sexta-feira, maio 11, 2007

Arguidos denunciam desaparecimento de provas



Horácio Costa e Joaquim de Freitas, arguidos do processo do "saco azul", que colaboraram com a Polícia na fase de investigação, denunciaram, ontem, em conferência de imprensa à porta do quartel dos Bombeiros de Felgueiras - onde decorrem as sessões daquele julgamento -, o desaparecimento de documentos da Câmara de Felgueiras relacionados com o "saco azul".


Em comunicado escrito e depois pela voz de Horácio Costa apontam o dedo "A arguida Fátima Felgueiras, servindo-se da sua condição de presidente da Câmara, goza de especial acesso a documentos e processos cuja apreciação está a ser feita pelo tribunal". E prosseguem: "É do nosso conhecimento o desaparecimento de despachos exarados pelo seu punho, do registo escrito de uma audiência por si concedida em processo de obra particular, de uma comunicação interna e de um parecer jurídico, emitido pela respectiva assessoria municipal". Documentos que terão sido entregues à PJ durante a investigação.


Fátima Felgueiras, durante o interrogatório no julgamento, alegou sempre que todos os despachos se basearam em pareceres técnicos e jurídicos. Porém, Horácio Costa, exibiu uma página e meia de um despacho da autarca dirigido à fiscalização da Câmara em que, alegadamente, terá dado instruções.


Os arguidos denunciam, ainda, "o desaparecimento do património pessoal de Fátima Felgueiras", que, segundo eles, "aproveitou o divórcio para transferir a sua quota-parte de bens para terceiros". Na comunicação escrita, referem a lista dos bens patrimoniais da autarca e mencionam a existência de uma conta bancária nos EUA". Para eles, Fátima Felgueiras devia ter o mandato suspenso e que "é muito estranho que não tenha nada em seu nome".

O JN confrontou Artur Marques, advogado de Fátima Felgueiras, sobre estas denúncias. O causídico diz que só se pronunciará quando ler o assunto na imprensa.

JN, 11 de Maio de 2007 (clique aqui)