quarta-feira, abril 29, 2009

Longra viveu três dias de festa nas comemorações dos 70 anos da Casa do Povo


Foram três dias de intensa actividade cultural os que assinalaram – de sexta-feira até domingo último – a passagem do 70.º aniversário da Casa do Povo da Longra (CP Longra), prestigiada instituição do concelho, criada em 26 de Abril de 1939 por despacho ministerial, nos alvores do Estado Novo.
A população da Vila da Longra aderiu às comemorações e a todo aquele ambiente de festa, bem como pessoas do resto do concelho e outras de fora de Felgueiras. Por exemplo, o “Círculo de Arte e Recreio”, de Guimarães, fez-se representar nos eventos comemorativos, expressando, assim desta forma, o seu apreço e solidariedade para com a associação da Longra, que vai fazendo as suas actividades, segundo os seus dirigentes, praticamente, sem apoios oficiais, a não ser as três juntas de freguesia que compõem aquela Vila – Rande, Pedreira e Sernande. A nível de apoio particular para estas comemorações, a Casa contou com patrocínios da Caixa Agrícola e da Fábrica de Calçado Codizo, bem como a colaboração da Associação José Afonso (AJA), mercê de um protocolo, do Conservatório de Música de Felgueiras e da Escola ArtMusic (Lixa), entre outras entidades.
Adão Coelho e Gonçalo Magalhães, presidentes da Direcção e da AG, respectivamente, referem ao nosso jornal: “felizmente, foi possível levarmos a efeito estas comemorações com o esforço e sacrifício dos mais de 100 agentes culturais da Casa, bem como de entidades particulares e associativas do concelho e outras até a nível nacional. Por termos pouco dinheiro, somos obrigados a gerir a promoção dos eventos com inteligência e sentido de partilha de ideias e de iniciativas. Mesmo assim, as entradas para os espectáculos foram gratuitas”.
Assim sendo, as comemorações tiveram início na sexta-feira, à noite, com uma sessão cultural em que intervieram a Escola ArtMusic e o PésnaLua.teatro. No sábado, houve lugar a um espectáculo, alusivo ao 25 de Abril de 74, “O Canto de Intervenção”, em que actuaram um grupo musical da AJA, composto por Gabriela Marques, Ana Afonso, Paulo Esperança, Ana Ribeiro, Miguel Marinho, Fernando Lacerda, Paulo Veloso e Eduardo Pinheiro. Intervieram ainda, neste espectáculo, o cantor Tino Flores, com Luís Almeida e Paulo Rodrigues.
No domingo, logo pelas 9,30 horas, houve lugar, na igreja de Rande, a uma homenagem aos associados da Casa já falecidos, com a celebração de uma missa, seguindo-se sessões de ginástica ao ar livre no largo da Junta de Freguesia. A festa foi retomada pelas 15 horas, na Sala de Espectáculos, em que actuaram as mais diversas valências e entidades colaboradoras da associação (folclore, teatro, fados, cavaquinhos, dança, entre outras). Joaquim Santos Pinho falou da história da CP Longra no contexto social, político e económico do surgimento das Casas do Povo na primeira metade do século XX. Tendo ali sido lembrado Camilo Fonseca, antigo dirigente da Casa, entre 1962 e finais dos anos 70, já falecido, o acto contou com a presença e a intervenção da sua filha, Fátima Fonseca, que agradeceu o gesto sentido de homenagem. Intervieram ainda os párocos Manuel Joaquim Ferreira e Abílio Barbosa, bem como os presidentes da Junta de Freguesia de Rande, Pedreira e Sernande. A todos, foi-lhes entregue a medalha do septuagenário da associação, bem como a todas as entidades que colaboraram e aos responsáveis das diversas valências e grupos protocolados.
No final, apagaram-se as 70 velas do bolo de aniversário, seguindo-se um convívio no largo da Junta.