domingo, setembro 11, 2011

Uma farsa da História


Dez anos após o maior atentado terrorista da História, em Nova Iorque, que vitimou cerca de três mil pessoas, a mais óbvia pergunta sobre as motivações políticas e estratégicas do atentado não é publicamente levantada: se um dos aviões lançados contra as Torres Gémeas levasse a bomba atómica, por qualquer habilidade dos operacionais, qual seria a dimensão da tragédia? Teríamos, certamente, um saldo de milhões e milhões de mortos, no coração de uma das maiores megapolis do mundo.
Ao longo da História, tem sido este o drama dos impérios, que, alimentados por economias de guerra, precisam de montar as suas farsas, como quem pinta banda desenhada para meninos inocentes.
Na vida animal, há bichos que quando não podem atacar os outros iniciam um ataque sobre si mesmos. A seguir, veio a invasão do Afeganistão, para abrir a rota afegã ao tráfico do ópio para os EUA; depois, veio a ocupação do Iraque, em 2003, para adiar a crise económico-financeira mundial por cinco anos (com a falsa acusação de que o Iraque possuía armamento de destruição em massa)... Presentemente, os mesmos senhores, que põem e dispõem do mundo como uma bola de trapos, estão a desenhar uma nova guerra, à escala mundial, na tentativa de atenuarem a agonia do sistema político ultraliberal.
Nisto de terroristas não há uma fronteira entre uns e outros. Eles entendem-se.