Miguel Ribeiro, presidente do Felgueiras, acusou, ontem (quinta-feira), em conferência de imprensa, mas sem especificar nomes, elementos da anterior direcção, que “andaram a minar o nosso trabalho por fora. Tínhamos negociado com o Sindicato de Jogadores o pagamento das divida aos atletas. Houve atletas da terra que não aceitaram e disseram que preferiam que o clube fechasse as portas” – referiu. Como se sabe, o Felgueiras foi excluído da Liga de Honra, por não ter entregue as certidões das Finanças e da Segurança Social e manter uma divida de 333 mil euros com técnicos e jogadores.“O Felgueiras morreu na praia por apenas 21 mil euros. Anteontem, depois de termos reunido com a Câmara (para um contrato que envolveria 300 mil euros), tínhamos tudo em ordem, quando, pelas 16 horas, o chefe das Finanças me disse que era preciso pagar uma coima de 21 mil euros através de um cheque visado, o que àquela hora foi totalmente impossível.” – explicou Miguel Ribeiro. E prosseguiu: “Ninguém me pode culpar. Esta direcção está demissionária até terça-feira, dia da assembleia-geral extraordinária. Se tiver o apoio dos sócios, estou disponível para continuar, mas são precisos 150 mil euros para a inscrição. O que aconteceu este ano ao Felgueiras deveria ter acontecido há dois. Há dívidas que remontam a 1999”.