O novo livro de Arlindo Pinto “Frutos Colhidos no Tempo” foi lançado na noite do passado sábado, dia 13 de Maio, no salão paroquial de Várzea, depois de haver sido apresentado no mesmo local, no passado mês de Abril, aquando da realização da I Feira do Livro daquela freguesia.
O evento contou com a presença de familiares e amigos do poeta, entre os quais se contaram o poeta Alfredo Estebaínha, o escritor José Carlos Pereira, Dulce Estebaínha, Luísa Faria, José Quintela, os poetas Fernandes Sobrinho Valente e Afonso Bastos, Joaquim Carvalho, Director da Rádio Felgueiras (RF), Padre Abílio Barbosa, Pároco de S. Jorge de Várzea, entre outras personalidades.
Arlindo Pinto, filho, fez uma breve exposição da vida e obra do poeta, recordando por isso que seu pai possui obra literária publicada em muitas antologias e que este é o quarto livro publicado, sucedendo às três obras conhecidas do grande público “Migalhas da Vida”, “Frutos da Solidão” e “Sombras Poéticas”.
Luísa Faria, jornalista da RF, fez em seguida uma alocução sobre a obra literária de Arlindo Pinto referindo que o poeta é considerado por muitos como “o Aleixo vivo deste país”, sendo que a sua poesia já ultrapassou fronteiras.
Entretanto, José Carlos Pereira, que cresceu a ler a poesia de Arlindo Pinto em “O Jornal da Lixa” e “Gazeta de Felgueiras”, salientou que é uma “pessoa com personalidade própria”, acrescentando “o Sr. Arlindo Pinto não é propriamente um poeta popular, é um homem do povo e para o povo”, “tem ideias muito vincadas sobre o mundo e a vida”; terminou a intervenção formulando que daqui a dez ou vinte anos a sua obra seja reconhecida; ainda analisou e classificou a poesia de Arlindo Pinto, referindo que o poeta age e escreve naturalmente.
O amigo e poeta Alfredo Estebaínha, que brindou Arlindo Pinto com a sua presença, salientou que o poeta “continua com a sua poesia e cada vez melhor”, formulando o desejo de que “escreva sempre, força, enquanto puder.”
Os poetas Fernandes Sobrinho Valente e Afonso Bastos que fizeram questão de marcar presença neste lançamento, intervieram com declamação e leitura de texto; no primeiro caso Sobrinho Valente declamou uma poesia da sua autoria da qual se destaca “Felgueiras está sempre em festa” e no segundo caso, Afonso Bastos leu o intróito de A. Garibaldi sobre a poesia de Arlindo Pinto, publicado na obra “Migalhas da Vida”.
Entretanto José Quintela Teixeira referiu-se a Arlindo Pinto numa vertente pedagógica, afirmando que o poeta evoluiu e “todo ele é harmonia, é um trovador profundo”.
Interveio de seguida Joaquim Carvalho que informou os presentes que a RF adquiriu 30 exemplares de “Frutos Colhidos no Tempo” para serem oferecidos pela Estação aos seus ouvintes.
Seguiu-se a intervenção de Dulce Estebaínha, que também declamou um poema de Arlindo Pinto, continuando a sessão de lançamento da obra com declamações de poesia da obra agora lançada nas vozes de Luísa Faria e Arlindo Pinto, Filho.
JORNAL DA LIXA, de 19 de Maio de 2006.