Cerca de 40 feirantes concentraram-se, ontem de manhã, à porta da Câmara de Felgueiras para protestar contra a falta de condições na feira semanal da Lixa. A contestação surgiu no dia em ia ser estreado o espaço remodelado no Largo da Feira, em área descoberta. Os vendedores ambulantes protestaram também contra o aumento da taxa mensal de ocupação, na ordem dos 50% (cerca de 70 euros), o que, na sua opinião, torna a tarifa "a mais cara nos concelhos do Norte".
A concentração foi precedida da paralisação da quase totalidade dos comerciantes que às terças-feiras afluem à Lixa (em 200, mais de 90% aderiram aos protestos). Apenas se mantiveram no local os vendedores de produtos hortícolas, de frutas e alguns de peixe.Os feirantes queixam-se, principalmente, de não poder colocar toldos no remodelado espaço, ao contrário do que antes acontecia. O solo não tem buracos para os suportes das tendas nem argolas para as prender. A falta de casas de banho e de água para manter o peixe fresco são mais dois motivos para as reclamações.
Fernando Teixeira, porta-voz dos feirantes, ouvido pelo JN, refere "Está é uma situação lamentável e desumana. Como o lugar é descoberto, os comerciantes precisam de montar tendas, tanto mais que já não estamos no Verão Também não temos casas de banho, o que não se compreende em instalações remodeladas. Não temos água e isso faz-nos muito falta. Não estamos a pagar pouco. Também não concordamos com o valor das mensalidades de ocupação, que é de cerca de 70 euros. É certo que as dimensões das unidades da feira foram alargadas, mas nem de longe nem de perto se justifica um aumento de 50% da taxa de ocupação". O porta-voz dos feirantes acrescentou que aguardava que a presidente da Câmara, Fátima Felgueiras, marcasse uma audiência para falar dos problemas na feira da Lixa.
O JN procurou ouvir a autarquia, tendo feito perguntas por escrito, a pedido de Pedro Magalhães, chefe de gabinete de Fátima Felgueiras. As respostas não chegaram em tempo útil.
Fonte da notícia e foto: JN