sábado, maio 24, 2008

Os terríveis ciclos da História

Nosso comentário à notícia:
O Liberalismo, histórica e provisoriamente, foi uma importante conquista da Humanidade, mas, hoje, é um embuste, que nos leva ao retorno, ao abismo, às negras nuvens do horizonte, à crescente exploração do Homem pelo Homem.
O Liberalismo nasceu para derrubar as desigualdades de sangue e de oportunidades; como tal, foi o coveiro do velho mundo feudal e do Absolutismo. Volvido pouco mais de um século - a cronologia variou de país para país, como é óbvio -, encontrou o seu principal inimigo: o Comunismo de Estado (ou Socialismo Científico) e, em menor escala, o Anarquismo. Este viria a ser ultrapassado pelo Comunismo de Estado, que, por sua vez, há 20 anos, também, sucumbiu. E, para tragédia do Ocidente, com a queda do Muro de Berlim, o Leninismo levou consigo para a morgue a Social-Democracia, consolindando-se assim o Liberalismo (ou o neo-Liberalismo ou, mais cientificamente, o Liberocapitalismo) - a face terminal (portanto, a mais negra do Capitalismo), que já não é social; é desumano e escravizante; incentiva os menos informados para sentimentos politicamente totalitários, nomeadamente o Fascismo.
Só resta perguntar: o que virá a seguir? E como virá?
JCP
El-Badri culpa os especuladores
e recusa aumentar a produção
Mercado do petróleo "está louco"

A loucura é a explicação para as intermináveis subidas de preço do petróleo, que só acontecem por causa dos especuladores e não porque a procura de crude esteja a ser maior do que a oferta. Abdalla El-Badri, secretário- -geral do cartel do petróleo, a OPEP, descartou anteontem desta maneira qualquer possibilidade de aumentar a extracção do ouro negro, numa tentativa de conter os preços no mercado mundial. "O mercado está, realmente, completamente louco", disse El-Badri, enquanto assistia, no Equador, à cotação internacional do crude ultrapassar os 135 dólares por barril.

Loucura à parte, o responsável da OPEP voltou a apontar o dedo aos especuladores, que "contribuem verdadeiramente para as subidas de preço", bem como a "recessão da economia norte- -americana e a depreciação do dólar". O nível da procura mundial, assegurou, é que "não tem nada a ver com a instabilidade".

Ao final do dia de ontem, a cotação estava a baixar, tendo terminado o dia nos 130,50 dólares por barril (no caso do Brent do Mar do Norte, que define o preço de referência para o consumo em Portugal); o crude no mercado de Nova Iorque valia 130,61 dólares por barril. Desde o início deste ano que o crude já aumentou 30%, passando dos cem dólares a que cotava a 2 de Janeiro para os 130 dólares, ontem. Na quinta-feira, tinha sido quebrada a fasquia dos 135 dólares.

Além dos grandes factores como a especulação e a depreciação do dólar, outros têm contribuído para que o crude reaja em alta. Ainda ontem, dois estrangeiros a trabalhar numa empresa de exploração de petróleo na Nigéria (um maltês e um paquistanês) foram raptados. Desde 2006, foram já levados a troco de um resgate cerca de 200 estrangeiros a trabalhar na indústria do petróleo nigeriana.

Euro continua a apreciar

No mercado monetário internacional, o receio do impacto da alta do petróleo na economia norte-americana está a levar os investidores a apostar mais no euro. Além disso, a possibilidade de recessão na economia dos EUA e o aumento da inflação também afugentam os investidores. Em cima dos receios está também a convicção de que o banco central americano, a FED, poderá voltar a baixar os juros, para evitar a dita recessão. Se assim for, a rentabilidade dos dólares será ainda menor .

O aumento da procura de moeda europeia, em detrimento da norte-americana, é uma das razões pelas quais continua a apreciar-se o euro. A meio da tarde de ontem, com um só euro era possível comprar 1,5777 dólares.