Pela primeira vez na história do concelho de Felgueiras, dois funcionários da Câmara Municipal (no caso concreto, dois distintos servidores administrativos) aceitam o desafio (mas que desafio!..) de concorrem por partidos da Oposição - um pelo PSD; outro, pelo PS - a um órgão autárquico do Município, concretamente ao órgão fiscalizador do Executivo, que é a Assembleia Municipal, em lugares perfeitamente elegíveis nas respectivas listas partidárias.Até agora, só o poder dominante de Fátima Felgueiras - primeiro, pelo PS; depois, pelo movimento Sempre Presente (SP) - é que conseguia recrutar trabalhadores municipais para as suas fileiras eleitorais.
A atitude é louvável e de grande coragem, num concelho onde, por exemplo, um presidente de junta de freguesia de um dos partidos da Oposição, e que se recandidata nas próximas eleições, refere, em conversas privadas com os amigos, que não tem coragem de votar contra as propostas do SP na Assembleia Municipal porque a presidente da Câmara... foi sua professora!
O facto, inédito na nossa vida autárquica, da participação de dois funcionários exemplares em listas de partidos contrários ao poder instituído demonstra que algo está a mudar em Felgueiras e que, independentemente dos resultados que venham a verificar-se na noite das eleições, já nada é como dantes. Já nada fica como dantes!
A democracia é assim: não se recebe, não cai do céu; conquista-se na árdua missão do Homem pugnando pela autêntica cidadania e liberdade.
A democracia é assim: não se recebe, não cai do céu; conquista-se na árdua missão do Homem pugnando pela autêntica cidadania e liberdade.
Citando o Zé Mário Branco, "resistir é vencer"!
