A nova Comissão Política Concelhia do PS/Felgueiras, recentemente eleita e liderada por Eduardo Bragança, reúne-se hoje pela primeira vez, encontro em que deverá ser eleito o novo Secretariado.
Como se sabe, o PS foi poder em Felgueiras durante três décadas, tendo interrompido esse longo percurso nas últimas eleições autárquicas, que, diga-se com inteira justiça, decorreram em circunstâncias muito atípicas – marcadas pelo mediatismo, premeditado, de Fátima Felgueiras, que regressou a Portugal a escassas três semanas do acto eleitoral, e do movimento “Sempre Presente”, o que, de certa forma, constituiu algo de inédito em Portugal. É que, depois da fuga de Fátima Felgueiras para o Brasil, em Maio de 2003, a autarca tornou a cometer outra “fuga” dentro do próprio sistema político português, ao arranjar uma alternativa ao facto de não lhe ser possível concorrer pelo PS, que a expulsou e renega a sua participação na política através de candidaturas do partido.
Como se sabe também, José Campos, o independente que em Fevereiro de 2005 foi escolhido como o “candidato natural” do PS/Felgueiras às autárquicas de Outubro passado, numa eleição interna – entre militantes e autarcas do PS –, acabou por ser traído em todas as frentes do partido, excepto por parte da Distrital socialista, então liderada por Francisco Assis: a actuação do PS nacional, que deixou de prestar solidariedade à candidatura de Campos; a infausta presença de Almeida Santos, que contribuiu para o desastre eleitoral; a atitude da então Concelhia, que veio a retirar o apoio ao candidato; a posição dos candidatos do PS às Juntas de Freguesia, que, no dia do regresso de Fátima Felgueiras, pareciam samurais em desesperada busca na escolha de um chefe; e a atitude do eleitorado, que, face ao mediatismo lançado a três semanas das eleições, votaram no movimento “Sempre Presente”.
A nova Comissão Política do PS/Felgueiras diz que está “a arrumar a casa”. O concelho, de facto, sente essa necessidade; veremos até que grau de subjectividade, ou não, contém esta expressão.
O PS/Felgueiras, relegado para terceira força política no concelho, conseguirá reconquistar o seu espaço quanto mais a atitude de os novos dirigentes se pautar por uma gradual “separação das águas” em relação ao movimento “Sempre Presente”, missão que terá de ocorrer conforme os desígnios de cada “tempo útil” da evolução política local, ou seja sem grandes recuos, sem estagnação ou renovadas cumplicidades, mas, também, por outro lado, sem grandes rupturas. A recente expulsão dos militantes do PS/Felgueiras que integraram as listas do movimento “Sempre Presente” foi, inquestionavelmente, um desses “tempos úteis” em que o partido se reconstrói, se auto-define. Até à sua plena autonomia política.
Até lá, ainda faltam três anos e meio e um novo mandato da Concelhia. Se os socialistas locais concertarem esforços no sentido dessa identidade política de uma forma inteligente e coerente poderá vir a reocupar o poder em Felgueiras e poderá arrastar, mais tarde ou mais cedo, o PSD para necessidade de participar na “caminhada no deserto”, já que o partido laranja em Felgueiras, actualmente, começa a comportar-se como um “comboio a três velocidades”.
Sobre o PSD, voltaremos ao assunto.
Como se sabe, o PS foi poder em Felgueiras durante três décadas, tendo interrompido esse longo percurso nas últimas eleições autárquicas, que, diga-se com inteira justiça, decorreram em circunstâncias muito atípicas – marcadas pelo mediatismo, premeditado, de Fátima Felgueiras, que regressou a Portugal a escassas três semanas do acto eleitoral, e do movimento “Sempre Presente”, o que, de certa forma, constituiu algo de inédito em Portugal. É que, depois da fuga de Fátima Felgueiras para o Brasil, em Maio de 2003, a autarca tornou a cometer outra “fuga” dentro do próprio sistema político português, ao arranjar uma alternativa ao facto de não lhe ser possível concorrer pelo PS, que a expulsou e renega a sua participação na política através de candidaturas do partido.
Como se sabe também, José Campos, o independente que em Fevereiro de 2005 foi escolhido como o “candidato natural” do PS/Felgueiras às autárquicas de Outubro passado, numa eleição interna – entre militantes e autarcas do PS –, acabou por ser traído em todas as frentes do partido, excepto por parte da Distrital socialista, então liderada por Francisco Assis: a actuação do PS nacional, que deixou de prestar solidariedade à candidatura de Campos; a infausta presença de Almeida Santos, que contribuiu para o desastre eleitoral; a atitude da então Concelhia, que veio a retirar o apoio ao candidato; a posição dos candidatos do PS às Juntas de Freguesia, que, no dia do regresso de Fátima Felgueiras, pareciam samurais em desesperada busca na escolha de um chefe; e a atitude do eleitorado, que, face ao mediatismo lançado a três semanas das eleições, votaram no movimento “Sempre Presente”.
A nova Comissão Política do PS/Felgueiras diz que está “a arrumar a casa”. O concelho, de facto, sente essa necessidade; veremos até que grau de subjectividade, ou não, contém esta expressão.
O PS/Felgueiras, relegado para terceira força política no concelho, conseguirá reconquistar o seu espaço quanto mais a atitude de os novos dirigentes se pautar por uma gradual “separação das águas” em relação ao movimento “Sempre Presente”, missão que terá de ocorrer conforme os desígnios de cada “tempo útil” da evolução política local, ou seja sem grandes recuos, sem estagnação ou renovadas cumplicidades, mas, também, por outro lado, sem grandes rupturas. A recente expulsão dos militantes do PS/Felgueiras que integraram as listas do movimento “Sempre Presente” foi, inquestionavelmente, um desses “tempos úteis” em que o partido se reconstrói, se auto-define. Até à sua plena autonomia política.
Até lá, ainda faltam três anos e meio e um novo mandato da Concelhia. Se os socialistas locais concertarem esforços no sentido dessa identidade política de uma forma inteligente e coerente poderá vir a reocupar o poder em Felgueiras e poderá arrastar, mais tarde ou mais cedo, o PSD para necessidade de participar na “caminhada no deserto”, já que o partido laranja em Felgueiras, actualmente, começa a comportar-se como um “comboio a três velocidades”.
Sobre o PSD, voltaremos ao assunto.