Peregrinação perde padreA peregrinação a Fátima organizada pelo movimento "Sempre Presente", que apoiou Felgueiras nas autárquicas, poderá ficar sem missa, já que o padre convidado para o evento diz não estar disposto a colaborar num encontro de cariz político.
José Carlos Gonçalves, padre da congregação vicentina em Salvaterra de Magos, antigo pároco em Felgueiras, confirmou telefonicamente ao JN não estar disposto a acompanhar a peregrinação marcada para sábado, que levará a Fátima cerca de 2200 pessoas para agradecer a vitória eleitoral. "Há um mês, uma pessoa de Felgueiras pediu-me para presidir às cerimónias na Capelinha das Aparições, no âmbito de uma peregrinação", explicou o padre. "Disseram-me apenas que se trata de uma peregrinação de idosos do concelho, como é habitual, sem vínculo a movimentos partidários. Até me custa a acreditar que se trata da mesma peregrinação. Vou esclarecer isso muito bem, porque, se for organizada por motivos políticos, garanto já que não comparecei. Ninguém me levará ao engano", acrescentou o antigo pároco de Felgueiras.
O gabinete de Imprensa do Santuário esclareceu que, para sábado, apenas está inscrito um grupo de peregrinos de Felgueiras. O movimento "Sempre Presente" não revelou a identidade junto do Serviço de Peregrinos, declarando-se apenas um "grupo do concelho de Felgueiras". Para o bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira, a peregrinação organizada por um movimento político apresenta problemas "As pessoas, no íntimo da sua fé, podem agradecer o que quiserem. No caso concreto, não gostaria que pronunciassem em voz alta que estão a agradecer uma vitória eleitoral. Espero que fiquem muito caladinhas e que a fé não seja politicamente mediatizada".
Movimento nega pretender aproveitamente político
O movimento "Sempre Presente", de Fátima Felgueiras, emitiu um comunicado para negar o aproveitamento político da peregrinação a Fátima.
O movimento sublinha que a mesma manifestação religiosa "não é, de todo, uma forma de agradecimento colectivo pela vitória eleitoral, o que seria pueril e pacóvio, para mais atendendo ao facto de se realizar mais de três meses após as eleições".
No documento, reitera-se que a peregrinação "não se destina a que a autarca seja homenageada pelos seus apoiantes" e critica a Comunicação Social por "erradamente" ter noticiado que finalidade da iniciativa é a de agradecer a reeleição da autarca. E critica "determinados políticos com reduzido crédito na sociedade felgueirense tenham aproveitado, através da Comunicação Social, uma situação de salutar convívio, de amizade e, sobretudo, de fé para adquirirem alguma visibilidade mediática, provavelmente para consumo interno dos seus próprios partidos"
Além de terem sido colocados panfletos em montras da cidade a anunciar a iniciativa, assinados pelo "Sempre Presente" e com a menção do nome e do contacto telefónico de três seus membros, conhecidos apoiantes de Fátima Felgueiras, recorde-se que José Eugénio Silva, membro do movimento, disse ao JN por telefone, na edição de domingo "Não sei quais as intenções da dr.ª Fátima, mas para nós é o de agradecer a vitória".
José Carlos Gonçalves, padre da congregação vicentina em Salvaterra de Magos, antigo pároco em Felgueiras, confirmou telefonicamente ao JN não estar disposto a acompanhar a peregrinação marcada para sábado, que levará a Fátima cerca de 2200 pessoas para agradecer a vitória eleitoral. "Há um mês, uma pessoa de Felgueiras pediu-me para presidir às cerimónias na Capelinha das Aparições, no âmbito de uma peregrinação", explicou o padre. "Disseram-me apenas que se trata de uma peregrinação de idosos do concelho, como é habitual, sem vínculo a movimentos partidários. Até me custa a acreditar que se trata da mesma peregrinação. Vou esclarecer isso muito bem, porque, se for organizada por motivos políticos, garanto já que não comparecei. Ninguém me levará ao engano", acrescentou o antigo pároco de Felgueiras.
O gabinete de Imprensa do Santuário esclareceu que, para sábado, apenas está inscrito um grupo de peregrinos de Felgueiras. O movimento "Sempre Presente" não revelou a identidade junto do Serviço de Peregrinos, declarando-se apenas um "grupo do concelho de Felgueiras". Para o bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira, a peregrinação organizada por um movimento político apresenta problemas "As pessoas, no íntimo da sua fé, podem agradecer o que quiserem. No caso concreto, não gostaria que pronunciassem em voz alta que estão a agradecer uma vitória eleitoral. Espero que fiquem muito caladinhas e que a fé não seja politicamente mediatizada".
Movimento nega pretender aproveitamente político
O movimento "Sempre Presente", de Fátima Felgueiras, emitiu um comunicado para negar o aproveitamento político da peregrinação a Fátima.
O movimento sublinha que a mesma manifestação religiosa "não é, de todo, uma forma de agradecimento colectivo pela vitória eleitoral, o que seria pueril e pacóvio, para mais atendendo ao facto de se realizar mais de três meses após as eleições".
No documento, reitera-se que a peregrinação "não se destina a que a autarca seja homenageada pelos seus apoiantes" e critica a Comunicação Social por "erradamente" ter noticiado que finalidade da iniciativa é a de agradecer a reeleição da autarca. E critica "determinados políticos com reduzido crédito na sociedade felgueirense tenham aproveitado, através da Comunicação Social, uma situação de salutar convívio, de amizade e, sobretudo, de fé para adquirirem alguma visibilidade mediática, provavelmente para consumo interno dos seus próprios partidos"
Além de terem sido colocados panfletos em montras da cidade a anunciar a iniciativa, assinados pelo "Sempre Presente" e com a menção do nome e do contacto telefónico de três seus membros, conhecidos apoiantes de Fátima Felgueiras, recorde-se que José Eugénio Silva, membro do movimento, disse ao JN por telefone, na edição de domingo "Não sei quais as intenções da dr.ª Fátima, mas para nós é o de agradecer a vitória".
