segunda-feira, agosto 17, 2009

"PS e PSD não fizeram Oposição, consentiram sempre todas as medidas de Fátima Felgueiras" - acusou Horácio Costa na apresentação da sua candidatura.

Horácio Costa, candidato à Câmara pelo MPT, seguido,
na lista, por Fernando Sampaio (à esquerda).
Fernando Maia, professor do ensino básico, é o
cabeça-de-lista pelo partido à Assembleia Municipal

João Meireles, Fernando Maia, Mário Daniel Azevedo,
Fernando Sampaio, Horácio Costa, Elisabete Teixeira,
Arminda Dinis e Armanda Santos.

Sede de candidatura abriu hoje as portas,
na Rua Costa Guimarães (em frente ao Edifício Cari)

Horácio Costa, antigo assessor e vereador de Fátima Felgueiras, pelo PS, e que, há dez anos, entrou em rota de colisão com a presidente da Câmara, apresentou, hoje, de manhã, em conferência de imprensa, os nomes das primeiras figuras que o acompanham na candidatura à Câmara pelo Movimento Partido da Terra (MPT), da qual é o cabeça-de-lista.
Fernando Sampaio, empresário de projectos de construção e residente na Lixa, é o número dois do elenco. Seguem-se: em terceiro lugar, Elisabete Teixeira (advogada, de Felgueiras); em quarto, Arminda Dinis (professora licenciada em Economia, residente em Torrados), e, em quinto, o jovem João Meireles (arquitecto, da Lixa).
Fernando Maia, professor do ensino básico na Escola de Várzea, lidera a candidatura à Assembleia Municipal. O partido não concorre às juntas de freguesia.
Mário Azevedo, docente em Felgueiras, é o mandatário eleitoral do partido no concelho.
Mário Azevedo abriu a conferência de imprensa com uma breve alocução: “É com muito gosto que subscrevo este projecto. Um projecto realista e exequível, com propósitos de desenvolvimentistas e sociais e, sobretudo, idealizado por gente séria e honrada, que quer o melhor para Felgueiras”.
De seguida, o candidato à Câmara, Horácio Costa, falando de natural improviso, explanou o seu programa eleitoral e ainda fez algumas críticas, aos partidos da Oposição e, mais ainda, ao movimento Sempre Presente (SP) e à sua figura tutelar, Fátima Felgueiras.


Eis partes do discurso de Costa:

“O nosso objectivo é vencer as eleições, apesar das dificuldades dos nossos meios. Não temos as condições que outros têm, muito menos as de quem está no poder”.

“A nossa equipa está aberta à sociedade civil. Se vencer as eleições, será uma equipa de trabalho, com um presidente de Câmara e uma equipa de vereadores com verdadeiras competências, pelouros e atribuições, ao contrário do que acontece actualmente, em que a gestão da Câmara está exclusivamente nas mãos de uma pessoa, que é a presidente, Dr.ª Fátima Felgueiras. Os actuais vereadores não têm qualquer autonomia”.

“O PS e o PSD estão fechados à sociedade civil. Não trabalharam, não fizeram o seu papel de oposição; defraudaram as expectativas dos milhares de felgueirenses que lhes deram o voto. PS e PSD, tanto no Executivo como na Assembleia Municipal, consentiram sempre todas medidas tomadas pela presidente da Câmara; seguiram sempre a sua toada…”

“Quanto ao poder, ou seja, ao movimento Sempre Presente (SP), a Dr.ª Fátima Felgueiras é a responsável pelo marasmo em que se encontra o concelho. Sempre teve uma política centralizadora e, como disse, a gestão do concelho depende exclusivamente de uma pessoa, a presidente da Cãmara, que detém por inteiro esse poder".

“A Câmara Municipal, a nível dos funcionários e serviços, encontra-se subaproveitada. É preciso garantir aos trabalhadores uma maior motivação para melhor alcance dos objectivos e, ao mesmo tempo, é preciso modernizar os serviços, dando melhores garantias de trabalho, como, por exemplo, melhores isntalações. Se tivéssemos melhores serviços operativos, seria mais fácil e economicamente mais barato fazer obras de pequeno e médio porte. Teríamos, dessa maneira, melhores redes viárias, por exemplo”.

“A Dr.ª Fátima Felgueiras, na apresentação da sua candidatura, mandou mais uma atoarda para enganar as pessoas. Garantiu emprego para toda a gente, na tentativa populista de alcançar votos. Desculpou-se, ainda, que não lhe foi possível fazer obra em Felgueiras porque o país está na bancarrota. Ora, que eu saiba, o país não está na bancarrota; está a atravessar dificuldades mercê de uma crise à escala europeia e mundial, o que é diferente. Outros concelhos têm feito obras; não é por existir essa crise que elas não são feitas”.

“A Dr.ª Fátima Felgueiras está a querer enganar os felgueirenses, ao querer passar ideia que ficou absolvida de todas as acusações em Tribunal. Não é verdade! Foi absolvida do “processo do futebol”, que se desmembrou do processo do “saco azul”, devido ao número elevado de arguidos. A Dr.ª Fátima Felgueiras foi condenada a três anos e três meses de prisão com pena suspensa e com pedido de perda de mandato, acórdão do qual recorreu, como é habitual nela, e que irá ter a sua morosidade”.

“No que respeita ao “processo do futebol”, a senhora presidente da Câmara foi absolvida em termos penais, mas foi condenada em termos políticos. Foi aplicado o princípio 'in dúbio pro reu'". Ou seja, ficou provado que o dinheiro da Câmara entregue ao FC Felgueiras em pagamentos e subsídios tiveram um destino que se desconhecesse, mas que não foi o do clube. Todos sabemos que a presidente da Câmara, Dr.ª Fátima, foi presidente da Assembleia Geral do clube e o Sr. Júlio Faria presidente da Direcção. Espero que os felgueirenses não os absolva politicamente nas próximas eleições autárquicas”.