Um grupo de sete finalistas do curso de Turismo, Hotelaria e Termalismo, do Instituto Superior de Ciências Educativas de Felgueiras (ISCEF), do regime privado, apresentou, ontem, no posto da GNR local, uma queixa-crime, por alegada burla e fraude.
A iniciativa surge na sequência do despacho do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, que não reconhece a licenciatura e o bacharelato, alegando que o curso em questão nunca fora autorizado.
Tal como o JN noticiou anteriormente, 115 alunos formados desde 1995 pelos institutos de Felgueiras e de Mangualde, com sede em Odivelas e pertencente à Pedago - Sociedade de Empreendimentos Pedagógicos, ficaram com o curso invalidado, mesmo depois de as escolas terem passado os diplomas.
Em Março, o Ministério suspendeu o exercício deste curso em Felgueiras, ficando, na altura, em aberto um processo de averiguações sobre o curso em todas escolas da Pedago, até à recente decisão.
Eduarda Raposo e Filipa Pinto, porta-vozes do grupo, ouvidas pelo JN, mostram-se revoltadas "Quando já procurávamos emprego, acreditando que o esforço de quatro anos tinha valido a pena, vem esta notícia. Apresentámos queixa na GNR porque fomos burlado. É inadmissível. Pagávamos 250 euros por mês".
As jovens salientam ainda que "os alunos nunca foram avisados de que não havia a autorização".
"Tornámos a ser enganados quando o Ministério suspendeu o curso no Instituto de Felgueiras, em Março. Éramos 32 alunos, a escola mandou-nos para Odivelas, dizendo que, se o acabássemos lá o curso, este ficaria válido, o que foi mais uma mentira".
O JN tentou ouvir a directora da escola, Isabel de Melo, mas até à hora de fecho desta edição não houve qualquer disponibilidade por parte da responsável pela gestão do estabelecimento de ensino.