Que importa a morte, se “outros amigos virão” para dar corpo aos nossos sonhos?
Esta capacidade de resistir, de geração em geração em todo o percurso da História, por um mundo novo, mais justo e mais fraterno, sendo uma faculdade exclusivamente humana, não o é de toda a gente mas da predisposição genética de alguns, que sonham e lutam por uma Terra sem “muros nem ameias” – qual utopia, princípio, sem fim, da dialéctica do Homem, histórico e filosófico. E, algures no mundo, há sempre alguém que nos aponta um despertar depois de uma noite mal dormida…
Christy Moore não faz parte dos chamados “tops musicais do mundo”, desses que são programados pelas máquinas publicitárias do mercado, mas é um cantor de excelência, porque a resistência vem-lhe do cerne da terra, cujas raízes fazem brotar, em cada geração, homens livres, por esse tal mundo melhor. É assim, desde o princípio, e sê-lo-á até ao fim da existência da Humanidade.
Cristy Moore é uma voz afável mas determinada e resistente, como todos os homens livres. Cantor que encanta cada um de nós pela sua afectuosa simplicidade, pela leveza insustentável da alma, que vagueia na produção dos sons como aves que anunciam esse despertar.
No final deste texto, deixamos dois links do blogue da Associação José Afonso, para ouvir duas canções de Moore.