Ontem, a culpa morreu solteira no Tribunal de Felgueiras. Não se condenou ninguém, não porque a inocência ficasse provada, mas porque "não foi possível apurar completamente o rasto do dinheiro e confirmar que tenha havido financiamento do futebol profissional - o que é proibido por lei".
Desta forma, foi aplicado o princípio 'in dúbio pro reu'". É o mesmo que dizer, em termos futebolísticos, que o árbitro, na dúvida, não deve marcar penalty. Porém, no caso concreto - no do "processo do futebol" de Felgueiras -, ficou provado, segundo o colectivo de juízes, "uma desorganização na contabilidade do clube e descontrolo de facturas pagas em obras no estádio e gastos em camadas jovens".
Um prémio, sem dúvida, para quem não cumpre...
O Ministério Público irá recorrer da setença.