quinta-feira, outubro 05, 2006

Trabalhadores da Câmara reuniram na rua



Dezenas de funcionários da Câmara de Felgueiras afectos ao STAL (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local) convocados para um plenário sindical, tiveram que se reunir, ontem, na rua. O motivo, dizem responsáveis sindicais, o Executivo municipal, por despacho do vereador Bruno Carvalho, só autoriza plenários de trabalhadores nas instalações camarária em horário pós-laboral (17 horas) e no auditório da Biblioteca Municipal.

João Avelino, coordenador do STAL, disse, ao JN "A situação é inédita entre as autarquias do país e é uma violação à liberdade e direito sindicais, bem como aos direitos do Código Laboral e aos consagrados na Constituição. Segundo a lei, a entidade empregadora não pode recusar-se a ceder as instalações de trabalho dentro do horário laboral", disse,ao JM, o dirigente do STAL, João Avelino, acrescentando que foi "a segunda vez que reunimos na rua para debater e esclarecer os problemas que, actualmente, afligem os trabalhadores da Função Pública, como, por exemplo, a lei da mobilidade e do desempenho, a ADSE, carreira contributiva com vista à aposentação e o congelamento da progressão das carreiras".

"A Câmara de Felgueiras é a única do país que está a privar os seus trabalhadores de um direito constitucional. Desta forma, vamos levar este assunto às várias entidades do Estado e ire mos processar a autarquia junto do Tribunal Administrativo", rematou.

Bruno Carvalho, vereador responsável pelos Recursos Humanos, recusou prestar declarações sobre o assunto ao JN.











JN, de 05 de Outubro de 2006