Toda a gente sabe que as empresas públicas, principalmente os órgãos de informação do Estado, passam a vida na mira do “centrão” – PS e PSD, os partidos da alternância no Governo –, com as suas intrigas, “contos e ditos”, espionagens e contra-espionagens. Daí que ninguém acredita que os correligionários dos dois partidos na RDP não tivessem passado a informação para as cúpulas partidárias que a empresa estava a fazer descontos sociais a favor de Manuel Alegre sem este estar a trabalhar. Estas coisas correm logo nos meandros da política de alto a baixo, embora oficialmente ninguém saiba de nada. E é óbvio que o próprio sabia, não venha agora fazer-nos de tolos.
O Povo tem razão: “os políticos são todos iguais”; dizem-se diferentes uns dos outros, mas revezam-se nos seus interesses - são uma câmara corporativa. Como retratou Rafael Bordalo Pinheiro, são como porquinhos a mamar na teta da porca, que é a Política. Quem quiser ser diferente será ostracizado.