Já que tu és, meu bom Editor, a pessoa que muitos nesta terra gostariam de ser mas não têm coragem de fazer, venho pedir-te um favor muito grande: qual o conselho que me dás para animar o Neto a tomar coragem, com energia bastante para ultrapassar esta fase?
Ciente de uma resposta satisfatória, despeço-me com um beijo.
Suror Helena
Amiga Helena:
Quanto aos problemas pessoais, lamento profundamente e espero que sejam resolvidos o quanto antes. De resto, sei muito bem do que falas. Foi com tristeza que tomei conhecimento do facto. Acho que o desespero é sempre a fase de decadência dos sistemas.
Fazes bem pedir-me uma opinião, não porque seja mais inteligente que os outros, mas porque resistir - hoje, amanhã e depois -, sendo uma atitude de dignidade, não deixa de ser uma tarefa árdua durante a qual temos que criar laços de solidariedade, para chegarmos a bom porto e de cabeça erguida. Da minha parte, podeis contar comigo, para o que der e vier, sem vinganças, ódios e outras posições extremadas.
Só resta ao amigo Neto uma atitude: abrir os braços, encher o peito de ar e levantar a cabeça, do mesmo modo - digno - que sempre o fez. Que não desanime, porque melhores dias virão! O que está a acontecer é sinal evidente de que há muitas coisas boas que, potencialmente, podeis desenlvover no campo associativo. Se não houvesse todo esse potencial de energia para tarefas colectivas, ninguém se daria ao trabalho de incomodar...
E tu, amigo Neto, cá me tens!... Não te estou a incendiar os ânimos, estou a dar-te o meu incentivo, a minha amizade, a minha solidariedade e o meu abraço. Cá te dedico uma canção original de Sérgio Godinho numa interpretação do grupo "Erva de Cheiro". Intitula-se "Que força é essa, amigo?!" Se a quiseres ouvir, clica no link, em que surge um verso marcado a azul e em letra maiúscula.
"QUE FORÇA É ESSA, AMIGO,/ QUE TE PÕE DE BEM COM OS OUTROS / E DE MAL CONTIGO"