Um herói é um símbolo de aventura, um símbolo de confiança e, sobretudo, um símbolo de esperança.
No mundo, toda a gente funciona como um herói para alguém, alguns mais populares e outros que apenas são apreciados por um número reduzido de fãs.
A população, em geral, precisa de alguém ou algo em que acreditar. Um herói é como uma fonte de esperança e fé que alimenta a vida das pessoas. Face à precaridade, à fugacidade e aos problemas que atormentam as suas vidas, é urgente e necessário alguém que lhes traga uma certa luz e cor como sinal de esperança. Esse alguém é um herói.
Um exemplo, muito ordinário, é Deus. Para os cristãos, Deus funciona como um herói. Contudo um herói nem sempre é visto da mesma maneira, por vezes carece de alguns defeitos. Caso contrário, não existia o judaísmo ou outras religiões para as quais esta figura adquire outro substantivo, um anti-herói. Apesar de tudo isto, não deixam de se fortalecer com outras figuras que, por motivos considerados fortes e precisos para eles, tomam-nos como heróis.
Um herói é um elemento de ligação entre o divino e o real. D. Sebastião realizou, durante a sua vida entre os mortais, feitos que se revelaram fatais para ele e outros tantos. Contudo, continua na memória dos portugueses como um símbolo de aventura e coragem. Ele impôs uma filosofia, onde afirma que é preciso arriscar e aceitar desfios que, embora pareçam verdadeiras loucuras, fazem-nos chegar a algum lado. E, se esse lado não for material, é espiritual, é mítico. Pois, ele não ganhou a batalha, mas tornou-se um herói para muitos. E influenciou de tal maneira a vida do ser humano, que ainda hoje adoptámos os seus métodos. Com atitudes sebastianistas, lutámos e ultrapassámos obstáculos para tentar chegar ao horizonte.
Um herói, é assim, a fonte em que os sedentos mortais se desejam embebedar.
Ana Luísa Silva, de 17 anos
(12.º ano da Escola Secundária da Lixa)
