Exmo. Senhor
José Carlos Pereira
Sou leitor do Diário de Felgueiras há mais de dois anos pelo interesse que me desperta, ao abordar casos concretos e, ao mesmo tempo, abrangentes da nossa contemporaneidade. Demonstra um amor privilegiado pela intervenção cívica, sem tabus ou ideias preconcebidas, num espaço onde cabe ainda o amor pela Cultura, pela História, pela Arte e pelos Direitos Humanos.
Na oportunidade desta mensagem, quero dar-lhe os parabéns pela forma como “desmontou” o artigo de opinião publicado pelo senhor bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto no JN do passado domingo.
Concordo totalmente com o Sr. JCP na argumentação apresentada, em poucas palavras mas objectivas, porque sou da opinião, também, que o senhor bastonário não devia intervir num debate político sobre a revisão constitucional e muito menos nos termos como o fez. Devia deixar isso para os partidos e para a sociedade civil, porque o cargo que ocupa obriga deontologicamente à imparcialidade que o Sr. JCP recomenda, e muito bem.
Não há em mim motivações políticas (de Esquerda ou de Direita) para não concordar com o senhor bastonário nesta e noutras atitudes. Duvido, isso sim, que o senhor bastonário tenha uma filosofia coerente de mandato à frente da Ordem. Parece andar ao “deus-dará”. O facto de às vezes dizer umas verdades e ter alguma razão não quer dizer que seja dono da verdade e que a sua conduta seja positiva. Acho-o perdido num desnorte. Por exemplo, ontem o senhor bastonário disse, à TSF, que os juízes são uns privilegiados mas em 2008, a 14 de Julho desse ano, disse precisamente o contrário no programa “Prós e Contras”. Em baixo deixo os links para os leitores do Diário de Felgueiras compararem os dois discursos, tão diferentes entre si e feitos pela mesma pessoa no espaço curto de dois anos.
Deixo à consideração do Sr. JCP publicar, ou não, esta minha missiva.
Com os melhores cumprimentos.
José Carlos Pereira
Sou leitor do Diário de Felgueiras há mais de dois anos pelo interesse que me desperta, ao abordar casos concretos e, ao mesmo tempo, abrangentes da nossa contemporaneidade. Demonstra um amor privilegiado pela intervenção cívica, sem tabus ou ideias preconcebidas, num espaço onde cabe ainda o amor pela Cultura, pela História, pela Arte e pelos Direitos Humanos.
Na oportunidade desta mensagem, quero dar-lhe os parabéns pela forma como “desmontou” o artigo de opinião publicado pelo senhor bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto no JN do passado domingo.
Concordo totalmente com o Sr. JCP na argumentação apresentada, em poucas palavras mas objectivas, porque sou da opinião, também, que o senhor bastonário não devia intervir num debate político sobre a revisão constitucional e muito menos nos termos como o fez. Devia deixar isso para os partidos e para a sociedade civil, porque o cargo que ocupa obriga deontologicamente à imparcialidade que o Sr. JCP recomenda, e muito bem.
Não há em mim motivações políticas (de Esquerda ou de Direita) para não concordar com o senhor bastonário nesta e noutras atitudes. Duvido, isso sim, que o senhor bastonário tenha uma filosofia coerente de mandato à frente da Ordem. Parece andar ao “deus-dará”. O facto de às vezes dizer umas verdades e ter alguma razão não quer dizer que seja dono da verdade e que a sua conduta seja positiva. Acho-o perdido num desnorte. Por exemplo, ontem o senhor bastonário disse, à TSF, que os juízes são uns privilegiados mas em 2008, a 14 de Julho desse ano, disse precisamente o contrário no programa “Prós e Contras”. Em baixo deixo os links para os leitores do Diário de Felgueiras compararem os dois discursos, tão diferentes entre si e feitos pela mesma pessoa no espaço curto de dois anos.
Deixo à consideração do Sr. JCP publicar, ou não, esta minha missiva.
Com os melhores cumprimentos.
António Paulo Ribeiro (Porto)
Professor, licenciado em Economia e estudante de Ciência Política
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