Alguns presidentes de Junta devem por diversas vezes durante o dia repetir a frase celebrizada por Júlio Faria que titulou os mesmos como os “Cavouqueiros do Poder Local”. Por outro lado os mesmos por estarem há tantos anos à frente de uma Junta de Freguesia julgam-se uns “dinossauro político”. Juntando estes dois pressupostos acabam por transformar as suas debilidades em momentos de ignorância e engano, uma vez que acalentam a ideia de que são seres superiores, impunes de sanções disciplinares e criticas, onde tudo lhes é permitido, enganou-se Zeferino ao pensar desta forma. Enganam-se todos os “Zeferinos” que pensem desta maneira.
A atitude de Carlos Zeferino não é espontânea, não teve origem em si mesmo. Zeferino foi manipulado, armadilhado e serviu de cobaia para que outros lhe sigam o caminho, pratica típica de alguém que não domina por completo os terrenos que pisa. O poder tem destas vicissitudes, contagia os menos preparados, os dependentes, os imaturos e os que julgam serem possuidores de grande experiência, mas que na realidade não passam de uns neófitos que ao primeiro aceno fracassam e tremem, para sobreviverem tudo fazem, mesmo cuspir no prato que comeram.
A encenação montada com a leitura de uma declaração na Assembleia Municipal mais não foi do que uma infantil tentativa de vitimização para justificar o aquartelamento no Movimento Sempre Presente. Com a leitura da declaração e acto continuo juntar-se ao MSP suscita a desconfiança, se esta tomada de posição foi em consciência, tendo apenas como principal objectivo salvaguardar os interesses dos lagarenses ou se aos olhos dos Presidentes de Junta, Fátima Felgueiras passou a ser um Plano de Poupança Reforma. Jamais Carlos Zeferino pode apelidar o Partido Socialista de ingrato. Se há alguém ingrato esse é Carlos Zeferino, porque serviu-se do partido e não foi capaz de respeitar e orientar a sua acção segundo os princípios socialistas. Será que no seu léxico alguma vez Zeferino usou a palavra Solidariedade?
Falando claro, as razões que estão subjacentes a esta desvinculação são: os afectos pessoais e a adoração nutrida por Fátima Felgueiras, os compromissos sociais, as dependências ao poder e a atracção constante que tem e necessita em estar associado e agarrado ao poder. Vai ser interessante acompanhar o sentido de voto deste Presidente de Junta, a consciência vai falar mais alto, a partir de agora vai deixar de pôr em primeiro lugar os interesses dos lagarenses.
A atitude de Carlos Zeferino demonstra que em Felgueiras exerce-se democracia da mesma forma que os terroristas pretendem fazer prevalecer os seus pontos de vista, ou seja, à bomba. A democracia em Felgueiras faz-se à bomba.
Não é desta forma, instrumentalizando e enganando Presidentes de Junta, que se constrói uma democracia que surge da concórdia do povo e da harmoniosa vontade de liberdade. Felgueiras está a transformar-se numa “guerra civil”, numa guerra à conquista do poder absoluto, onde impera a ditadura, declarações e acções potenciadoras de revoluções que instalam ditaduras, onde a liberdade de alguns é protegida, e a liberdade de outros são atacadas, onde ideias e projectos são indiciadores de suspeitas, camufladas de incertezas e duvidas, impostas sobe a forma de coação que visão controlar a acção dos Presidentes de Junta. A soberania exercida na Assembleia Municipal onde tudo é permitido e desrespeitado é o exemplo da falta de democracia, da democracia à bomba que alguns gostam de exercer. Tudo isto é da responsabilidade do MSP.
Felgueiras precisa de uma idílica harmonia, para que renasça a democracia, mas para isso é preciso correr para fora de Felgueiras todos aqueles que continuam a desrespeitar pessoas e instituições.