O Conselho Nacional de Jurisdição do PS acaba de deliberar a expulsão de Augusto Faria de militante do partido, tendo, assim, concluído, finalmente, o rol de processos disciplinares levantados a onze filiados, inclusive ao autarca de Idães, em virtude de terem integrado, nas últimas eleições autárquicas, listas adversárias do partido.
Assim, no âmbito destes procedimentos simultâneos, restava apenas concluir sobre a situação de Augusto Faria, que, como se sabe, ao fim de duas décadas de autarca eleito pelo PS – para a Junta de Idães –, em Outubro de 2005, transferiu a sua candidatura para a lista do PSD.
A demora da decisão do organismo jurisdicional superior do PS deveu-se ao atraso na recepção de uma certidão comprovativa do Tribunal de Felgueiras, a certificar a qualidade de Augusto Faria como candidato do PSD.
De resto, os outros dez militantes, que integraram a lista do movimento “Sempre Presente” à Câmara e Assembleia municipais, já tinham sido expulsos, em Maio, tal como então demos nota. Foram eles: José Sousa Oliveira (5.º elemento da lista, não eleito), Horácio Reis (3.º elemento, vereador), Bruno Carvalho (4.º elemento, vereador), na lista do SP à Câmara Municipal, Orlando Sousa (presidente da AM), Mário Martins (1.º secretário da AM; foi também o 6.º elemento da lista à Câmara), Carmen Machado (2.ª secretário da AM), Artur Barros (eleito), David Queirós (eleito), José Eugénio Silva (não eleito), Leonor Costa (não eleita), estes na lista do SP à Assembleia Municipal.
Neste momento, um outro militante do PS da secção de Felgueiras encontra-se na eventualidade de vir a ser processado disciplinarmente pelo Conselho Distrital de Jurisdição do PS/Porto, depois de a Concelhia de Felgueiras assim ter solicitado e ordenado a suspensão do militante.
Trata-se de Carlos Zeferino, presidente da Junta de Lagares, que, última sessão da AM, se auto-excluiu da bancada parlamentar do PS, passando à situação de independente. O partido acusou-o de que, com este gesto, está renegar os valores e princípios socialistas e de que o autarca vota sempre ao lado das propostas da maioria política na Câmara.