteira de opinião no JN (na contra-capa do jornal), desfere, na edição de hoje, uma violenta crítica (na nossa opinião, ofensa e ameaça) ao BE, por este partido ter proposto a criação da figura do defensor público para patrocinar em processo penal os arguidos que não constituam advogado. Marinho e Pinto fala em “ignorância” do BE, e ameaça: “Talvez em breve se saiba quem “vendeu” um produto tão degradado ao BE”.
Marinho e Pinto não se resignou a produzir opinião, a argumentar e a fundamentar o que pensa sobre o assunto, mesmo que esse acto, só por si, não seria o mais condizente com os princípios éticos e deontológicos que tanto proclama. Como dissemos, a sua posição de bastonário obriga a uma certa reserva nesta fase. Mas não! O bastonário julga intenções e manda às malvas o princípio de Aristóteles que refere que todas as ideias políticas, por mais que discordemos delas, visam o Bem do Homem.
Não temos conhecimentos suficientes para avaliar a proposta do BE. Seja qual for o partido visado neste tipo de discurso – do CDS/PP ao BE –, estaremos sempre na primeira linha na defesa da “integridade física” da democracia.
Concordamos que o senhor bastonário tenha razão em parte do muito que tem proferido ao longo dos anos, nomeadamente como bastonário, mas, por outro lado, afigura-se-nos que tem pouco juízo nos discursos.
Marinho e Pinto, que assina aos domingos uma página inteira de opinião no JN (na contra-capa do jornal), desfere, na edição de hoje, uma violenta crítica (na nossa opinião, ofensa e ameaça) ao BE, por este partido ter proposto a criação da figura do defensor público para patrocinar em processo penal os arguidos que não constituam advogado. Marinho e Pinto fala em “ignorância” do BE, e ameaça: “Talvez em breve se saiba quem “vendeu” um produto tão degradado ao BE”.
Marinho e Pinto não se resignou a produzir opinião, a argumentar e a fundamentar o que pensa sobre o assunto, mesmo que esse acto, só por si, não seria o mais condizente com os princípios éticos e deontológicos que tanto proclama. Como dissemos, a sua posição de bastonário obriga a uma certa reserva nesta fase. Mas não! O bastonário julga intenções e manda às malvas o princípio de Aristóteles que refere que todas as ideias políticas, por mais que discordemos delas, visam o Bem do Homem.
Não temos conhecimentos suficientes para avaliar a proposta do BE. Seja qual for o partido visado neste tipo de discurso – do CDS/PP ao BE –, estaremos sempre na primeira linha na defesa da “integridade física” da democracia.
Concordamos que o senhor bastonário tenha razão em parte do muito que tem proferido ao longo dos anos, nomeadamente como bastonário, mas, por outro lado, afigura-se-nos que tem pouco juízo nos discursos.