sexta-feira, julho 14, 2006

Fórum - José Campos (sempre em actualização)

Opinião - Fórum
Os textos não foram gramaticalmente revistos
pela nossa redacção, por falta de tempo.


O Prof. José Campos, como pessoa idónea e madura que é, tem consciência do passo que deu. Certamente, ponderou muito bem os prós e os contras…

Na minha expectativa, gostando o Prof. Campos da vida autárquica como gosta – nunca perdeu esse “bichinho” –, ele irá fazer o melhor na sua participação das decisões camarárias. Não é pessoa que diga ámen a tudo, não assina as decisões de cruz. Porém, o Prof. Campos sabe que a sua participação não vai ser fácil: ou deixa andar as coisas, fazendo que faz oposição, para não se incomodar com a maioria política, ou então, ao levantar questões irá ter que enfrentar o poder da forma como ele já nos habituou: áspero, que é um termo ligeiro.

Estou inclinada a pensar que o Prof. Campos está a reger-se pelos mais genuínos interesses do bem comum, porque, na sua posição, materialmente, terá mais a perder do que ganhar. É certo que está em boas condições sociais (aposentado), já com uma certa idade e filhos criados, para enfrentar as adversidades. Outros, como o Dr. Rui Silva, não estão em condições para o fazer devido a compromissos sociais, que os inibem de tomar a liberdade a peito. Porque, como acaba de dizer Felícia Cabrita, “ninguém é obrigado a ser corajoso, mas quando alguém não consegue sê-lo, não se deve expor”. Infelizmente, Felgueiras é uma terra fértil nestes jogos de poder e contra-poder.

Vivo no Porto há uns anos com forte ligação a Borba de Godim, onde reside a minha família. Sinto-me mal quando deparo com a situação de Felgueiras, a qualquer nível: político (péssimo), económico (decadente), social (sei lá o que é), cultural (não existe), infraestrutural (quase nulo). E eu não tenho o hábito de dizer mal.

Cumprimentos e coragem. Força, Diário de Felgueiras! Como são bonitas as pessoas que não esperam um tostão em troca para mudarem o mundo e ainda sofrem consequências desagradáveis. Que bom exemplo para os políticos!

Isabel (simpatizante do PSD) - Borba de Godim


Não peço ao professor muitas coisas, pois, entre os 7 elementos do Executivo, o PS apenas ocupa um lugar, agora retomado pelo professor.
Não espero que o Prof. Campos vá fazer uma oposição bota-a-baixo, mas com todo o respeito só peço que não faça como o Dr. Rui e os vereadores do PSD, que andam com o poder ao colo.
Mal duma terra ou dum país quando não há oposição!


Carvalho Martins – Margaride


Querem saber um facto? Esta discussão é só de meia dúzia de pessoas em Felgueiras.
Há dias vim a este blog e li que o prof. Campos poderia voltar. Ele é uma boa pessoa e muito conhecida, mas o povo cedo se esquece de tudo, excepto de quem ocupa o poder. Faz-me lembrar as mulheres deste país que fazem um barulho enorme pela selecção de Portugal. Se lhe perguntarmos os nomes dos jogadores, só dizem o nome do Figo ou do Cristiano Ronaldo, porque os dos outros já não se lembram.
Em minha casa vivem 7 pessoas – com filhos, mulher e demais família. Nesse dia que fui a blog disse à mesa: “O Prof. Campos é capaz voltar à Câmara, outra vez para vereador”. Imaginem, a mulher respondeu logo: “Já foi presidente da Câmara, e não está cheio? (pensava que era o senhor Júlio Faria). A minha sogra disse: “Que trate dos doentes, e deixe lá a política!” (pensava que era o Dr. Rocha, que há cerca de 10 anos foi quem a socorreu no hospital de Guimarães, daí a consideração).A minha filha disse: “Há dias vi o Dr. Caldas Afonso a entrar pra Câmara. Já me disseram que é lá médico de trabalho (pensa que por não ter vencido as eleições nem sequer tem lugar na vereação). Só o meu filho de 15 anos é que respondeu certo: “Vocês estão a trocar tudo: o Prof. Campos foi o candidato do PS”. A minha sogra, que até votou nele, já não se lembrava quem era o Prof. Campos e perguntou: “Ai é aquele da Marfel que foi buscar a Dr.ª Fátima ao Brasil?”. O meu filho tornou a responder: “Não, senhores, é o comandante dos bombeiros da Lixa”. A minha sogra, muito zangada, retorquiu:
“Já podias ter dito quem era!”.
Isto retrata bem a cultura política do povo de Felgueiras. O povo, dêm-lhe febras e umas pingas, está-se marimbando para os políticos, governem bem ou mal.
No fundo, tudo isto é uma questão de consciência.

Mário - Margaride

Só peço ao Prof. Campos que se for convidado, na qualidade de vereador ou não, para alguma cerimónia da Confraria dos Vinhos não vista aquela fatiota à Vasco da Gama e chapéu à Napoleão. Vi uma foto do Eng.º Lima no “Expresso de Felgueiras” com aquela indumentária toda, e o próprio me desculpe, chorei de tanto rir.

Paula - Lordelo

O regresso do Prof. Campos deve representar a sua vontade de poder mostrar o seu papel fiscalizador. Apesar de não ser militante, e sem pretender estar a apelar à sua subordinação ao PS, toda a acção do Prof.º deve ser articulada entre si, a Comissão Política e os autarcas eleitos pelo PS, para a autonomização da família socialista ao movimento SP. Sou de opinião que as três partes (Prof. Campos, Concelhia do PS e autarcas socialistas), sem entrarem em profundos radicalismos, vão trabalhar juntos para uma acção uniforme da família socialista.

Fernando - Vila Cova da Lixa

O regresso do “comandante" à vida politica deverá ser por ele pautada no estrito interesse das pessoas, no seu desenvolvimento sustentado e do concelho. Deverá ainda defender, pautando-se pelo seu manifesto eleitoral, acrescentando tudo o que o povo, nos seus comícios lhe foi transmitindo e o “comandante" foi aceitando como de boas opiniões.
Não deverá seguir os conselhos passados de Machado de Matos que, invocando os interesses primeiros de Felgueiras, conseguia arrebatar todos os eleitos para um projecto de interesse concelhio. Os tempos mudaram (e muito!); agora é tempo de se fazer oposição a sério, sem guerras extremadas, mas sem unanimismos balofos. Decidir e votar sem medo, sem coação psicológica… É preciso dar a mão aos “pobres” presidentes de junta, do PS e do PSD, sem contrapartidas, sem reuniões preparatórios, sem canas de pesca com anzóis que furam o céu-da-boca.
Os ideários adaptados ao pragmatismo estão primeiro, sempre. Porque isto é um povo, é uma terra, é um concelho sem rumo, sem projecto, que se tem de recuperar, de lhe dar credibilidade. Isto é uma terra que se maltrata a gente séria e se premeia a desonestidade… Porque isto, aqui, é fundo do Inferno.
Felgueiras primeiro… Felgueiras-cidade… Felgueiras sei lá bem o quê passaram de moda. Agora é tempo de oposição, tempos de luta, tempos de vacas magras, tempos de articulação com os poucos que ainda têm esperança de que isto há-de mudar. Agora é tempo de dizer ao povo como foi enganado e se deixou enganar com campanhas à amercicana. Eles (os outros) não têm projecto. Rabiscaram, na euforia do regresso, dezassete itens e qualquer coisa, e ninguém recorda, nem sabe já o que se propôs. O PSD? Olha é aquilo que se vê! Pode ser que com este regresso, se descolem um pouco do poder, mas não acreditam.
Ai Zé como somos idealistas, ao não termos calculado que 30 anos depois do 25 de Abril o Povo iria atrás do mediatismo. Tu e eu acreditamos que o Povo deverá ter Pão e Cultura, os outros dão-lhe Pão e Circo.
É tempo de saber e estudar os processos – os autárquicos, atenção. É tempo de fazer perguntas em reunião de Câmara sobre isto e aquilo, votar em consciência e declarações de voto. É tempo de reivindicador um gabinete para apoio à oposição, onde todos os documentos sejam devidamente analisados.
É tempo de sonharmos Felgueiras (o concelho) melhor.
Vá lá, Zé, dá uma ajuda!
Um abraço.


Leitor devidamente identificado

(Empresário, militante do PS e residente em Margaride)