quinta-feira, setembro 06, 2007

"Eles cobrem-se todos com a mesma manta" - diz o povo, e com razão!


O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa considerou hoje "não se verificarem, por ora, os pressupostos que fundamentam a abertura de inquérito criminal" no caso relativo à suspeita de financiamento ilícito do PSD pela Somague.

"Contudo, dentro dos prazos legais extintivos da responsabilidade criminal, sempre será possível proceder a inquérito, se novos elementos que dêem corpo a um tal juízo de suspeita forem, por qualquer via, conhecidos", ressalva o despacho proferido pela procuradora Teresa Almeida, do DIAP de Lisboa, e divulgado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Ministério Público tinha já instaurado um inquérito crime, que foi arquivado, em Janeiro deste ano, porque a SOMAGUE não terá declarado às Finanças o valor da factura que pagou à empresa Novodesing por serviços prestados ao PSD, segundo informou anteriormente a PGR.

O inquérito foi arquivado "porque foi pago o valor correspondente à dívida fiscal e, com a reposição da verdade fiscal, o Ministério Público arquivou por não haver fundamento para prosseguir com o inquérito", refere uma nota da PGR divulgada a 23 de Agosto, em resposta a perguntas da Agência Lusa.

O despacho divulgado hoje refere que "à data" do financiamento pela Somague à campanha eleitoral do PSD nas eleições autárquicas de 2001 "a lei não previa tal conduta como integradora de um ilícito criminal", embora essa prática fosse proibida.

JN, de 05 de Setembro de 2007 (clique aqui)