A Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, em Amarante, promoveu, ontem, uma Conferência com a Escritora Inês Pedrosa sobre Agustina Bessa-Luís, no âmbito da exposição intitulada “Agustina Bessa-Luís: Vida e Obra”, que se encontra patente na Biblioteca desde o dia 30 de Janeiro e até ao dia 27 de Fevereiro.
Inês Pedrosa fez o elogio da obra da autora de “A Sibila”, de quem disse não ter ainda ganho o Prémio Nobel pelo facto de os seus livros terem sido pouco traduzidos e relatou alguns episódios da sua convivência com Agustina e da relação desta com outros escritores, designadamente com José Saramago.
Sobre Agustina Bessa Luís escreveu Inês Pedrosa: “(…) a ubiquidade é a marca da sua voz, aquilo que a torna cruel e terna, passional e lúcida, compassiva e imortal. De livro para livro a mão foi-se-lhe tornando mais leve e a escrita mais exacta, imune aos artifícios e preconceitos do tempo, cada vez mais certeira na revelação da mecânica essencial da alma humana. Os seus últimos romances usam uma linguagem cada vez mais transparente e rápida, a linguagem de quem já não precisa de provar nada ou de quem conhece o atalho que conduz directamente à verdade mutante de cada ser”.
No mesmo texto, Inês Pedrosa considera que “Agustina escreve prodigiosamente. Escrever bem é, antes de mais, ter algo de novo a dizer. Ao longo do tempo, a Escritora foi tendo sempre mais para dizer, e foi sendo capaz de o fazer com uma liberdade crescente. Por isso o seu estilo se foi tornando cada vez mais afirmativo e provocatório”.
Sobre a importância da escrita de Agustina, considera: “Não é por acaso que os nossos mais inspirados cineastas se apaixonam por ela (caso de Manoel de Oliveira e de João Botelho), nem é por acaso que os seus livros nos ferram o sangue como páginas de cinema, sequências de imagens que ficam a rodar dentro de nós, transfigurando-nos”.
Refira-se que a exposição “Agustina Bessa-Luís: Vida e Obra” vai estar patente no Pólo de Vila Meã da Biblioteca Municipal Albano Sardoeira entre 1 e 31 de Março.
Inês Pedrosa é a actual Directora da Casa Fernando Pessoa, tendo o seu nome indelevelmente ligado à escrita, seja no jornalismo ou na literatura.
Sobre Agustina Bessa Luís escreveu Inês Pedrosa: “(…) a ubiquidade é a marca da sua voz, aquilo que a torna cruel e terna, passional e lúcida, compassiva e imortal. De livro para livro a mão foi-se-lhe tornando mais leve e a escrita mais exacta, imune aos artifícios e preconceitos do tempo, cada vez mais certeira na revelação da mecânica essencial da alma humana. Os seus últimos romances usam uma linguagem cada vez mais transparente e rápida, a linguagem de quem já não precisa de provar nada ou de quem conhece o atalho que conduz directamente à verdade mutante de cada ser”.
No mesmo texto, Inês Pedrosa considera que “Agustina escreve prodigiosamente. Escrever bem é, antes de mais, ter algo de novo a dizer. Ao longo do tempo, a Escritora foi tendo sempre mais para dizer, e foi sendo capaz de o fazer com uma liberdade crescente. Por isso o seu estilo se foi tornando cada vez mais afirmativo e provocatório”.
Sobre a importância da escrita de Agustina, considera: “Não é por acaso que os nossos mais inspirados cineastas se apaixonam por ela (caso de Manoel de Oliveira e de João Botelho), nem é por acaso que os seus livros nos ferram o sangue como páginas de cinema, sequências de imagens que ficam a rodar dentro de nós, transfigurando-nos”.
Refira-se que a exposição “Agustina Bessa-Luís: Vida e Obra” vai estar patente no Pólo de Vila Meã da Biblioteca Municipal Albano Sardoeira entre 1 e 31 de Março.
Inês Pedrosa é a actual Directora da Casa Fernando Pessoa, tendo o seu nome indelevelmente ligado à escrita, seja no jornalismo ou na literatura.
