Felgueiras parece ser um caso perdido.À medida que se aproximam as eleições autárquicas, o concelho de Felgueiras começa a viver um dos momentos mais dramáticos da sua história, em que, mais uma vez, já há quem se socorra dos habituais métodos de perseguição que sempre caracterizaram este concelho. Nas eleições deste ano, no primeiro teste eleitoral após o rebentamento do “saco azul” e consequente crise política, o ambiente para a campanha eleitoral já se encontra demasiado infestado, quando devia ser uma altura de festiva participação democrática, nem que fosse apenas para memória de muitos, que, noutros tempos, muito sofreram e até deram a vida pelo ideal democrático, como, por exemplo, Humberto Delgado e o pintor Dias Coelho.
Só que em Felgueiras não há lugar para o espaço político; imperam as invejas, os ódios “sagrados”, a rivalidade pessoal, a vingança e o desejo mórbido de ajustes de contas. Aqui, a política não existe.
Em período de campanha eleitoral, já começaram os telefonemas anónimos a altas horas da noite, ameaças à integridade física, apedrejamento de portas de residências durante a madrugada, denúncias sem teor verdadeiro e, entre outras desgraças, a tentativa de colocar no desemprego um jovem pelo simples facto de ser candidato à Câmara Municipal por uma lista partidária.
O DIÁRIO DE FELGUEIRAS, sem pretender ser uma espécie de “apoio à vítima”, tem as suas páginas abertas para todos aqueles que, independentemente da sua feição partidária, estejam a ser alvo de perseguição por motivos de afirmação da sua cidadania.
Quem assim procede seria preferível deixar de rezar o terço todas as noites, antes de se deitar, e proceder de maneira mais civilizada. Ao mesmo tempo, não deveria coleccionar-se com quem sempre foi perito em actividades terroristas deste género.
Haja paz, serenidade, Liberdade e Democracia!