terça-feira, janeiro 05, 2010

Morreu a cantora Lhasa de Sela com 37 anos

A morte de uma pessoa é sempre um acontecimento triste; se for artista, é uma perda mais que valiosa; se for jovem, é, a bem dizer, um drama…
Lhasa de Sela – apelidada de "cantora nómada" - morreu, com apenas 37 anos, na passada sexta-feira, em Montreal, no Canadá - onde vivia há alguns anos -, depois de 21 meses de luta diária contra o cancro da mama, o qual combateu com "coragem e determinação", segundo o seu agente, que, ontem, revelou à comunicação social o triste acontecimento.
Lhasa de Sela foi uma das vozes mais aclamadas da world music na década passada. Nos nossos humildes conhecimentos musicais, considerámo-la uma voz poética e melódica; meiga mas com o sabor relativo às noites quentes da América Latina.
A cantora "andarilho" nasceu no estado de Nova Iorque, nos EUA, mas, desde muito nova, aprendeu e conviveu com outras culturas (diferentes), em virtude de ter acompanhado a família em viagens pelos EUA e pelo México. Inevitavelmente, esse caldo cultural reflecte-se muito na sua obra musical, em que sobressaem sons e palavras em diversas línguas (castelhano, francês ou inglês) que remetem, de facto, para a América Latina, para a vida cigana ou para a cultura árabe.
Lhasa começou a cantar em cafés e bares de São Francisco, quando tinha apenas 13 anos e com um repertório retirado do jazz. Chegou a actuar várias vezes em Portugal.