Em Felgueiras é proibido falar; só é permitido rir uns dos outros.
Felgueiras é o lugar do mundo onde, na presente década, tudo tem acontecido no plano político, e pelas piores razões!
Entremezes e danças macabras arrastam-se por entre filas de bobos em busca de um lugar ao Sol nos quintais da Corte… A Corte, um poder absolutista, que esmaga pela violência o propósito do Verbo e, quando não consegue fazê-lo, tenta mercantilizar a alma da vítima, que, quase sempre, acaba agradecida pela "permuta dos bens". É que o medo e a veneração são condição sine qua non de nada se questionar, de nada se fazer… para se sobreviver. No século XXI, a democracia é ainda o nosso (de Felgueiras) paradigma perdido.
A poucos meses das eleições autárquicas, já se vê ao perto a figura triste dos bobos, aguerridos a promessas escritas em carros alegóricos de natureza carnavalesca. Venderiam, se preciso, a alma do pai ou da mãe…
Gente sisuda por dentro e risível por fora! Se não fossem eles, não teríamos motivo para, de tempos a tempos, darmos as nossas indispensáveis gargalhadas - tão salutares ao organismo. Afinal é para isso que servem os bobos!