A situação interna vivida nos últimos dois dias no interior do PS/Felgueiras, respeitante às opções de José Campos sobre a composição dos quatro primeiros lugares da sua candidatura à Câmara Municipal, continua a ser de tensão e, a não chegar-se a um entendimento, agudizar-se-á durante a semana que vem, não obstante o dramatismo político vivido estar coberto por um manto de silêncio sepucral, que os militantes de base, fora da polémica, aguardam ansiosamente o desfecho da situação.O DIÁRIO DE FELGUEIRAS tem recebido inúmeros contactos telefónicos e por correio electrónico principalmente de militantes do PS a solicitarem um acompanhamento rigoroso e, obviamente, imparcial sobre a actual situação no PS local. A maior parte das missivas não as transcrevemos neste jornal porque não se inserem na nossa linha editorial – primamos pela opinião, tão útil quanto imprescindível numa sociedade democrática, e não pelo julgamento de pessoas. Os leitores que queiram enviar os seus textos para publicação, podem fazê-lo e agradecemos o gesto, mas, obviamente, dentro desta linha editorial. Não estamos afoitos a quem quer que seja, tanto a partidos ou candidatos; o nosso dever é informar.
Sobre o assunto que hoje faz notícia, fomos informados por uma fonte da Concelhia do PS/Felgueiras que Inácio Lemos se terá reunido com uma figura nacional do partido. Porém, a mesma fonte não especificou quem é essa figura. Insistimos e depreendemos que o encontro terá sido com um elemento afecto ao coordenador nacional autárquico, Jorge Coelho. Nessa reunião, Inácio Lemos alegou que José Campos está a convidar um número elevado de independentes à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal e que, desta forma, está deixar de fora militantes do PS.
No entanto, a mesma fonte – que, por sinal, é adversa às posição de José Campos – disse ao DF que, nesta altura, já é impossível retirar a confiança ao candidato, “José Campos é o nosso candidato até ao fim”, disse. E prosseguiu: “Porém, o encontro de Inácio Lemos com o órgão nacional do partido tem como objectivo obrigar José Campos a modificar as suas escolhas, quer para a Câmara, quer para a Assembleia”.
No entanto, tanto quanto sabemos, José Campos manter-se-á inflexível sobre as suas escolhas.
