Infelizmente, acaba de encerrar em Felgueiras mais uma unidade fabril do sector do calçado, que empregava 140 trabalhadores.
Em conversa com um sindicalista, este desabafou comigo o seguinte: “É lamentável que os autarcas e partidos de Felgueiras não tivessem estado presentes junto dos trabalhadores, nesta hora tão difícil, para demonstrarem a sua solidariedade e para tentarem encontrar as indispensáveis soluções para o flagelo do desemprego, que ameaça aumentar neste concelho”.
Eduardo Bragança, líder da Concelhia do PS, disse-me que uma delegação de socialistas locais esteve reunida, hoje, com os trabalhadores, à porta da fábrica, mostrando a sua preocupação quanto à situação dramática vivida.
No que à Câmara Municipal diz respeito, nenhum representante do poder político manifestou qualquer sentimento pela sorte daqueles 140 trabalhadores – homens e mulheres amargurados quanto ao futuro (incerto) das suas vidas profissionais. Mas, aquando da campanha eleitoral para as autárquicas de Outubro, o movimento “Sempre Presente” deslocou-se ao interior daquela firma e lá se desdobrou em abraços e beijinhos.
Estes “pequenos” pormenores demonstram bem que a maioria da classe política em Portugal não imagina sequer o palco que ocupa. Não tem consciência social.
Há meses, um vereador local em início de carreira política disse, na Longra, que desconhecia que aquela vila tinha uma sala de espectáculos. O facto de um autarca municipal não saber que uma povoação tem uma sala de espectáculos como a da Casa do Povo da Longa, não obstante nela ter decorrido uma parte importante da história da cultura felgueirense (de muitos décadas), não é impeditivo de possuir boas e nobres ideias políticas para o concelho. Porém, e poderá não ser o caso do tal vereador, tal demonstra que a classe política portuguesa não conhece bem o “planeta” em que habita.
Indo mais longe, a nossa classe política necessita fazer “formação contínua” quanto às atribuições e competências que lhe são confiadas pelo voto popular, mais no que diz respeito às grandes questões sociais das populações.
Sem dúvida que o neo-realismo, como corrente artística que foi, não obstante ter estado ao serviço da propaganda do comunismo pró-soviético, hoje, seria de primordial importância nos manuais de aprendizagem daqueles que em Portugal aspiram a ocupar o poder político, sob pena de, não o fazendo, virem a ser apelidados de “aprendizes de feiticeiro”.
Em conversa com um sindicalista, este desabafou comigo o seguinte: “É lamentável que os autarcas e partidos de Felgueiras não tivessem estado presentes junto dos trabalhadores, nesta hora tão difícil, para demonstrarem a sua solidariedade e para tentarem encontrar as indispensáveis soluções para o flagelo do desemprego, que ameaça aumentar neste concelho”.
Eduardo Bragança, líder da Concelhia do PS, disse-me que uma delegação de socialistas locais esteve reunida, hoje, com os trabalhadores, à porta da fábrica, mostrando a sua preocupação quanto à situação dramática vivida.
No que à Câmara Municipal diz respeito, nenhum representante do poder político manifestou qualquer sentimento pela sorte daqueles 140 trabalhadores – homens e mulheres amargurados quanto ao futuro (incerto) das suas vidas profissionais. Mas, aquando da campanha eleitoral para as autárquicas de Outubro, o movimento “Sempre Presente” deslocou-se ao interior daquela firma e lá se desdobrou em abraços e beijinhos.
Estes “pequenos” pormenores demonstram bem que a maioria da classe política em Portugal não imagina sequer o palco que ocupa. Não tem consciência social.
Há meses, um vereador local em início de carreira política disse, na Longra, que desconhecia que aquela vila tinha uma sala de espectáculos. O facto de um autarca municipal não saber que uma povoação tem uma sala de espectáculos como a da Casa do Povo da Longa, não obstante nela ter decorrido uma parte importante da história da cultura felgueirense (de muitos décadas), não é impeditivo de possuir boas e nobres ideias políticas para o concelho. Porém, e poderá não ser o caso do tal vereador, tal demonstra que a classe política portuguesa não conhece bem o “planeta” em que habita.
Indo mais longe, a nossa classe política necessita fazer “formação contínua” quanto às atribuições e competências que lhe são confiadas pelo voto popular, mais no que diz respeito às grandes questões sociais das populações.
Sem dúvida que o neo-realismo, como corrente artística que foi, não obstante ter estado ao serviço da propaganda do comunismo pró-soviético, hoje, seria de primordial importância nos manuais de aprendizagem daqueles que em Portugal aspiram a ocupar o poder político, sob pena de, não o fazendo, virem a ser apelidados de “aprendizes de feiticeiro”.