DF comemora o seu 1.º aniversário
Parece que foi ontem, mas já se completa um ano!...
Hoje, segunda-feira, dia 24 de Julho, o DIÁRIO DE FELGUEIRAS comemora o 1.º aniversário da sua existência, de emissão diária e de informação, com responsabilidade e liberdade, com independência e imparcialidade, sem incompatibilidades legais, com seriedade e às vezes com algum humor.
Este blogue nasceu com o inequívoco propósito de ser aberta uma “janela livre” neste concelho, em circunstâncias históricas muito adversas, e até dramáticas, para Felgueiras, em que a liberdade de expressão e a Democracia andavam ameaçadas – porque estava em causa o “princípio do contraditório” nesta terra, em que ainda hoje a Comunicação Social não é inteiramente livre. Digo isso sem pretender ofender susceptibilidades.
Mais tarde, a realidade radicalizou-se, mas o autor do DIÁRIO DE FELGUEIRAS, sem cair na tentação de tendência, não desanimou, não desesperou, não obstante os vexames, as ameaças, as chantagens e os jogos baixos. Estive e estou de consciência tranquila: o meu papel jamais foi o de tomar partido fosse por quem fosse, nem foi o de entrar em campanha contra alguém. Agi sempre dentro da minha consciência, com os conhecimentos que fui adquirindo, sem esquemas e com muito sacrifício; dentro dos meus “ideais de beleza” – a Liberdade e a Democracia; dentro deste meu conceito – o de que nem só a sobrevivência é importante; o idealismo também é.
Este blogue chegou a ser notícia em jornais nacionais e houve quem, a determinada altura, o apelidasse de “única janela livre em Felgueiras”. Numa só frase: demos voz e até defendemos quem coagido era pelo simples facto de ter opinião e quer expressá-la. Aliás, denunciámos, em plena campanha eleitoral, o facto de terem tentado forjar o despedimento profissional de um jovem por parte de uma lista candidata à Câmara Municipal. Entendo que é esta a verdadeira função do jornalismo: democratizar.
Foi um ano de sofrimento, voluntário e abnegado, sem quaisquer recompensas – fiz o percurso consciente de que ia perde materialmente, mas que ia ganhar no modo de estar no mundo, sem pretender nada em troca.
Com estas palavras, não estou a procurar o lugar de heroísmo, de libertador, mas apenas o lugar de cidadania.
Errar?!... Com certeza, que sim, que errei, mas aprendi com os erros que todo o trabalho é um contributo humilde para a perfeição.
José Carlos Pereira
(editor do DIÁRIO DE FELGUEIRAS)