terça-feira, março 11, 2008

GNR sabe de onde foi feita ameaça


A ameaça de bomba de que foi alvo o Hospital Agostinho Ribeiro, em Felgueiras, anteontem à noite, foi feita através de uma cabina telefónica, segundo fonte da GNR de Felgueiras, que está a investigar o caso com o Ministério Público. O número de telefone e a localização da cabina já são conhecidos das autoridades.
Segundo a mesma fonte, seriam 22.32 horas quando a funcionária administrativa de serviço no atendimento recebeu uma chamada de um homem que disse que se encontrava um engenho explosivo no hospital "que iria explodir daí a 20 minutos".
Face àquela ameaça, foi decido evacuar todas as pessoas do edifício, tanto doentes como funcionários. O maior transtorno não foi a saída dos doentes da urgência, mas a deslocalização dos 22 pacientes internados nos Cuidados Continuados, que trata, maioritariamente, doentes terminais. Todos os pacientes internados foram deslocalizados para uma ala adjacente do hospital.
Três horas de buscas
O regresso às enfermarias só foi feita a partir das duas horas da madrugada, ao fim de mais de três horas que duraram as operações dentro do hospital. A GNR montou um perímetro de segurança em volta do hospital, tendo sido chamada uma unidade de desactivação de explosivos do Porto. No terreno, estiveram cinco ambulâncias, dez agentes da GNR e mais 30 de reserva. A GNR evitou a todo o custo o alarme, principalmente dos familiares dos internados.
"Lamento profundamente que alguém, tão insensível e desumano, tenha causado este sofrimento, principalmente aos pacientes dos Cuidados Continuados, a quem já lhes basta o sofrimento físico para que não se brinque emocionalmente com eles. É lamentável e inteiramente escusado". Foi com estas palavras que o director clínico do Hospital Agostinho Ribeiro, Caldas Afonso, comentou o incidente.

JN. 11 de Março de 2008 (clique aqui)