Sou Funcionário da Caixa Geral de Depósitos desde 1981. Resido na freguesia de Sendim, em Felgueiras. Desde a infância me dedico ao estudo e aprendizagem. As primeiras histórias e lições da vida escutei-as de minha avó e madrinha. Sou o mais velho de 7 irmãos. Na escola tive uma professora excepcional, a D. Adelina, que me ensinou sempre a não decorar mas a usar a inteligência para descobrir e compreender o porquê das coisas, entender como tudo acontece e perceber a finalidade da nossa vida.
No Seminário Vicentino de S. José em Lagares, em Felgueiras, adquiri o verdadeiro hábito e método de estudo. Cursei no conhecido Liceu Nacional Alexandre Herculano, no Porto, e, mais tarde, Ciências Sociais na Universidade do Minho, em Braga. Estive matriculado no curso de Medicina na Universidade do Porto mas o entusiasmo pelas Ciências Sociais foi a minha escolha. A ideia de escrever um livro nasceu cedo mas só agora foi possível concretizá-la.
Na Universidade do Minho descobri que algo urgia fazer: a ciência e a técnica evoluíram de tal modo que já é possível transpor e transportar montanhas, bem como a viagem espacial até à Lua.
E aqui na nossa Terra, tantos problemas para solucionar: O fosso entre pobres e ricos é cada vez mais acentuado e escandaloso. Agora pagamos, todos nós, as favas com a crise financeira e económica para desgraça pelo mundo inteiro. Já não é só o povo e a gente de África que passa fome. O desemprego, a falta de trabalho e a falta de pão bate à porta de todos nós nesta nossa Europa, dita civilizada.
Darwin advogou a luta pela sobrevivência e a prevalência do mais forte. Marx fez a apologia da luta de Classes. Freud acabou com o tabu sexual e a castração psicológica do celibato. Einstein fez-nos ver a relatividade universal dos nossos valores humanos e sociais, no nosso mundo. Mas o que nos distingue a todos nós, seres humanos, não é a dialéctica, a contradição e a luta de classes, mas, sim a nossa vivência humana e civilizada como seres sociais: a colaboração, a cooperação, o empreendimento e trabalho para o bem comum. Por outro lado surge a questão ecológica vital para a nossa sobrevivência como espécie viva à face da Terra.
“Love! Amor Universal” é um grito forte de alerta para a nossa ligação à Natureza como espécie viva que somos. É uma nova Ética e uma nova filosofia para a nossa vida e o incentivo a uma nova atitude humana perante os desafios que hoje se nos deparam neste nosso mundo global.
Descartes escreveu: Penso, logo existo. Eu digo: Ama a Vida. E serás feliz.
De que vale à espécie humana dominar todo o mundo a ponto de pôr em risco e em causa a sua própria sobrevivência como espécie viva que é? Só contribuirá para construirmos o nosso próprio cadafalso. Amar é uma necessidade humana vital tão ou mais importante que pensar. Nós podemos fazer e construir o mundo melhor. Esta é a razão de ser deste nosso livro: Love! Amor Universal.
Esta obra é um trabalho maduro, amadurecido e sempre jovem. Não é contra nada nem contra ninguém. É um grito de alerta positivo. É um hino à natureza, à vida e à nossa humanidade. É uma nova filosofia baseada na auto-estima pela nossa própria saúde pessoal e colectiva. Tem como base a amizade e entreajuda. É um hino ao amor e à alegria tão parcos e escassos nestes nossos dias. O amor é o alimento da nossa alma. A razão da nossa vida. O contínuo milagre da terna e eterna juventude.
Sobre os apoios
Esta obra é editada à minha própria custa. As ajudas em Felgueiras são difíceis. A Câmara, no tocante a apoios, está adormecida e dormente. Não ajuda nem colabora com as próprias juntas. Faz-se mais trabalho cultural na Casa do Povo da Longra, com a colaboração das Juntas da Pedreira, Rande e Sernande, do que em todo o concelho de Felgueiras. Com o Presidente da Câmara anterior, Dr. António Pereira, havia da parte da autarquia uma postura e atitude dialogante e construtiva. Colaborava com todos e com toda a gente. A presidência de um país ou de uma Câmara é um cargo público. Não é propriedade nem coutada de ninguém. Deve tratar toda a gente como pessoas, com igual dignidade, e não estar ao serviço exclusivo dos seus beija-mãos ou amiguinhos. Isto acontecia no tempo da outra senhora, antes do 25 de Abril de 1974. Quanto ao meu livro, o meu obrigado público e sincero às freguesias de Idães, Lagares, Margaride, Pedreira, Refontoura e Sendim pela boa vontade e possível ajuda.
Sobre a necessidade de uma nova Ética
Vivemos uma crise financeira e económica resultante da falta de valores e normas humanas e sociais.
Dizem que vivemos numa sociedade liberal. Vivemos, sim, numa sociedade capitalista de capitalismo selvagem disfarçado de neo-liberalismo. Na realidade, o que reina é a lei da selva. O Estado fecha maternidades e hospitais. A Justiça não opera nem funciona. A Educação não forma profissionais para o mercado de trabalho mas para o desemprego. Os gestores públicos e privados auferem benesses e ordenados que bradam aos céus. Os trabalhadores contentam-se com salários de miséria e ameaça de desemprego que grassa. A Agricultura está abandonada. As pescas destruídas. A Piscicultura nem sequer existe. A Indústria está falindo. O comércio cada vez mais monopolizado em grandes superfícies. Não se aposta na Produção de bens nem na Actividade Produtiva. Importamos mais que o que produzimos. Nem sabemos nem queremos saber qual o nosso PIB. A classe política leva-nos ao nosso Estado de falência das nossas contas públicas e ao gritante desequilíbrio da nossa balança de transacções com o exterior. Estamos cada vez mais dependentes do exterior porque desprezamos a actividade produtiva. A especulação financeira é escandalosa: São off-shores, onde os ricos não pagam impostos e auferem rendimentos desmesurados e fora da lei e do fisco. É a generalizada especulação capitalista bolsita que, em vez de criar riqueza, investir nos meios de produção, espartilham lucros clamorosos com ilusão de crescimento económico baseado no pressuposto errado, desbaratador e desmotivador do empreendimento sério, à base do jogo capitalista bolsista. Urge regular e expurgar este vício capitalista bolsista.
Por outro lado, a fusão sucessiva de empresas à escala nacional e internacional gera os monopólios. Estes são como os eucaliptos. Secam toda a possibilidade de vida diversificada em seu redor. Sugam toda a água do subsolo com a transpiração cada vez maior dos seus lucros sempre crescentes e mais-valias acrescidas com benesses fiscais e estatais. Quase se torna impossível criar novas empresas. Acabam com o comércio tradicional e outras empresas cada vez mais empobrecidas. Urge uma mudança efectiva de mentalidades, atitude e acção.
A consequência da actual realidade
As crises cíclicas do capitalismo: os ricos cada vez mais ricos pagando salários cada vez mais diminutos aos trabalhadores quase escravos e despedidos nas sucessivas fusões de empresas e capitais. Grassa o desemprego. Na Europa ronda os 8%. É muita gente desempregada e sem possibilidades de acesso ao trabalho e ao pão-nosso de cada dia.
Assim os pobres em cada vez maior número e quantidade não podem comprar o que os monopólios produzem. E, consequentemente, os monopólios acabam mais cedo ou mais tarde por entrar em crise, porque, se nós cidadãos não temos trabalho, não podemos comprar. E, se não há quem compre nem possa comprar, quem produz, enche os armazéns, as montras e as vitrinas da nossa sociedade da abundância mal distribuída e assim, não podem vender porque todo o povo está na miséria causada pelo jogo capitalista. Urgem novas regras e normas sociais e comportamentais. Ou continuaremos toda a vida social com crises cíclicas capitalistas. A nossa sociedade humana é organismo vivo.
Que futuro para todos nós e para os nossos vindouros?
A Sociologia é a Ciência da Saúde Social. O Sociólogo é o médico da sociedade.
Neste nosso tempo de falta de valores, precisamos de Ética Humana e Social e normas e leis para cumprir e executar. Cheio de boas intenções está a nossa legislação. É preciso aperfeiçoá-la, pô-la em prática e fazer cumprir bem o código da estrada da nossa vida social. Acabar com privilégios escandalosos e fome e miséria na outra face da Terra. Mais sociólogos e menos política de jogos de poder. O povo está farto de politiquice de meia tigela. Urge uma nova revolução social de cariz ética e cultural para acabar de vez com a politiquice, os abusos de poder, a corrupção alastrante e generalizada, a justiça que não funciona porque não interessa aos políticos que funcione. Urge mais união e unidade na acção em prole do bem comum.
A obra
Esta obra agora editada é um bom contributo para uma nova postura cultural e uma nova atitude cívica, activa e pró-activa, participativa e cooperante.
Quando nasce um filho é motivo de festa e alegria. Este livro é um filho de todos nós. Nós, nossos filhos e filhas, merecemos e merecem um bom presente e uma cada vez melhor futuro. Está nas nossas mãos a nossa acção. Parar é morrer. Cada dia é novo dia. Cada novo dia nova Esperança. Só a nossa acção pode mudar o mundo.
O nosso mundo pode ser melhor! Está nas mãos de todos nós cidadãos a construção do melhor presente e um óptimo futuro para nós próprios, nosso filhos e filhas e nossos descendentes.
Como diz Barack Obama : "Sim! Nós podemos! "
Yes We Can!
Manuel Magalhães Aires
18 de Abril de 2009